Real Digital: Banco Central seleciona 14 empresas para testes e inclui Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank (NUBR33); veja lista completa

O Banco Central (BC) selecionou 14 instituições ou consórcios para participar dos testes do Real Digital, após receber 36 propostas, totalizando mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros. De acordo com as informações divulgadas nesta quarta (24), instituições como o Banco do Brasil (BBAS3) e o Nubank (NUBR33) participarão dessa iniciativa.

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Com base na seleção final, o BC iniciará a incorporação dos participantes à plataforma do Piloto do Real Digital até meados de junho de 2023. Dentre os grandes bancos, somente a Caixa não está na lista de selecionados.

Está prevista a participação também da XP (XPBR31), B3 (B3SA3), além de outros bancos, cooperativas, instituições de pagamento, desenvolvedores de serviços de criptoativos, operadores de infraestrutura de mercado financeiro e instituidores de arranjos de pagamento.

Segundo o Banco Central, nessa fase do piloto serão testadas funcionalidades de privacidade e programabilidade através da implementação de um caso de uso específico – um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação.

“Esse caso de uso permite dar foco nos testes na privacidade, uma vez que promove a troca de informação entre os vários participantes da plataforma, e testa ainda a programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade”, detalhou o BC.

Real Digital: Veja a lista completa de selecionados

Veja abaixo a lista completa de selecionados, conforme a ordem de inscrição:

  • Bradesco;
  • Nubank;
  • Banco Inter, Microsoft e 7Comm;
  • Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;
  • Itaú Unibanco;
  • Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin;
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;
  • XP, Visa;
  • Banco BV;
  • Banco BTG;
  • Banco ABC, Hamsa, LoopiPay;
  • Banco B3, B3 e B3 Digitas;
  • ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;
  • Banco do Brasil.

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O que é o Real Digital?

O Real Digital é uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC, do inglês Central Bank Digital Currency). A primeira moeda virtual oficial do Brasil deve ser disponibilizada ao público até o final de 2024. Ao contrário das criptomoedas, ela terá o mesmo valor e constitucionalidade do real tradicional.

Segundo o BC, o Real Digital contará com duas moedas, uma de atacado (para bancos e instituições financeiras) e outra de varejo (para pessoas físicas ou jurídicas), podendo ser acessado por meio de uma carteira digital de responsabilidade de bancos e outros tipos de instituições financeiras autorizadas pela entidade. 

“A ideia do projeto é que o Real Digital seja utilizável em qualquer país do mundo, sem necessidade de conversão, e possa inibir crimes como a lavagem de dinheiro”, explica Rogério Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e de sistema de pagamentos do BC.

Consórcio da ABBC é aprovado pelo BC e participará dos testes do Real Digital

O consórcio proposto pela ABBC – Associação Brasileira de Bancos foi aprovado para participar dos testes que o Banco Central vai desenvolver sobre o Real Digital, projeto que visa estruturar a versão tokenizada da moeda soberana brasileira. O grupo será liderado pelo Banco Ribeirão Preto (Banco BRP) e contará com a participação do Banco Brasileiro de Crédito, Conglomerado Original, Banco ABC Brasil (ABCB4), Banco BS2 e PagBank, juntamente com ABBC, BBChain, Microsoft (MSFT34) e BIP.

“Elaboramos o consórcio para que instituições financeiras associadas, de diferentes portes e perfis, tenham acesso a novas tecnologias e possam testar modelos de negócio neste âmbito”, explica a presidente da ABBC, Sílvia Scorsato. O Diretor de Inovação e Serviços da Associação, Euricion Murari, complementa que “essa diversidade de instituições financeiras (IFs) associadas por parte da ABBC pode contribuir para facilitar o lançamento do Real Digital em IFs de menor porte”.

A ideia é que o consórcio utilize os recursos para realização de testes de transações relativas à emissão, resgate e transferências dos ativos financeiros em Moeda Digital de Banco Central (CBDC) e tokens. Dentro desse pacote, pretende-se realizar transações do Real Digital (atacado) entre contas de reserva bancária, transação do depósito tokenizado do Real Digital entre clientes simulados, compra e venda de Título Público Federal na rede DLT do Real Digital, emissão e “queima” de Moeda Digital Tokenizada e habilitação de transações na modalidade DvP.

“Também pretendemos simular a tokenização de um título de crédito de emissão privada com garantias em TPFs tokenizados, simulando a integração com o Sistema de Liquidação de Custódia (Selic) e a liquidação em CBDC e/ou Real Tokenizado”, conta Murari.

Com a participação no piloto do real digital, a ABBC mais uma vez apoia a agenda de inovação do BC. A Associação conta com uma cadeira no Conselho Deliberativo na Estrutura de Governança do Open Finance, contribui para o aprimoramento do Sistema de Pagamentos Instantâneos e preza pela disseminação do conhecimento regulatório por meio de cursos, comissões e workshops.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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