Silicon Valley Bank é negociado na Bolsa brasileira; BDRs movimentaram menos de R$ 500 mil em 2023

O Silicon Valley Bank (SVB), banco norte-americano que teve sua falência decretada pelas autoridades norte-americanas na semana passada, é negociado na Bolsa brasileira por meio da BDR S1IV34. Contudo, segundo informações divulgadas nesta segunda (13), o papel movimentou menos de R$ 500 mil ao longo deste ano.

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De acordo com um levantamento feito pela Quantum Finance, até a última sexta (10), as BDRs do Silicon Valley Bank foram negociadas 218 vezes desde o início do ano. Essa movimentação foi equivalente ao volume financeiro de R$ 459.234,29. Somente entre a última quarta (8) e sexta, os ativos desabaram 65,6%.

De janeiro até 10 de março, os papéis de um dos principais bancos financiadores de startups nos Estados Unidos apresentaram uma queda de 61,03%. Nesse mesmo período, o Ibovespa recuou 5,57%.

Além do SVB, outro banco fechado pelas autoridades norte-americanas foi o Signature Bank, que era focado em empresas de tecnologia e criptoativos.

A instituição financeira também tem BDRs, negociadas na B3 pelo ticker SBNY34. No mesmo período analisado no caso do SVB, os papéis do Signature foram negociados apenas 25 vezes e movimentaram R$ 125.528,51 em volume financeiro.

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Crise no Silicon Valley Bank pode prejudicar Bolsa brasileira?

A crise no Silicon Valley Bank (SVB), que movimenta o noticiário econômico desta segunda (13), traz inicialmente poucos impactos para a Bolsa Brasileira. Na visão do economista-chefe do Banco Alfa, Luís Otávio Leal, as diferenças entre os sistemas bancários brasileiro e norte-americano são alguns dos fatores que blindam inicialmente o Ibovespa.

“Pode parecer estranho, mas o sistema bancário brasileiro é muito mais solvente, desenvolvido do que o norte-americano. Até por causa da época que tivemos hiperinflação, temos um sistema bancário muito mais ajustado do que o dos Estados Unidos”, destacou Leal em entrevista ao Suno Notícias.

Em termos de contágio, acho que é muito pouco, a não ser que se gere uma crise a la 2008.

De acordo com o profissional, o principal impacto que a crise no SVB pode gerar no curto prazo na economia brasileira é na política monetária, abrindo espaço para uma eventual redução dos juros, tendo em vista que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não deverá aumentar as taxas na reunião da semana que vem.

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Silicon Valley Bank: Entenda a crise no banco de startups

Na última sexta (10), as autoridades norte-americanas anunciaram o encerramento das atividades do Silicon Valleu Bank (SVB). O banco era um dos principais financiadores de startups e a sua falência torna-se a segunda maior da história do setor bancário dos Estados Unidos.

Com o aumento dos juros nos Estados Unidos, as empresas que eram clientes do SVB começaram a retirar dinheiro do banco de uma forma mais rápida do que a esperada pela instituição. Assim, além da queda do caixa, os novos investimentos na instituição foram sendo reduzidos ao longo dos últimos meses.

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Nos últimos dias, o banco anunciou que venderia US$ 2,25 bilhões em novas ações, a “gota d’água” para os clientes intensificarem a retirada dos recursos. Greg Becker, presidente do SVB, pediu na quinta (9) para os clientes manterem a calma.

Porém, isso não ocorreu e as ações despencaram 60%. De acordo com a Bloomberg, o Silicon Valley Bank perdeu quase US$ 10 bilhões em patrimônio neste movimento. Na sexta, as autoridades norte-americanas oficializaram a falência da instituição.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, tranquilizou os norte-americanos e reforçou que o sistema financeiro dos Estados Unidos “é seguro”.

Além disso, fintechs como Nubank (NUBR33), Inter (INBR32), C6 e PagSeguro (PAGS34) avisaram aos seus clientes que não possuem relação com o Silicon Valley Bank após rumores circularem nas redes sociais.

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Erick Matheus Nery

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