S&P mantém rating da CSN (CSNA3) em “B-“ com perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s retirou nesta sexta-feira (17) a A CSN (CSNA3) da lista de observação com implicações positivas e manteve o rating da empresa em “B-“, com perspectiva negativa.

O lista de creditwatch da S&P é focado em eventos identificáveis e tendências de curto prazo, as quais podem levar a agência a posicionar os ratings sob monitoramento especial. A CSN, Companhias Siderúrgica Nacional, tinha sido colocada em 22 de abril.

A S&P salientou que, muito embora a companhia tenha finalizado o refinanciamento de “parte substancial de sua dívida bancária”, com o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal, e anunciado outro acordo de pré-pagamento de minério de ferro na véspera, “suas métricas de crédito permanecerão altamente alavancadas”.

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“A perspectiva negativa reflete os riscos de novas ondas da pandemia e da consequente desaceleração econômica, o que poderia reduzir os fluxos de caixa da CSN e aumentar os riscos de refinanciamento além de 2020”, avaliou a agência de rating.

Alavancagem da CSN deve ficar acima de 6 vezes, diz S&P 500

A agência de classificação ponderou que a alavancagem da CSN “permanecerá acima de 6 vezes nos próximos anos, e uma desalavancagem mais estrutural, com redução da dívida bruta, dependeria da venda de ativos”. A empresa tem prometido há alguns a operação, mas ainda não existe nada concreto.

A siderúrgica e minerado encerrou o mês de março com uma relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 4,78 vezes acima das 4,07 vezes do final do ano passado e das 3,77 vezes apuradas no primeiro trimestre de 2019.

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A S&P ponderou, pelo lado positivo, que os preços favoráveis do minério de ferro e a queda da demanda de aço mais branda do que a esperada reforçarão o Ebitda e os fluxos de caixa da CSN.

Arthur Guimarães

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