7 itens são mais baratos na Shein do que na Riachuelo (GUAR3), C&A (CEAB3) e Renner (LREN3); confira lista

Em meio ao imbróglio sobre o futuro da Shein no Brasil, o BTG Pactual (BPAC11) fez um levantamento que exemplifica o motivo de a varejista asiática ter caído no gosto dos brasileiros. Em uma cesta com oito itens de moda, aponta a pesquisa, sete deles são mais baratos na empresa internacional do que nas varejistas nacionais Riachuelo (GUAR3), C&A (CEAB3) e Lojas Renner (LREN3).

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Apenas um item nesta lista é mais caro na Shein do que nas empresas nacionais: ironicamente, são as “blusinhas”, peças que viraram sinônimo da empresa. Enquanto uma t-shirt na Shein é vendida por R$ 52, a Riachuelo cobra R$ 30. C&A e Renner comercializam a peça por R$ 40.

Com base nos cálculos feitos pelos analistas do BTG Luiz Guanais e Gabriel Disselli, uma compra na Shein com uma peça cada de vestido, calça jeans, jaqueta, saia, moletom, t-shirt, botas e bolsa sairia pelo preço de R$ 648. Na Riachuelo e C&A, pelos respectivos preços de R$ 989 e R$ 990 — cerca de 53% mais caro.

Enquanto isso, se o consumidor preferir fazer essa mesma compra na Lojas Renner, terá que desembolsar R$ 1,089 – 68% a mais do que pagaria na Shein.

Veja a comparação entre os preços na Shein versus as varejistas nacionais:

Valores em R$SheinRiachueloC&ARenner
Vestido421009070
Calça jeans69140160160
Jaqueta147200190200
Saia505090100
Moletom77140100140
Camiseta/T-shirt52304040
Botas176200200200
Bolsa36130120180
Valor total6489899901,089
Fonte: BTG Pactual

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Shein no Brasil: O que esperar?

Os analistas do BTG Pactual estimam que a Shein alcançou cerca de R$ 7 bilhões em vendas no Brasil ao longo de 2022, ante R$ 2 bilhões em 2021.

Nas últimas semanas, o reforço da fiscalização em torno das importações, o que afeta diretamente a operação da Shein, fez com que a varejista realizasse uma reunião às pressas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e anunciasse um plano ousado de investimentos no Brasil. Em três anos, a empresa planeja investir R$ 750 milhões e gerar 100 mil empregos via parcerias com produtores locais.

“Esses movimentos devem diversificar a matriz de produção, melhorar os níveis de serviço e alavancar o já alto engajamento e tráfego orgânico na plataforma. Porém, isso também significa que a Shein competirá sob as mesmas condições que os varejistas locais, o que pode levar a preços mais altos”, alertam os especialistas do banco de investimentos.

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Erick Matheus Nery

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