V.tal, da Oi (OIBR3), planeja expansão da fibra ótica e rede neutra, diz site

A operação de fibra ótica da Oi (OIBR3), denominada V.tal (lê-se Vital), está a todo vapor, com planos de expansão e desenvolvimento de novas tecnológicas, segundo matéria do portal Neofeed.

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Cerca de 58% da V.tal pertence a fundos geridos pelo banco BTG Pactual (BPAC11), que pagaram R$ 12,9 milhões em um leilão realizado com a Oi em julho do ano passado. A compra já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda falta o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Sem tempo a perder, a V.tal tem dado os próprios passos nos últimos meses, de forma independente da Oi e antes da conclusão do processo de compra pelo BTG.

A operação de fibra ótica da Oi já chegou a 14 milhões de casas com seus cabos nos últimos meses. Antes da compra pelos fundos do BTG, esse número era de 10,5 milhões. O total de cidades em que atua saltou de 190 para 206. São mais de 400 mil quilômetros de fibra óptica. E vem mais por aí.

“Estamos em um ritmo de implantação de mais de 400 mil casas com cobertura disponível para banda larga por fibra óptica por mês”, disse Pedro Arakawa, responsável pela operação da V.tal, ao Neofeed.

Arakawa também conta que a V.tal já fechou duas dezenas de contratos de rede neutra, o novo objetivo da empresa.

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Rede neutra é o objetivo futuro da V.tal

O objetivo da V.tal é implantar o conceito de rede neutra, disse Arakawa ao Neofeed. A rede neutra é um sistema de infraestrutura compartilhada com outras empresas de telefonia, desde pequenos provedores até grandes concorrentes, como Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3).

A operação de fibra ótica da Oi está ciente dos desafios que esse objetivo abarca, como convencer as companhia de telecomunicação, em especial os pequenos provedores regionais, a optarem pela infraestrutura de fibra da V.tal, em vez de investir em ter a sua própria.

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Das duas dezenas de contratos que o executivo afirmou estarem fechados, somente dois nomes foram divulgados, sendo o primeiro da própria Oi.

A Oi será o maior cliente da infraestrutura de rede neutra, seguida pela Vero Internet, uma operação ligada ao fundo de private equity Vinci Partners.

A V.tal tem sede própria em São Paulo, SP, e já conta com uma equipe de 100 profissionais da área comercial separados da operação da Oi. Os próximos que devem se tornar exclusivos são das áreas de tecnologia, infraestrutura e operações.

Expansão da fibra e 5G

Os fundos geridos pelo BTG se comprometeram com um aporte de R$ 30 bilhões na V.tal nos próximos quatro anos. Com esse dinheiro, a operação de fibra óptica da Oi pretende alcançar 32 milhões de casas com sua infraestrutura.

De acordo com a matéria do Neofeed, a ideia da empresa é oferecer seus serviços para todos os tipos de provedores de internet, com destaque para os provedores regionais que, atualmente, detêm 60%  do mercado de banda larga de alta velocidade com fibra óptica no Brasil.

Mas as grandes companhias do setor também devem acirrar essa disputa com a criação de suas próprias companhias para atuar no mercado de fibra óptica.

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A Vivo, por exemplo, irá criar a FiBrasil ao lado do fundo canadense CDPQ. Já a Tim criou uma joint venture com a IHS, a FiberCo.

Outra disputa entre as três gigantes será pela operação para o 5G. A infraestrutura para as frequências de 5G precisam de ligação das antenas, chamadas de estações radio-bases (ERBs) e tudo isso é via fibra óptica. “Já temos conversas com alguns vencedores do leilão do 5G”, garante Arakawa ao portal.

Segundo o Neofeed, há aproximadamente 100 mil ERBs no Brasil atualmente. Para rodar a tecnologia de quinta geração do celular será necessário de cinco a 10 vezes mais antenas, uma onda que a V.tal poderá surfar.

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Monique Lima

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