Resumo da Semana: IPO da XP; Copom e Fed; Eleições no Reino Unido

A segunda semana do mês de dezembro contou com notícias que agitaram tanto o mercado interno quanto o cenário internacional. No Resumo da Semana do SUNO Notícias você acompanha todas as notícias mais relevantes dos últimos cinco dias.

Em meio aos grandes assuntos em evidência nesta semana, como o novo corte de juros realizado pelo Banco Central brasileiro e a decisão do Federal Reserve de manter as taxas de juros dos EUA inalteradas, o IPO da XP Investimentos chamou a atenção e é o grande destaque do Resumo da Semana. Além disso, as eleições no Reino Unido também ganharam as manchetes no final da semana.

Confira os principais pontos do Resumo da Semana:

IPO da XP

Para iniciar o Resumo da Semana, separamos a notícia sobre o IPO da XP Investimentos, que foi realizado na última quarta-feira (11) nos Estados Unidos e fez com que investidores do mundo inteiro olhassem para a empresa brasileira.

Saiba mais: IPO da XP Investimentos: Empresa estreia na Nasdaq nesta quarta

Em meados de março, a XP Investimentos anunciou que deixaria seu IPO para o final deste ano por conta do nível de incertezas do mercado naquele momento. A confirmação de que a oferta pública inicial seria realizada em dezembro na Nasdaq só foi feita há pouco mais de um mês. O prospecto do IPO na Nasdaq foi protocolado no dia 15 de novembro.

A XP Investimentos anunciou, no início desta semana, a precificação de seu IPO. A companhia precificou a US$ 27 cada papel, fazendo com que a empresa fosse avaliada em US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 62,5 bilhões levando em consideração o câmbio a R$ 4,20).

A XP comunicou, na terça-feira (10), a venda de 72,51 milhões de ações classe A. Do total, 42.553.192 fazem parte da oferta primária e a outra parte, de 29.957.449 papéis, são da oferta secundária, vendidas por acionistas.

A XP Investimentos (XP Inc) abriu em alta de 21% em sua estreia na Nasdaq na última quarta-feira (11), a US$ 32,75. A empresa está operando sob o código “XP” na bolsa norte-americana.

A oferta da XP Investimentos é primária e secundária. Sendo assim, parte dos recursos levantados com a operação irá para os acionistas vendedores, e a outra parte será direcionada ao caixa da corretora brasileira.

Os sócios executivos da XP e os fundos de private equity General Atlantic e Dynamo são os acionistas vendedores na oferta secundária da empresa.

Direcionamento dos recursos levantados na oferta da XP

De acordo com a XP, os recursos obtidos na primeira parte da oferta serão utilizados para financiar o lançamento de novos serviços, como o Banco digital, Pagamentos e o de Seguros.

Além disso, a empresa também tem como objetivo usar parte desse valor para financiar futuras aquisições e fazer outras operações com o intuito de expandir ainda mais o seu negócio.

Copom

Após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na quarta-feira (11), a taxa básica de juros do Brasil (Selic) foi cortada novamente. Antes da reunião, ela se encontrava em 5% ao ano, porém, com o novo corte, ela caiu para 4,5%, a nova mínima histórica.

Saiba mais: Banco Central corta Selic em 0,50%; taxa vai para 4,50% ao ano

Após a decisão de corte na taxa Selic, o Banco Central informou que: “a conjuntura econômica prescreve uma política monetária estimulativa”. Para a instituição monetária central o atual estágio do ciclo econômico “recomenda cautela na condução da política monetária”.

A taxa Selic começou o ano em 6,5% ao ano, porém desde julho vem sofrendo cortes, como uma forma impulsionar a economia.

Fed

Ao contrário do que se viu aqui no Brasil, o Banco Central norte-americano, Federal Reserve (Fed), decidiu manter inalteradas as taxas de juros dos Estados Unidos, após uma reunião de política monetária realizada na última quarta-feira (11). Dessa forma, a taxa básica permanece no intervalo de  1,5% e 1,75%.

A inalteração acontece após três cortes consecutivos realizados pelo Fed no ano. Na última reunião, o intervalo era de 1,75% a 2%, antes da decisão do corte ser feita. A decisão foi tomada por membros do comitê de política monetária do Banco Central dos EUA

Desta vez, o Fed não foi tão pressionado por outras autoridades, como o presidente Donald Trump, por conta dos resultados recentes da economia norte-americana. O desemprego registrou baixa, a inflação está fraca e a economia dos EUA cresce em um ritmo próximo aos 2% com chances mínimas de recessão.

Eleições no Reino Unido

O Partido Conservador do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, venceu as eleições, conquistando um maior número de cadeiras no Parlamento. Dessa forma, Johnson foi reconduzido ao cargo pelo qual assumiu em julho deste ano. O partido de Boris ficou com 364 cadeiras contra 203 dos trabalhistas de Jeremy Corbyn. No total, são 650 cadeiras no Parlamento. O resultado foi comunicado na última sexta-feira (13).

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Uma pesquisa de boca de urna divulgada na última quinta-feira (12) já mostrava que o partido de Boris Johnson poderia vencer com uma diferença grande de votos. A tal pesquisa foi realizada pelo instituto Ipsos Mori junto a rede de TV BBC, a ITV e a Sky. O levantamento adiantava que Johnson conseguiria 368 deputados e iria obter uma vitória folgada.

Após o resultado das eleições, Johnson fez agradecimentos e afirmou que o partido conservador “recebeu um novo e poderoso mandato para realizar o Brexit – e não apenas para fazer o Brexit, mas para unir este país e levá-lo adiante”.

Segundo o primeiro-ministro britânico, as eleições dão a ele uma “chance de respeitar a vontade democrática do povo britânico, mudar este país para melhor e liberar o potencial de todo o povo”.

Guerra Comercial

O Resumo da Semana termina com o possível final da guerra comercial entre China e EUA. Após uma novela de quase dois anos, a China confirmou na manhã da última sexta-feira (13) o acordo comercial com os Estados Unidos. Foram 19 meses de negociação, ao todo.

Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio da China, afirmou em uma entrevista coletiva em Pequim que ambas as partes alcançaram “progressos significativos” na guerra comercial.

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De acordo com o representante chinês, o tratado implica na remoção de algumas das tarifas no valor total de US$ 360 bilhões em produtos de origem chinesa por parte dos Estados Unidos. Segundo ele, as tarifas sairiam em fases e incluiriam isenções adicionais para algumas exportações.

Fique ligado no Resumo da Semana da Suno Notícias para ficar por dentro de todas as informações mais relevantes dos últimos dias.

Juliano Passaro

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