Suzano (SUZB3) despenca 11% e lidera quedas do Ibovespa na semana

No último pregão, o Ibovespa, fechou o acumulado da semana em alta de 3,27%, aos 119.081 pontos, em consonância com os mercados internacionais. Apesar disso, algumas ações, especialmente as dolarizadas, caíram na emana, como a Suzano (SUZB3).

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As ações da Suzano tiveram baixa de 11% no acumulado da semana, considerando que o dólar caiu para R$ 4,747, em desvalorização sucessiva há semana.

A companhia, que possui receita dolarizada, sofre como as demais na bolsa de valores.

Abaixo, confira os destaques negativos da semana no Ibovespa.

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Confira a seguir, as cinco maiores baixas do Ibovespa esta semana:

  1. Suzano (SUZB3): -11,6%
  2. Klabin (KLBN11): -5,6%
  3. Marfrig (MRFG3): -5,3%
  4. DexCo (DXCO3): -5,2%
  5. JBS (JBSS3): -5%

Suzano e Klabin lideram baixas

Com o dólar despencando nas últimas semanas, em parte, por conta do fluxo de capital estrangeiro, as companhias conhecidas como “dolarizadas” da bolsa caem.

Tanto a Suzano quanto a Klabin despencam por que tem boa parte de suas receitas ancoradas em exportações e operações lastreadas em dólar.

Ainda que ambas tenham mecanismos para otimizar o portfólio, desvalorizações tão bruscas na cotação ocasionam impactos futuros no balanço financeiro.

No caso da Suzano, vale frisar a novidade recente, que a empresa propôs o pagamento de R$ 1,8 bilhão em dividendos aos acionistas da empresa. O valor é referente ao lucro de R$ 8,6 bilhões que a empresa apurou em 2021.

Deste valor em proventos, R$ 1,0 bilhão já foi pago no dia 7 de janeiro na forma de dividendos antecipados. Os R$ 800 milhões restantes devem ser pagos em 13 de maio deste ano. Teriam direito ao recebimento os acionistas detentores de papéis da empresa no dia 4 de maio.

Além disso, a Suzano é a ‘top pick’ do Bank of America (BofA) para o segmento de commodities.

Os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika, Guilherme Rosito e George L. Staphos escrevem que desde que os preços da celulose chinesa de fibra curta (HW) atingiram o fundo do poço no final de novembro de 2021, eles subiram 26%, para US$ 692/t, e que “o rali ainda não acabou”, destacando a Suzano como melhor opção de compra.

“Esses níveis estão dentro do suporte da curva de custo e, em nossa opinião, abrem uma janela de oportunidade, dado que estamos com dificuldade para encontrar motivos que possam levar os preços da celulose a corrigirem a níveis tão baixos este ano″, escreve o BofA sobre a Suzano.

Marfrig cai com dólar

A companhia, do segmento de frigoríficos, cai por conta da desvalorização do câmbio – já que também tem boa parte de sua receita dolarizada.

Apesar dos resultados financeiros positivos, o mercado precifica o impacto futuro e deixa as ações cotadas a R$ 20,17.

DexCo

A companhia cai 5% no Ibovespa à cotação de R$ 14,14 logo após concluir um  programa de recompra de ações, que fora aprovado em 12 de janeiro deste ano.

Desde a criação do programa até o dia 18 de março, a companhia recomprou 20.000.000 de ações ordinárias de sua emissão, equivalentes a 7,25% da quantidade total de ações em circulação, adquiridas na B3 (B3SA3) a preço de mercado.

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JBS cai após balanço do 4T21

A JBS teve influência do seu resultado financeiro, divulgado na segunda (21).

A companhia registrou lucro líquido R$ 6,4 bilhões, ou R$ 2,69 por ação, no quarto trimestre de 2021 (4T21). O montante corresponde a um aumento de 61% ante o lucro líquido apurado um ano antes, de R$ 4,02 bilhões.

No consolidado de 2021, o lucro líquido da JBS cresceu 4,5 vezes, saindo de R$ 4,59 bilhões para R$ 20,48 bilhões. Segundo a companhia, trata-se do melhor resultado para o período de um ano da sua história.

Grande parte do lucro líquido do frigorífico veio com a melhora da receita líquida, que somou R$ 97,2 milhões no 4T21, uma alta de 27,8% na comparação anual. Em balanço financeiro, a JBS destaca que houve crescimento em todas as unidades de negócios.

Assim, a companhia fechou a semana como quinta maior baixa do Ibovespa, que teve a Suzano como principal destaque negativo.

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Eduardo Vargas

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