Trump alerta FED para que não cometa “outro erro”

O presidente dos EUA, Donald Trump, publicou em seu twitter que espera que o banco central norte-americano (FED) não cometa outro erro.

Trump referia-se à manutenção da taxa de juros básica no Federal Open Market Committee (FOMC), que tem início hoje e encerramento amanhã (19).

I hope the people over at the Fed will read today’s Wall Street Journal Editorial before they make yet another mistake. Also, don’t let the market become any more illiquid than it already is. Stop with the 50 B’s. Feel the market, don’t just go by meaningless numbers. Good luck!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de dezembro de 2018

“Eu espero que o pessoal do FED leia o editorial do Wall Street Journal de hoje, antes de cometerem outro erro. Além disso, que não tornem o mercado menos ilíquido do que já é. Parem com os 50 B’s. Sintam o mercado, não se deixem levar por números sem sentido. Boa sorte!”, afirmou o presidente norte-americano em seu twitter.

Encerrada a reunião na próxima quarta-feira, o FED divulgará a decisão sobre a taxa de juros. O mercado aguarda a 4ª subida dos juros do ano, em 25 pontos-base para o intervalo entre 2,25% e 2,5% ao ano.

Saiba mais – Governo Trump recusa proposta e coloca tribunal da OMC em risco 

Histórico

O presidente dos EUA não tem se mostrado satisfeito com a política de elevação de juros do FED há algum tempo. O motivo seria o possível enfraquecimento da economia.

Conforme analisa o presidente, a taxa de juros mais baixa é necessária para sustentar a economia norte-americana em meio à guerra comercial contra a China.

Trump chegou a acusar o presidente do FED, Jerome Powell, de “ficar alegre ao aumentar as taxas de juros”.

Saiba mais – Fed continuará a elevar juros, diz Goldman Sachs 

O FED tem aumentado os juros desde o final de 2015, após 10 anos de taxas praticamente nulas. Hoje, a taxa oscila entre 2% e 2,25%.

O objetivo do órgão financeiro é evitar o crescimento da inflação, cuja base poderia ser a “economia efervescente” da qual Trump se orgulha.

Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião