Em queda livre, Tesla (TSLA34) perde US$ 250 bilhões na Bolsa em um mês

Já pensou perder o valor de mercado da Toyota inteira em menos de 30 dias? Pois bem, a Tesla (TSLA34) conseguiu mais essa proeza, “queimando” cerca de US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) na Bolsa de Valores desde meados de fevereiro.

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Nesta segunda-feira (8), as ações da Tesla fecharam em US$ 563, baixa de 5,84%. Uma queda livre que está preocupando seriamente Wall Street.

Após a alta que levou as ações a dobrarem de valor em pouco mais de um mês, passando US$ 400 em meados de novembro para US$ 900 no início de janeiro, os papéis da fabricante de carros elétricos entraram em uma fase de intenso bull market.

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Os analistas tinham considerado excessiva a grande valorização das ações da Tesla registrada em 2020, com uma alta de 743% no ano.

Isso porque o grupo – apesar de ter perspectivas interessantes – ainda representa um mercado de nicho.

Seus balanços saíram apenas no ano passado do vermelho, lucrando US$ 721 milhões sobre um faturamento de US$ 31,5 bilhões.

Entenda a queda das ações da Tesla

A causa principal dessa baixa das ações da empresa fundada por Elon Musk é uma combinação de vendas para realizar ganhos rápidos por parte dos investidores, junto com a fase de fraqueza geral para ações de tecnologia.

Sem contar os temores de uma possível alta na taxa básica de juros nos Estados Unidos, que está levando o mercado acionário americano a cair como um todo.

Além disso, o mercado está de olho na indústria de carros elétricos, cada vez mais competitiva.

Um aumento da concorrência que levará a Tesla a ter que defender sua posição de liderança contra todos os grandes grupos automobilísticos tradicionais.

Da General Motors até a Toyota, passando pelo grupo Stellantis (FIAT e Peugeot), todos estão investindo pesado para lançar seus carros elétricos.

Em muitos casos, as montadoras estão antecipando as decisões dos políticos e já anunciaram o abandono dos carros tradicionais para ter uma frota 100% elétrica nos próximos anos.

Além disso, as ações da Tesla também sofreram pela interrupção da produção de seu Modelo 3 na Califórnia desde o final de fevereiro, por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A produção deveria ser retomada nesta segunda.

Parada provocada por falta de insumos

Mas essa parada na produção foi provocada também pelas dificuldades no fornecimento de componentes essenciais, principalmente pela escassez que está ocorrendo em nível global de microprocessadores.

Um obstáculo que corre o risco de comprometer os objetivos de crescimento da Tesla. No ano passado, graças ao boom do Modelo 3, no ano passado a empresa liderada por Musk ultrapassou meio milhão de veículos produzidos: 509.737 unidades fabricadas e 499.500 unidades entregues. Um resultado positivo em relação as 367.500 de 2019.

Musk sentiu no bolso em primeira mão os efeitos dessa queda, já que possui cerca de 18% das ações da Tesla. O empresário perdeu cerca de US$ 30 bilhões apenas na semana passada.

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Carlo Cauti

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