Reforma da Previdência, balanços e propina: veja as mais lidas da semana

A última semana foi marcada pelas companhias aéreas, principalmente pela crise que acometeu a Boeing após a queda do avião 737 Max 8 na Etiópia, com reverberação em empresas brasileiras. Mas houve também a entrega da proposta de reforma da Previdência dos militares ao ministério da Economia, a divulgação de balanços financeiros do último ano fiscal e outros acontecimentos. Confira abaixo as matérias mais lidas da semana:

Reforma da Previdência dos militares vai a Guedes

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, enviou na última quarta (13) a proposta de reforma da Previdência dos militares ao Ministério da Economia. Antes de chegar de fato à Câmara dos Deputados, a proposta dos militares passará ainda pela Secretaria de Assuntos Jurídicos, na Casa Civil. Isto depois de deixar a pasta do ministro Paulo Guedes (Economia).

Na última segunda-feira (11), os líderes dos partidos na Câmara realizaram um acordo. Foi estabelecido que a PEC da reforma da Previdência só seria votada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa após a entrega da proposta com mudanças para militares. A decisão foi tomada após uma reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

A proposta dos militares deve chegar ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (20), segundo Azevedo. O ministro até mesmo cancelou a viagem programada para os Estados Unidos, na qual integraria a comitiva presidencial.

Saiba mais: Militares entregam a proposta de reforma da Previdência a Paulo Guedes

Os lucros da PetroRio

A PetroRio (PRIO3) apresentou lucro líquido de R$ 204,875 milhões em 2018. A alta ante o ano anterior foi de 302,9%. No quarto trimestre do ano passado, o lucro foi de R$ 60,162 milhões.

No dia seguinte, em 12 de março, ações da PetroRio apresentaram alta superior a 5%, atingindo avanço de 5,49% a R$ 19,21 antes do 12h. Todavia, os papeis encerraram em queda de 3,35% a R$ 17,60, no pregão da B3 (BM&F Bovespa).

A receita líquida também foi destaque: R$ 848,9 milhões no ano passado, com um acréscimo de 59% sobre 2017. Deste total, 87%, ou cerca de R$ 738,2 milhões, foram originados da venda do óleo do campo do Polvo, o primeiro ativo adquirido em sua noa fase.

Outro fator positivo para a receita líquida da petrolífera foi o preço do petróleo Brent, durante o ano passado.

Saiba mais: PetroRio tem lucro líquido 302,9% maior em 2018; ações fecham em baixa

Balanços da semana

Também teve destaque o calendário da semana para a divulgação dos balanços financeiros do último ano fiscal, após uma pausa para o carnaval. A semana foi marcada pelos resultados de empresas como Azul, Latam, Marisa, Braskem, Embraer, Boticário e outros.

A Suno Notícias fez um resumo dos balanços que foram destaque na última semana.

Saiba mais: Azul, Latam, Marisa: confira os balanços em destaque da última semana

Fundador da CVC confessa propina

O fundador do grupo CVC Brasil, Guilherme Paulus, confessou à Polícia Federal (PF) ter pago propina para livrar uma de suas empresas de arcar com R$ 161 milhões em impostos federais. A informação foi publicada pelo jornal “O Globo” na terça (12).

Foi com base na delação de Paulus, que deixou a presidência do conselho de administração da CVC em março, que a PF cumpriu nesta terça 23 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em cinco estados.

Segundo a polícia, o grupo investigado movimentou propina no exterior, o que levaria seus integrantes a responder por lavagem de dinheiro e evasão de divisas, além de corrupção e organização criminosa.

Saiba mais: CVC: Fundador diz ter pagado propina para se livrar de R$ 160 mi em impostos

Morgan Stanley compra participação na Somos Educação

O Morgan Stanley anunciou na noite da última quarta (13) que comprou uma participação de 14,5% na brasileira Somos Educação. E nesta quinta (14) foi a vez do fundo Farallon Capital comunicar ao mercado da aquisição de outros 10% da companhia.

Desta forma, Morgan Stanley e Farallon Capital adquirem a participação minoritária que pertencia ao GIC (fundo soberano de Cingapura) e a outros investidores internacionais. Eles venderam suas ações num leilão, realizado na última sexta (8), a R$ 20,20. O motivo, segundo fonte do setor ouvida pelo jornal Valor Econômico, teria sido questões tributárias. Operações de fechamento de capital de empresas pode levar investidores estrangeiros a pagarem impostos mais elevados.

Como quem adquiriu as participações na Somos foram a tesouraria do Morgan Stanley e a unidade brasileira do Farallon Capital – ou seja, por meio de operações locais, eles pagaram menos impostos. Assim, há lucros com a venda dos papéis da Somos para a Kroton.

Saiba mais: Morgan Stanley compra 14,5% da Somos Educação, sob controle da Kroton

Guilherme Caetano

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