Santander (SANB11) lucra R$ 4,17 bilhões e chega a 50 milhões de clientes no 2T21

O Santander (SANB11) divulgou, na manhã desta quarta-feira (28), seu resultado do segundo trimestre deste ano. O lucro líquido gerencial atingiu R$ 4,17 bilhões, maior patamar histórico, equivalente a um avanço de 98,4% sobre os R$ 2,1 bilhões reportados 12 meses atrás.

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O lucro do Satander ainda ficou 5,4% acima do reportado no primeiro trimestre deste ano, período em que a segunda onda da pandemia do novo coronavírus no Brasil ainda estava no início.

Segundo o banco, o período também registrou um recorde de aquisição e aumento da vinculação de clientes, alcançando 50 milhões. Foram mais de 500 milhões de acessos por mês nos canais da instituição.

Entre abril e junho, chegaram novos 1,2%, ao mesmo tempo em que a receita por cliente cresceu 6% em um ano.

A instituição teve um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) de 21,6% no segundo trimestre, sua segunda maior marca da história.

O índice de eficiência do Santander, que mede a relação entre despesas gerais, receitas e tarifas, e despesas tributárias, foi de 33,8% no segundo trimestre, queda de 0,8 ponto percentual em um ano.

Por outro lado, o índice de inadimplência acima de 90 dias também caiu. O indicador no segundo trimestre foi de 2,2%, contra 2,4% do segundo trimestre de 2020. O índice de cobertura acima de 90 dias ficou em 263% no fim de junho deste ano.

Em comentário, a XP disse que os resultados do Santander ficaram em linha com suas expectativas. A corretora destacou negativamente o fato do resultado ter sido “impulsionado principalmente pelo consumo de cobertura”.

Além disso, a saída de Sergio Rial ao fim deste ano também é vista com maus olhos pela XP. “Esperamos que o mercado reaja negativamente às notícias”, uma vez que o executivo foi um dos principais responsáveis pela transformação digital do banco nos últimos quatro anos.

A corretora recomenda a venda das ações do Santander, com um preço-alvo de R$ 36, downside de 13,1% sobre a cotação atual.

Carteira de crédito do Santander avança

A carteira de crédito do Santander subiu 14,9% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, para R$ 439,79 bilhões. Na relação com o trimestre anterior, a alta foi de 3,5%.

O principal desempenho foi das pequenas e médias empresas, com uma alta de 29,8%, para R$ 58,9 bilhões. A carteira de pessoas físicas, a maior do banco, subiu 20,9%, para R$ 189,8 bilhões.

A carteira de crédito ampliada, que incluir outras operações com risco de crédito (como debêntures, FDIC, CRI, entre outras), subiu 14,4% em 12 meses, para R$ 510,31 bilhões. Nesse mesmo sentido, a captação de recursos, como poupança, depósitos à vista e a prazo, cresceu 8,3%, para R$ 468,33 bilhões.

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Do lado negativo, o banco destacou o recuo da margem financeira bruta, que saiu de R$ 13,62 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 13,42 bilhões neste ano.

A margem com clientes teve um resultado positivo, com alta de 4%, destaque para o volume médio da margem de brutos. Contudo, a margem com mercado caiu 25%, “resultado de menores receitas com operações trading e gestão de ativos e passivos”, disse o banco.

Pagamento de R$ 3,4 bilhões em JCP

Na noite da última terça-feira (27), antes da divulgação dos resultados, o Santander informou que pagará R$ 3,4 bilhões em juros sobre o capital próprio (JCP).

Após a retenção do imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, o valor líquido a ser distribuído pelo banco cairá para R$ 2,89 bilhões.

O montante total líquido corresponde a pouco mais de R$ 0,3689 por ação ordinária; R$ 0,4058 por papel preferencial; e R$ 0,774 por unit.

Terão direito ao JCP os acionistas da instituição no final da próxima quarta-feira (4). Dessa forma, a partir do dia seguinte, as ações da companhia serão negociadas “ex-JCP”. O pagamento será realizado pelo Santander no dia 3 de setembro.

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Jader Lazarini

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