Terceira Guerra Mundial? Rússia alerta sobre “perigo real” de agravamento do conflito

Nesta segunda-feira (25), os secretários norte-americanos Lloyd Austin, da Defesa, e Antony Blinken, de Estado, visitaram Kiev, na Ucrânia, e garantiram aos aliados que é possível vencer o conflito militar contra a Rússia com o “equipamento adequado e o apoio certos”. Porém, em vez de uma sinalização sobre o fim da guerra, a declaração serviu para aumentar a disputa e efervescer os ânimos.

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Após a visita, o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, alertou sobre o perigo do conflito tomar proporções maiores e se tornar uma Terceira Guerra Mundial. Segundo ele, trata-se de um “perigo grave e real, que não pode ser subestimado”.

Porém, o chanceler russo também afirmou que pretende continuar as negociações de paz com a Ucrânia e admitiu a possibilidade de os riscos de agravamento do conflito estarem sendo “artificialmente” inflados. Lavrov acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “fingir” negociar com a Rússia.

“É um bom ator, mas, se olhar com atenção e ler com cuidado o que ele diz, serão encontradas milhares de contradições”, disse. E continuou: “A boa vontade tem limites. Quando não há reciprocidade, o processo de negociação é prejudicado”.

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Objetivo de enfraquecer a Rússia

A visita dos secretários Austin e Blinken à Ucrânia acontece em um momento no qual os Estados Unidos falam abertamente sobre o desejo de ver a Rússia enfraquecida. Desde o início da guerra, há mais de dois meses, Zelensky pede o apoio do ocidente com o envio de armamento para fazer frente à Rússia.

Na visita, os secretários dos EUA afirmaram que, com as armas adequadas e o apoio certo, a Ucrânia pode vencer o conflito. “A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E eles [ucranianos] estão convencidos de que podem ganhar”, disse o secretário da Defesa.

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Os pedidos do presidente da Ucrânia começam agora a surtir mais efeitos práticos. Países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se comprometeram nos últimos dias a conceder mais armas pesadas e equipamentos para os soldados ucranianos.

Além disso, as duas autoridades dos EUA informaram, durante o encontro com o presidente Zelensky ontem, que o país aprovou um financiamento militar de US$ 713 milhões para a Ucrânia e países parceiros.

Desse valor, US$ 322 milhões serão de financiamento militar para a Ucrânia e US$ 165 milhões em munições para combater o exército da Rússia.

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Monique Lima

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