Uber repassará a clientes custo de benefícios a trabalhadores na Califórnia

Depois da batalha travada com o estado da Califórnia, a Uber (NYSE: UBER) e a DoorDash (NYSE: DASH) vão começar a oferecer mais benefícios aos trabalhadores nesta semana, porém repassarão os custos para os clientes. As informações são do Financial Times.

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No mês passado, as empresas ganharam uma longa e custosa disputa na Justiça para classificar seus colaboradores como contratados independentes e se isentarem das leis trabalhistas estaduais. Para fugir disso, a Uber a a DoorDash concordaram em dar benefícios, incluindo subsídio de saúde e seguro contra acidentes.

Todavia, segundo o jornal, para financiar as despesas adicionais, a Uber informou que, a partir desta segunda-feira, iria elevar em US$ 1,50 o custo das viagens e até US$ 2 nas entregas de refeições.

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Enquanto isso, a startup de delivery de comida DoorDash comunicou que iria aumentar as taxas cobradas por seus serviços, mas não informou quanto.

Custos para a Uber

Ainda conforme o Financial Times, caso o modelo seja exportado e implementado em todos os Estados Unidos, os custos para a Uber de pagar pelo programa de benefícios podem ficar em torno de US$ 400 milhões por ano, dizem analistas.

Um movimento do gênero machucaria fortemente a empresa, que prometeu aos investidor seu primeiro trimestre lucrativo, tendo como base o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, em 2021. Segundo dados do terceiro trimestre, a companhia estava US$ 625 milhões abaixo deste patamar.

Alerta para aumento de preços já soava

A campanha a favor da isenção das empresas das leis trabalhistas já alertava para aumentos de preços. Apesar disso, de acordo com o jornal, a proposta alternativa, votada e aprovada, não fazia qualquer menção a uma alta direta.

Segundo o plano, os trabalhadores de companhias de transporte por aplicativo terão uma garantia de salário mínimo de 120% do salário mínimo, o que será uma taxa horária de US$ 15,60 em 2021. No entanto, serão contadas somente horas consideradas “ativas” e descontadas aquelas gastas enquanto o motoristas dirige à procura de um passageiro.

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“Nem os pilotos nem os motoristas deveriam arcar com os custos desses parcos benefícios em nome de corporações de bilhões de dólares”, afirmou a organizadora da Gig Workers Rising, Shona Clarkson. “Na realidade, os benefícios prometidos pela Proposta 22 não oferecem aos trabalhadores nenhuma proteção real em meio a esta pandemia mortal.”

Além disso, conforme as novas regras, qualquer trabalhadores que desejar se inscrever a partir do ano novo precisará realizar um curso de segurança obrigatório pelo estado antes de usar uma plataforma, seja da Uber, da DoorDash ou de outras como a Lyft. Os contratados independentes já operam têm até 1º de julho.

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Arthur Guimarães

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