Tegma (TGMA3): lucro líquido caiu 27,6% no 1T20, para R$ 19,3 mi

A Tegma (TGMA3) registrou, na manhã desta quarta-feira (13), um lucro líquido de R$ 19,3 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado é 27,6% inferior ao apresentado no mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 26,6 milhões.

A receita líquida da Tegma durante os três primeiros meses de 2020 foi de R$ 279,7 milhões, um recuo de 5,7% frente ao apresetando um ano antes. A companhia do setor logístico justifica a queda devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que fez com que menos veículos fossem transportados na divisão automotiva.

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A quantidade de veículos transportados no primeiro trimestre deste ano foi de 156,7 mil, uma queda de 12,6% na comparação anualizada. A small cap detém 25,7% de market share neste segmento, perdendo 0,2% em comparação ao primeiro trimestre de 2019.

O Retorno sobre Capital Investido (ROIC) da empresa, no primeiro trimestre de 2020, foi de 40,4%. A companhia ressalta, no entanto, que, se desconsiderado o crédito tributário do 3T19, o indicador seria de 32,1%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 238,7 milhões. A dívida líquida, por sua vez, era de R$ 7,6 milhões em 31 de março deste ano, queda de 89,1% frente a dezembro.

Segundo a companhia, o forte recuo da dívida líquida se deu por conta da “regularização do pagamento de clientes represados na virada do ano na divisão de logística automotiva e da utilização do crédito tributário de PIS-COFINS no montante de R$ 18 milhões”.

Dessa forma, a alavancagem financeira da empresa, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (dos últimos 12 meses), foi zerada, em comparação a x0,3 do quarto trimestre do ano passado.

A empresa informou que o fluxo de caixa livre de janeiro a março deste ano foi de R$ 59,2 milhões, 59,1% maior que os R$ 40,8 milhões do primeiro trimestre de 2019. A razão, segundo a companhia, foi pela compensação de crédito tributário.

“A interrupção da produção de veículos leves, comerciais leves e de eletrodomésticos no país e as incertezas sobre o retorno dessas operações demandam decisões firmes para minimizar os impactos sobre a saúde dos nossos colaboradores e de parceiros e, ao mesmo tempo, proteger nossos negócios e preservar a liquidez da empresa”, informou a direção da companhia.

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“Por outro lado, a fabricação de produtos essenciais, como no setor de químicos e nos serviços de armazenagem, está perto da normalidade. Estamos bem posicionados com uma estrutura de capital extremamente desalavancada e uma sólida posição competitiva baseada em contratos de longo prazo e excelência operacional”, disse a Tegma.

Jader Lazarini

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