Balanços da semana

Taesa (TAEE11): lucro cai 18,3% no 3T21, por contratos atrelados ao IGP-M

A Taesa (TAEE11) teve lucro líquido de R$ 536,9 milhões no terceiro trimestre (3T21), valor 18,3% menor do que o registrado um ano atrás. Segundo a companhia, o IGP-M, índice macroeconômico a qual parte dos seus contratos são indexados, afetou negativamente os valores, além de um aumento de R$ 111 milhões nas despesas financeiras.

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Na parte positiva, a Taesa aponta que a queda no  lucro foi parcialmente compensada por:

  • Aumento de 34,7% na receita de Operação e Manutenção explicado pela reajuste inflacionário do novo ciclo da RAP (Receita Anual Permitida) (2021-2022);
  • Aumento da margem de implementação de infraestrutura e da remuneração do ativo contratual como resultado da inflação registrada acima da expectativa no trimestre, impactando positivamente o saldo desses ativos contratuais.

Para a XP Investimentos, o resultado da Taesa no 3T21 foi neutro: “Embora tenhamos uma visão positiva sobre a estabilidade do segmento de transmissão, com base em uma estrutura de receita fixa, vemos as ações como precificadas” diz relatório da corretora.

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A receita líquida foi de R$ 1,354 bilhões entre julho e setembro, queda de 39,4% na base anual. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 539,7 milhões no mesmo período, alta de 31,4% na comparação anual.

A margem Ebitda da Taesa também avançou no 3T21, em 1,9 p.p., para 85,7%. Entre os impactos positivos está o início da operação da concessão Janaúba. O projeto foi entregue com 5 meses de antecipação e teve uma eficiência no volume total de investimento em torno de 18%. Com isso, adicionou um valor de R$ 213,6 milhões de RAP para a Taesa.

Gastos com impostos e dívida da Taesa crescem

A empresa de transmissão viu os seus custos e despesas aumentarem 10,3% entre julho e setembro, na base anual, somando R$ 140,8 milhões no período.  O principal aumento ficou para material e serviço de terceiros, que avançaram 70,6% e 30,6%, respectivamente.

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Os gastos com depreciação e amortização subiram 3,9% no ano, chegando a R$ 64,2 milhões, referente principalmente à unitização do projeto de implantação do sistema SAP S/4 Hana, explica balanço da Taesa.

O resultado financeiro da Taesa foi negativo em R$ 230,4 milhões, alta de 93,1% na comparação com o intervalo de julho a setembro do ano passado, com destaque para altas com variações monetárias e cambiais, que avançaram 194,5%.

“O aumento na linha de variações monetárias e cambiais na comparação anual é explicado basicamente pelo
aumento da inflação acumulada em IPCA registrada no período (+3,02% no 3T21 contra +1,24% no 3T20)”, diz a companhia no relatório trimestral.
A Taesa fecha o terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 5,85 bilhões, 1,5% menor do que na comparação com o trimestre anterior. Já a relação dívida líquida/Ebitda avançou 24,4% em um ano, saindo de 3,4x para 4,3x ao final de setembro de 2021.

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Última cotação da Taesa

A cotação da Taesa fechou em alta de 1,76% no pregão de quarta-feira (10), com as units TAEE11 valendo R$ 37,56.
Nos últimos 12 meses, os papéis da Taesa acumulam valorização de 33,97%, sendo negociados a R$ 40,97 na máxima e a R$ 27,71 na mínima.

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Monique Lima

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