Renda Fixa tem R$ 32,5 bilhões em emissões em agosto, 96% do total

Renda Fixa ganhou ainda mais predileção dos investidores. Segundo informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), foram R$ 32,5 bilhões em emissões da classe de ativo no mês de agosto.

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Com esse número, as emissões de renda fixa ficam no maior patamar desde 2018 e totalizam R$ 351 bilhões desde o início do ano. Além, disso, ainda há ofertas em andamento e em análise, de R$ 10,2 bilhões e R$ 12,7 bilhões, respectivamente.

Esse número representa uma participação mensal de 96,1% no número de emissões do mercado de capitais – volume 4,5% menor do que os 98,9% vistos em igual período do ano anterior.

Nas emissões de debêntures em agosto, as empresas captaram R$ 21,6 bilhões, equivalente a 66% do total emitido. O volume captado foi de R$ 180,2 bilhões em 2022, contra R$ 137,5 bilhões de janeiro a agosto de 2021 – naquele período, a Selic estava em 5,25%.

A participação dos fundos nos investimentos em debêntures, vale lembrar, aumentou. Atualmente são 42,8%, ante 36,5% no ano anterior.

Esse crescimento, entretanto, não foi suficiente para ultrapassar a parcela dos intermediários e demais participantes ligados à oferta, segundo os dados da Anbima,

A entidade revela que estes ainda são os principais subscritores nas ofertas públicas de debêntures (45,7%). Enquanto isso, investidores institucionais, pessoas físicas e investidores estrangeiros detêm 6,7%, 4,7% e 0,1%, nesta ordem.

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Fora da renda fixa, IPOs e follow-ons ‘congelam’ na bolsa

O levantamento mostra que a renda variável não teve nenhuma operação desde o follow-on da Eletrobras (ELET3), que ocorreu em meados de junho.

A operação foi da privatização da Eletrobras, vale lembrar, movimentando R$ 30,9 bilhões,

No acumulado de 2022, são R$ 49,7 bilhões captados, sendo R$ 406 milhões em IPOs e R$ 49,3 bilhões em follow-ons.

Segundo o boletim da Anbima, isso se deve em grande medida à evasão do investidor estrangeiro, já que a participação caiu mais de 10 pontos percentuais na subscrição de ações, passando de 35,9% para 25,8% entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

No mercado externo, nenhuma operação foi registrada nos últimos dois meses. No ano, ocorreram 12 operações, que correspondem aos volumes de US$ 5 bilhões em renda fixa ao passo que foram US$ 125 milhões em renda variável.

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Eduardo Vargas

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