Radar: Americanas (AMER3) acha rombo bilionário em balanço, banco rebaixa Rede D’Or (RDOR3) e ações da Lojas Renner (LREN3) ganham força

Na terça-feira (10), o Itaú BBA cortou o preço-alvo das ações da Rede D’Or (RDOR3) de R$ 41 para R$ 32 e rebaixou a recomendação para “neutro”.

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Com abordagem mais “cautelosa” no setor de saúde, além de Rede D’Or, os analistas do BBA rebaixaram a recomendação da Dasa (DASA3) para “neutro” e diminuíram o preço-alvo de R$ 52 para R$ 15.

O preço-alvo de Kora Saúde (KRSA3) caiu R$ 5 para R$ 2 e a recomendação caiu de “compra” para “neutro”. Para as ações da Qualicorp (QUAL3) o preço-alvo foi de R$ 12 para R$ 7, com manutenção de recomendação “neutra”.

No lado positivo da análise das empresas do setor de saúde, o Itaú BBA elevou a recomendação para Fleury (FLRY3) e Odontoprev (ODPV3) de “neutro” para “compra”. O preço-alvo das ações da Fleury foi mantido em R$ 19, enquanto o da Odontoprev subiu de R$ 10,50 para R$ 11.

Para Hapvida (HAPV3) e OncoClínicas (ONCO3) a manutenção de “compra” foi mantida e o preço-alvo das duas empresas caiu, respectivamente, de R$ 8,50 para R$ 7 e de R$ 13 para R$ 12.

O preço-alvo das ações do Mater Dei (MATD3) foi de R$ 14 para R$ 11, com recomendação de “compra” mantida.

Os analistas do Itaú BBA lembra que as operadoras de saúde buscam retornar à lucratividade, pressionando a cadeia de serviços.

O posicionamento dos estrategistas considera a probabilidade de que os custos de capital de empresas de saúde como a Rede D’or permaneçam altos por mais tempo do que o esperado. Supõem ainda que os acionistas devam ficar precavidos com ativos de múltiplos elevados.

Rede D’Or: SulAmérica tem novos CEOs após fusão

Na quarta-feira (4), a SulAmérica, cuja fusão com a Rede D’Or (RDOR3) foi recentemente aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), anunciou que terá dois novos presidentes.

Os novos CEOs da Sulamérica serão Raquel Giglio, no segmento de seguros e odontologia, e Marcelo Mello, em área de vida, previdência e investimentos. O antigo CEO, Ricardo Bottas, continuará com membro de um conselho consultivo formado pela SulAmérica.

Giglio ocupava o cargo de vice-presidente na Rede D’Or e trabalhou no mesmo cargo na SulAmérica entre 2011 e 2022, com vasta experiência no setor. Mello é funcionário da SulAmérica desde 1997, em 2005 assumiu a presidência da SulAmérica Investimentos e as operações de vida e previdênca em 2015.

Ambos os CEOs terão de responder diretamente à Rede D’Or, cujo presidente do conselho de administração é Jorge Moll Filho, e o presidente, Paulo Moll.

O executivo Heráclito Brito, que chegou a comandar a Rede D’Or e a Qualicorp, também integrará o board na controladora da SulAmérica

Cotação

As ações da Rede D’Or subiram 1,11% nesta quarta-feira (11), cotadas a R$ 27,40.

Além da Rede D’Or, confira outros destaques desta quarta-feira:

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Americanas (AMER3) encontra rombo de R$ 20 bilhões em balanço; Rial deixa presidência

  • Durou pouco. Nesta quarta-feira (11), a Americanas (AMER3) anunciou que o diretor-presidente, Sergio Rial, e o diretor de Relações com Investidores, André Covre, empossados no dia 2 de janeiro, decidiram não permanecer na companhia. O movimento ocorre após a companhia detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões, segundo comunicado enviado à CVM que abalou o mercado hoje.
  • No documento, o balanço da Americanas apontou incongruências em operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem, incluindo 2022. No entanto, as movimentações não se encontram refletidas na conta fornecedores, conforme as demonstrações financeiras.
  • A inconsistência de R$ 20 bilhões é da data-base de 30/9/2022. O montante apontado é maior que o valor de mercado da própria Americanas na bolsa (R$ 10 bilhões).
  • “As estimativas estão sujeitas a confirmações e ajustes decorrentes da conclusão de trabalhos de apuração e dos trabalhos a serem realizados pelos auditores independentes, após o que será possível determinar adequadamente todos os impactos que tais inconsistências terão nas demonstrações financeiras da companhia”, diz o fato relevante da Americanas.
  • “Neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia”, diz ainda o fato relevante divulgado.
  • Diante disso, o diretor-presidente, Sergio Rial, e o diretor de Relações com Investidores, André Covre, anunciaram suas saídas. Interinamente, o conselho de administração da Americanas anunciou João Guerra, que ocupava a posição de diretor de RH, para assumir ambas as posições que ficaram vagas.
  • Procurada pelo Suno Notícias, a Americanas afirmou que “não acrescentará informações ao que já foi dito no comunicado ao mercado”.
  • Guerra também atua nas áreas de tecnologia da Americanas e não tem envolvimento anterior na gestão contábil ou financeira, destaca o fato relevante divulgado há pouco.
  • Rial atuará ainda como assessor, apoiando os acionistas de referência da companhia no processo de apuração do ocorrido.
  • Comitê independente será instaurado para apurar o rombo
  • Após serem observadas as inconsistências contábeis na Americanas, a companhia anunciou a criação de um comitê independente para apurar as circunstâncias que ocasionaram os fatos.
  • “[O grupo] terá os poderes necessários para a condução de seus trabalhos”, diz o comunicado.
  • “Os acionistas de referência da Americanas, que têm 31, 13% das ações da companhia e estão presentes no quadro acionário há mais de 40 anos, informaram ao Conselho de Administração que pretendem continuar suportando a companhia, tendo o Sr. Sergio Rial como seu assessor nesse processo, prestando apoio na condução dos trabalhos”, diz ainda o documento.
  • Esses acionistas de referência são Carlos Alberto da Veiga Sucupira, Cláudio Moniz Barreto Garcia, Eduardo Saggioro Garcia e Paulo Alberto Lemann, sócios da 3G.
  • Sergio Rial ficou pouco mais de 10 dias no comando
  • Ex-CEO do Santander Brasil (SANB11), Sergio Rial assumiu o comando da Americanas em 2 de janeiro de 2023. 
  • Em dezembro, quando ainda aguardava a posse, Rial falou sobre a visão negativa que o mercado financeiro tem da Americanas atualmente. Em resposta a um seguidor, disse que “a melhor resposta a eles é desempenho e resultado, e nisso focaremos”.
  • Já em um comunicado divulgado na noite de hoje, Rial falou sobre a decisão de deixar o comando da Americanas “por causa do ajuste que obriga priorizarmos duas frentes claras”, que são:
  • gestão do negócio do dia
  • busca de soluções que visem a readequação da estrutura patrimonial da empresa.
  • “A posição de caixa da empresa é sólida, com mais de R$ 8 bi, e seguiremos pagando nossos fornecedores no prazo estimulado e todas as nossas obrigações”, diz Rial. “É verdade que o impacto [da inconsistência contábil] pode ser grande, mas continuamos focando na construção de grandes trimestres em 2023.; Em varejo, é um dia de cada vez.”
  • Confira abaixo o comunicado do ex-CEO da Americanas na íntegra:
  • Ações da Americanas lideravam altas na última semana
  • Nos últimos fechamentos do Ibovespa, os papéis da Americanas tiveram altas constantes. Embora no acumulado dos últimos 12 meses tenha ocorrido uma desvalorização de 58,39%, no mês atual, desde que Rial assumiu a empresa, a alta foi de 32,89%. Nesta quarta-feira, a AMER3 subiu 0,76%, com papéis cotados a R$ 12.
  • Com informações do Estadão Conteúdo

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BB Seguridade (BBSE3), Cielo (CIEL3) e B3 (B3SA3) fisgam analistas e viram favoritos do setor; saiba por quê

  • As ações da BB Seguridade (BBSE3), Cielo (CIEL3) e B3 (B3SA3) conquistaram o coração dos analistas de instituições não-bancárias do Bank of America (BofA). Nesta quarta (11), os especialistas argumentaram que esses papéis são os seus favoritos em meio às incertezas do cenário macroeconômico e das taxas elevadas de juros.
  • Em uma análise panorâmica do setor das instituições não-financeiras, o BofA reforçou que as empresas são negociadas perto das mínimas históricas. E, para o banco, a situação só mudará quando o cenário das taxas de juros no Brasil ficar mais claro.
  • No setor das seguradoras, a BB Seguridade é a preferida dos analistas do BofA devido à estrutura resiliente de ganhos e ao bom momento da companhia.
  • “Preferimos a BBSE3 em vez da Caixa Seguradora (CXSE3) dada a sua exposição ao setor rural e a títulos de taxas flutuantes”, destacaram os analistas do BofA Mario Pierry e Antonio Ruette. Os papéis da Caixa Seguradora e da Porto (PSSA3) contam com recomendação neutra.
  • Na disputa entre as maquininhas de cartão, o Bank of America aposta na Cielo, que está com o preço das ações descontadas e tem potencial de crescimento de ganhos na visão dos estrategistas. A BDR do PagSeguro (PAGS34) também tem recomendação de compra, enquanto os ativos da Stone (STOC31) são vistos como neutros.
  • “Essa indústria [das maquininhas de cartão] tornou-se mais racional em 2022, priorizando a lucratividade sobre os ganhos de participação de mercado. No entanto, continuamos cautelosos com o setor”, ressaltou a dupla.
  • Quando o assunto são as gestoras, no embate entre a B3 e a XP (XPBR31), a empresa responsável pela Bolsa brasileira leva a recomendação de compra. O time do BofA argumentou que a avaliação de desconto da B3 em comparação com os pares internacionais “permanece acima da média histórica”.
  • “Na XP, um ambiente de altas taxas deve limitar o crescimento dos lucros e pode levar a revisões para baixo das estimativas de lucros, enquanto o excesso de ações de Itaú (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) deve continuar limitando o desempenho das ações”, disseram.
  • Impactos na Bolsa
  • Nesta quarta (11), as ações da BB Seguridade caiam 0,12%, ao preço de R$ 34,16. Os papéis da Cielo eram negociados com ganhos de 0,79%, por R$ 5,08, e os ativos da B3 registravam crescimento de 3,19%, ao preço de R$ 13,27.

Facebook (M1TA34), Amazon (AMZO34): as demissões em massa nas empresas de tecnologia

  • A indústria de tecnologia liderou as demissões de funcionários em 2022, com mais de 97 mil cortes no setor. O número representa uma avanço de 649% em relação ao registrado em 2021, de 13 mil baixas. As informações são do relatório divulgado na quinta-feira (5) pela empresa de recrutamento Challenger, Gray & Christmas.
  • Em 2022, as empresas anunciaram planos de cortar 363.824 empregos nos Estados Unidos – um aumento de 13% em relação aos 321.970 cortes projetados no ano anterior. O cenário contempla o segundo menor já registrado desde que a Challenger iniciou suas pesquisas, em 1993, com 2021 sendo o mais baixo.Big techs refletem cenário desafiador com demissões em massa
  • Tendo em vista o panorama macroeconômico desafiador, com alta do processo inflacionário e, consequentemente, aperto monetário por parte dos bancos centrais ao redor do mundo, nem as maiores empresas conseguiram fugir.
  • As big techs, como são chamadas as gigantes de tecnologia, aderiram às demissões de funcionários em 2022 como forma de lidar com a crise.
  • Na última semana, o presidente-executivo da Amazon (AMZO34), Andy Jassy, anunciou que a onda de demissões deve atingir mais de 18 mil funcionários. A demissão em massa, que representa um corte de 6% do corpo de pessoal da big tech, é a maior da história da empresa dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.
  • Segundo o Wall Street Journal, as demissões na Amazon também ficam acima do esperado por analistas de mercado e pelos rumores que circularam na imprensa nos últimos meses. Em meados de novembro do ano passado, o jornal New York Times reportou que os planos da companhia eram de cortar 10 mil empregos.
  • Jassy informou que o plano de demissões têm como objetivo “priorizar o que é mais importante para os clientes e a saúde a longo prazo dos nossos negócios”. A Amazon é atualmente a segunda maior empregadora dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do Walmart (WALM34), que emprega 2,3 milhões de pessoas, contra 1,5 milhão da varejista.
  • Da mesma forma, a Meta (M1TA34), dona do Facebook, anunciou no início de novembro a demissão de 13% de seus funcionários – cerca de 11 mil pessoas. A big tech decidiu cortar gastos discricionários e estender o congelamento de contratações ao longo de todo o primeiro trimestre de 2023, em esforços de tornar a empresa “mais eficiente”, segundo o CEO Mark Zuckerberg.
  • Segundo o executivo, a receita bem abaixo do esperado no terceiro trimestre do ano foi um dos pretextos para a decisão. No período, o lucro líquido da big tech caiu abaixo da metade em comparação com o mesmo trimestre de 2021, enquanto a receita teve redução de 4%.
  • Mercado de trabalho brasileiro também apresenta dificuldades
  • Algumas das maiores empresas no Brasil também optam por demissões para conter gastos, diante do avanço da inflação e dos juros em alta por tempo indeterminado.
  • A 99, de transporte por aplicativo, demitiu ao menos 77 pessoas de diversas áreas, segundo informações do jornal A Folha de São Paulo. 
  • A empresa não confirmou o número exato, mas disse que o movimento faz parte de um processo de reestruturação para ampliar o foco em serviços financeiros e de entregas.
  • Em 2022, empresas do setor de tecnologia, como QuintoAndar, Ebanx e Loft também cortaram números consideráveis de funcionários.

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Lojas Renner (LREN3): na contramão do varejo, ações ganham força após banco prever forte valorização no ano

  • Enquanto as ações do varejo amargam resultados negativos no pregão desta quarta (11), os papéis da Lojas Renner (LREN3) andam na contramão e registram as principais altas do setor. Na terça (10), o Goldman Sachs reforçou a recomendação positiva do papel e apontou um potencial de valorização de 64,8% nos próximos doze meses, em relação ao preço do dia anterior ao fechamento do relatório.
  • De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da varejista de roupa e acessórios caíram 14,35%.
  • Porém, os analistas do Goldman Sachs enxergam esse momento como um ponto de entrada atrativo para os investidores. “Reconhecemos que as revisões consecutivas para baixo dos lucros prejudicaram a confiança do investidor, mas esperamos que as revisões dos lucros se estabilizem a partir daqui”, destacaram os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.
  • Segundo os especialistas, as últimas quedas nas ações das Lojas Renner foram causadas por um ajuste das expectativas dos investidores para as vendas de curto prazo e os números dos serviços financeiros da companhia, tendo em vista o cenário macroeconômico de desaceleração.
  • “Continuamos a ver espaço para mais ganhos de participação devido ao avanço das Lojas Renner em cidades menores e crescimento online à frente de seus pares, especialmente em um momento em que concorrentes menores apresentam um balanço mais frágil”, destacaram os especialistas ao reafirmarem a recomendação de compra.
  • Crise no varejo?
  • Enquanto as ações das Lojas Renner cresciam, papéis de concorrentes varejistas como Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3) recuavam. Para os analistas ouvidos pelo Suno Notícias, o principal motivo dessa queda foram os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta manhã.
  • De acordo com as informações apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de outubro para novembro de 2022, as vendas do comércio varejista recuaram 0,6%. Foi a primeira vez que o setor ficou no campo negativo desde julho do ano passado.
  • Os papéis das Lojas Renner fecharam em alta de 4%, ao preço de R$ 20,82, segundo o mapeamento do Status Invest. Para os próximos doze meses, o Goldman Sachs trabalha com o preço-alvo desses ativos em R$ 33.

Da Rede D’Or a B3, essas foram as notícias que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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