Small Caps em janeiro: ModalMais (MODL11) e CBA (CBAV3) lideram altas, acima de 30%

Em um mês de recuperação e melhora do cenário brasileiro ante o exterior, as small caps brasileiras fecharam janeiro no azul.

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No acumulado mensal, o Ibovespa subiu 7%, fechando o último pregão do mês aos 112 mil pontos, enquanto o SMLL teve alta de 3,7% no mesmo período, fechando em 2.446 pontos.

O SMAL11 é o ETF da bolsa brasileira que mensura o desempenho das ações de empresas small caps – companhias com valor de mercado abaixo de R$ 1 bilhão – e já sobe 6,3% desde o início do ano, cotado a R$ 116,48.

Nesse cenário, a maioria das companhias tiveram altas nas suas ações.

Tradicionalmente, empresas dessa natureza tendem a ter maior volatilidade, o que tornou o cenário deste mês incomum por causa da comparação com o Ibovespa.

O papel com a maior valorização do mês entre as small caps foi o da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), que estreou o ticker na bolsa ainda em julho de 2021. Desde lá a alta foi de 45%.

Veja as cinco maiores altas das Small Caps:

1) CBA lidera small caps com aquisição

A companhia somou alta de 35% chegando à cotação de R$ 17,30 em janeiro, encabeçando as small caps.

No mês, a última novidade foi a do processo de integração da operação da Alux do Brasil, localizada em Nova Odessa (SP),

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A CBA tem a opção de compra dos 20% restantes da Alux a partir do terceiro ano da assinatura do contrato. O acordo entre as empresas foi aprovado, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em janeiro.

“A aquisição está alinhada à nossa estratégia de longo prazo de ampliar a capacidade de alumínio reciclado e também reforça o nosso compromisso de produzir alumínio com uma pegada de carbono cada vez menor”, disse, à época,Ricardo Carvalho, CEO da CBA.

2) ModalMais sobe com compra da XP

A mais recente novidade do banco ModalMais foi sobre a sua compra. O Grupo XP (XPBR31) concluiu a aquisição da empresa, conforme informado no dia 7 de janeiro.

Já no dia da compra, na B3 (B3SA3), bolsa de valores brasileira, as ações da Modal subiam 44,67% por volta das 11h40 (horário de Brasília), valendo R$ 12,08. Já as ações da XP na bolsa americana Nasdaq subia 3,43% no mesmo horário, para US$ 28,10. No pré-mercado, os papéis já haviam avançado 2,44%.

O acordo vinculante é para a incorporação de até 100% do banco digital, que será pago com até 19,5 milhões de ações da XP Inc.

O pagamento, que será feito por meio de troca de ações, representa um prêmio de 35% sobre o preço médio do Banco Modal nos últimos 30 dias, afirma a XP em nota.

Em relação ao valor da ação MODL11 no fechamento do dia anterior à compra(R$ 8,35), o prêmio chega a 50%. Com isso, o movimento de subida  é considerado um ajuste de mercado para um preço mais próximo do que a XP irá pagar.

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3) Guararapes e contrato com o Itaú (ITUB4)

A Guararapes, que é dona da Riachuelo, não teve muitas novidades em janeiro, mas engata alta desde meados de dezembro quando anunciou o pagamento de R$204,5 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.

Já na primeira semana de janeiro a empresa informou que fechou contrato com o Itaú (ITUB4) para exercer a função de Formador de Mercado das ações da Companhia negociadas no âmbito da B3.

Segundo a empresa, “esse movimento está em linha com as iniciativas da Companhia de fomentar a liquidez das ações de sua emissão, reforçando o compromisso com os investidores e com as melhores práticas de negociação no mercado”.

4) Mater Dei: avanço nos M&As

O grande driver para a companhia de saúde estar dentre as maiores altas das small caps foi a compra de 95% do Hospital Premium – Instituto de Cirurgia Plástica e Oftalmologia, localizado em Goiânia (GO). O valor pago será de R$ 250 milhões, a serem quitados ao fim de seis parcelas.

Segundo o comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “a operação, combinada com a recente aquisição anunciada em Uberlândia [do Hospital Santa Genoveva, em novembro de 2021],é mais uma etapa da implementação da estratégia do Mater Dei de consolidação do eixo de assistência hospitalar de alta qualidade, em uma região de demanda crescente”.

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Inaugurado em 2013, o Hospital Premium está localizado em Goiânia e tem capacidade instalada para 156 leitos, terminando 2021 com 80 leitos operacionais. Desde então, a instalação se tornou um hospital geral de alta complexidade.

Com vocação cirúrgica, o hospital possui, atualmente, 10 salas de cirurgia e 28 UTIs, com expansão mapeada para 13 salas cirúrgicas e 44 UTIs.

A previsão do hospital é que todos os leitos entrem em operação nos próximos 12 meses, por conta de uma expansão das especialidades, seguido posteriormente de um aumento em um terreno de 5 mil metros quadrados.

5) Alliar e o case Tanure

A Alliar ganha destaque entre as small caps desde que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de parte das ações das suas ações pela gestora MAM Asset Management, do empresário Nelson Tanure.

Segundo o comunicado ao mercado, em fato relevante, a decisão passa a ser definitiva em 15 dias, caso não haja recurso.

Em carta a seus acionistas e ao mercado no início do mês de janeiro, a MAM informou que celebrou contrato de compra e venda da companhia, que prevê a transação de até a totalidade das ações do bloco de controle da Companhia, ou 52,75% do capital social.

Além das ações, o contrato inclui um put, ou opção de venda, aos acionistas controladores, por R$ 20,50 cada ação no fechamento da operação ou, conforme correção monetária, dois anos após o contrato.

“As opções de venda visam o melhor interesse da Alliar, ao oportunizarem a permanência dos acionistas do atual bloco de controle da companhia que assim desejarem, haja vista a sua importância para o desenvolvimento da Companhia e a crença no seu potencial de crescimento”, afirma a MAM.

Os papéis da Alliar fecharam o mês como a quinta maior alta entre as small caps, com cotação de R$ 16,50.

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Eduardo Vargas

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