Radar: Weg (WEGE3) paga proventos milionários, Tesla (TSLA34) sofre restrições na China, QuintoAndar chega ao México

Jorge C. Carrasco

21/06/2022 21:36

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Tesla tem desconto de 70% em impostos e pode construir fábrica no Texas

Com suspeita de espionagem, a China decidiu tomar uma medida que proíbe veículos da Tesla (TSLA34) de entrar no distrito de Beidaihe, em Qinhuangdao, província de Hebei, norte do país. Durante a temporada de verão, o local costuma hospedar reuniões da liderança do Partido Comunista e fica a 300 km a leste de Pequim, em uma região costeira.

Segundo a apuração da Agência Reuters, essa restrição deve começar a partir do dia 1º de julho. Uma autoridade de trânsito local, não identificada, teria relatado a medida à Tesla na China.

O motivo seriam “questões nacionais”, e um anúncio oficial deve sair em breve, visando aumentar a segurança das reuniões de portas fechadas do Partido Comunista da China.

Em ocasiões anteriores os carros da Tesla já sofreram com regras mais duras. Ainda no começo de junho, os carros da Tesla foram impedidos de entrar na região central de Chengdu, sudoeste da China, porque o presidente Xi Jinping visitou a cidade.

As restrições não foram anunciadas de modo oficial, mas vídeos publicados nas redes sociais mostram carros da Tesla sendo desviados de algumas áreas pela polícia.

Além disso, automóveis da montadora de Elon Musk também foram proibidos de entrar em complexos militares da China.

O temor de espionagem vem em razão das câmeras dos veículos e dos sensores de direção autônoma, e são parte de um conjunto de medidas que visa segurança nacional semelhante às que os Estados Unidos vêm tomando nos últimos anos – especialmente após as disputas pelo 5G.

Além disso, informações pessoais poderiam estar em risco. É o caso da lista de contatos dos motoristas, que pode ser sincronizada entre o celular e o veículo.

Nesse caso, o aspecto comercial é relevante para a montadora, já que a Tesla possui uma grande fábrica em Xanghai.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

Ebanx demite cerca de 340 funcionários em novo avanço da crise das startups de tecnologia

Os colaboradores da Ebanx tiveram um difícil início de semana. Nesta terça-feira (21), o unicórnio brasileiro de pagamentos internacionais anunciou a demissão de cerca de 340 funcionários do seu quadro de 1,7 mil pessoas.
A reestruturação da companhia segue a onda de demissões ocorridas nas últimas semanas em diversas empresas ligadas ao setor das tecnologias, que buscam reduzir custos em meio à crise econômica.
“A decisão foi tomada com base no cenário atual do mercado de tecnologia como um todo, impactado de forma profunda e veloz pelo ambiente macroeconômico. O Ebanx mantém o compromisso com sua sustentabilidade e crescimento, seguindo na missão de gerar acesso entre consumidores e empresas globais”, disse a Ebanx em nota.
Segundo a agência de notícias Reuters, a demissão foi feita via videochamada, desligando posteriormente todos os acessos correspondentes aos sistemas da companhia, como o email corporativo ou a plataforma de mensagens Slack.
Ao longo do primeiro semestre de 2022, diversas startups brasileiras decidiram demitir massivamente uma ampla fatia do seu quadro de funcionários. Além da Ebanx, companhias como a Empiricus, Mercado Bitcoin, Quinto Andar, Vtex, Bitso e Facily acabaram dispensando dezenas de colaboradores, inclusive fechando setores inteiros dentro das respectivas empresas em alguns casos.
Cerca do 20% do quadro da Ebanx agora encontra-se em busca de novas oportunidades, e nas redes amigos e colegas compartilham planilhas com dados dos ex-funcionários da startup para ajudá-los a se realocar no mercado.
De acordo com a empresa, foram descontinuados diversos projetos — sem detalhes de quais foram esses — principalmente os que encontravam-se fora do escopo matriz da startup: pagamentos internacionais.
A Ebanx afirma que todas as pessoas afetadas pela decisão desta terça-feira terão acesso a um pacote de benefícios que inclui a extensão do plano de saúde e o computador de trabalho, por exemplo.
Classificada como startup unicórnio brasileira desde outubro de 2019, a empresa fundada há uma década colabora com diversas empresas estrangeiras proporcionando soluções de pagamentos em moeda local.
Em junho do ano anterior, a Ebanx arrecadou U$ 430 milhões em uma rodada da Advent International. E em dezembro desse mesmo ano a empresa adquiriu a plataforma de transferências monetárias Remessa Online por R$ 1,2 bilhão.

QuintoAndar anuncia expansão para o México e lança marca internacional

A plataforma brasileira de moradia QuintoAndar anunciou hoje (21) que vai começar operação na Cidade do México, a primeira fora do país. Sob o nome Benvi, a nova marca internacional da proptech, a empresa disse que oferecerá serviços de aluguel como já faz no Brasil no mercado mexicano.
“A partir de hoje, os mexicanos poderão encontrar seu lugar no mundo por meio da experiência digital rápida, simples e sem burocracia de Benvi, que ajudou mais de 500.000 pessoas a viverem melhor no Brasil”, diz nota do QuintoAndar.
Em dezembro de 2021, o QuintoAndar adquiriu as operações imobiliárias do Grupo Navent, com empresas em seis países da América Latina, incluindo a Inmuebles24, no México – a líder em classificados do segmento. “O conhecimento da Inmuebles24 sobre o mercado local foi fundamental para que Benvi pudesse se aprofundar no cenário imobiliário mexicano, e será essencial à medida que nos apresentarmos no país. As soluções de Benvi para proprietários e inquilinos irão ajudá-los a superar questões de moradia relevantes e nos colocar em uma posição única no mercado, como a melhor opção para aluguel na Cidade do México”, explica Nicolás Tejerina, vice-presidente de Marketplaces Latam do QuintoAndar e principal executivo da operação mexicana.
O app de Benvi está disponível em todas as lojas de aplicativos, segundo a QuintoAndar. “Os proprietários já podem anunciar seus imóveis para aluguel e acessar os benefícios exclusivos do processo, como fotos profissionais gratuitas, análise de crédito simplificada, suporte jurídico sem custo, experiência digital de ponta a ponta segura e sem empecilhos para negociação. Os interessados em alugar uma casa nova na Cidade do México, já podem navegar pelas lista de imóveis disponíveis e agendar visitas diretamente no site.”
Atualmente, o QuintoAndar opera em mais de 75 cidades no Brasil, com mais de 175 mil contratos ativos de aluguel e R$ 90 bilhões em ativos sob administração. A expansão para o México foi anunciada em 2021, próximo ao anúncio sobre a extensão da série E de investimentos da empresa que elevou seu valuation para US$ 5,1 bilhões, “consolidando o QuintoAndar como a maior plataforma de moradia da América Latina e uma das maiores startups do Brasil”.
“O Benvi chega ao México com sua plataforma de aluguel com a mesma proposta de valor já prestigiada no Brasil, desde a busca personalizada até a gestão do aluguel e contratos, incluindo as melhores garantias do mercado para proprietários, com pagamento garantido independentemente do atraso ou inadimplência do inquilino, além de proteção contra danos até MXN＄ 200.000”, diz comunicado do aplicativo. “Para o inquilino, os benefícios incluem ausência da figura do fiador e contrato assinado sem necessidade de depósito ou aval. A escolha pelo país é motivada pelo tamanho e similaridade entre os os dois mercados, como burocracia, garantias financeiras complexas, pouca agilidade e flexibilidade nas negociações, cadeia fragmentada e gestão assimétrica e informal de propriedades.”
Gabriel Braga, cofundador e CEO do QuintoAndar, disse em entrevista à Forbes: “O México é o segundo país mais relevante da América Latina em termos de tamanho e população. Por lá, o mercado imobiliário sofre dores muito similares às que nós estamos ajudando a solucionar aqui no Brasil. Encontrar um imóvel no México é trabalhoso, as informações são muito fragmentadas, você tem que fazer várias visitas improdutivas para encontrar o que procura, o processo não é simples” diz.
Segundo pesquisa realizada pela empresa, apenas 17% dos 35 milhões de imóveis residenciais no México, no final do ano passado, estavam sendo ocupados para aluguel.
Na visão do presidente, a proposta da empresa, que toma conta de contratos imobiliários de R$ 90 bilhões, pode ser de imenso valor em novos mercados. “Facilidades como ter fotos profissionais, fazer todo o processo de forma digital e poder contar com as garantias de locação e proteção contra danos de até 200 mil pesos mexicanos (R$ 52 mil) podem levar o mercado mexicano para outro patamar”, afirma Braga.
“Nesse primeiro momento estamos indo com o espírito de abertura, para aprender e entender como as coisas realmente funcionam por lá. Nossa plataforma nos permite operar com outras línguas, moedas e outras peculiaridades. Além disso, temos um time no México dedicado a entender como funcionam os processos e fazer a operação dar certo”, diz o CEO em entrevista com a Forbes.
”Como marca internacional, precisávamos de um nome curto e simples que pudesse ser falado e entendido em diferentes idiomas, que provocasse associações e significados positivos para nossa marca e que pudesse representar nosso posicionamento em diferentes partes do mundo”, explica o CMO do QuintoAndar, João Chueiri, sobre a Benvi. E acrescenta: “O desenvolvimento da marca Benvi está alinhado ao rebranding, feito em janeiro de 2022, que consolidou o nosso posicionamento como uma empresa que abre portas para o morar melhor com todo o cuidado e atenção que a moradia merece. Da mesma forma, a nova identidade visual foi criada para funcionar para ambas as marcas”, finaliza, citando a Benvi.
O QuintoAndar foi avaliado, em agosto de 2021, pelo valor de R$ 26,4 bilhões em sua última rodada de investimentos.

Mercado Pago reinventa “Xou da Xuxa”, estrelando Sasha Meneghel

O Mercado Pago, empresa de serviços financeiros da plataforma de e-commerce Mercado Livre (MELI34), divulgou nesta terça-feira (21) sua nova versão do programa de televisão “Xou da Xuxa”. A estrela, desta vez, é Sasha, filha de Xuxa Meneghel.
A ação publicitária faz parte da campanha para a nova conta bancária gratuita do Mercado Pago, cujo foco são os adolescentes de 13 a 17 anos.
Chamada de “Conta só para grandinhos”, a ação incentiva os responsáveis dos adolescentes a criarem uma conta no Mercado Pago, com a intenção de levar discussão sobre finanças para os mais jovens.
Em entrevista ao Estadão, Iuri Maia, líder de marca do Mercado Pago, afirma que a empresa quer falar sobre educação financeira com eles [os jovens], “é a forma que nós estamos construindo a nossa marca”, disse.
A campanha traz quadros clássicos do antigo programa da mãe de Sasha, Xuxa Meneghel, com uma versão atualizada, ainda que “retrô”, com elementos tecnológicos.
Em vídeo, Sasha narra os benefícios da conta da empresa, acompanhada por “paquitas”, as antigas assistentes de palco do programa.
“Esse foi um trabalho super divertido – e diferente – para mim. Eu me orgulho muito da trajetória da minha mãe. Fico feliz quando tenho a oportunidade de demonstrar isso”, disse Sasha, em entrevista ao Estadão.

Weg (WEGE3) pagará R$ 181,6 milhões em JCP; veja valor por ação

A Weg (WEGE3) comunicou nesta terça-feira (21) que vai pagar R$ 181,6 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
De acordo com fato relevante, o valor dos proventos por ação será de R$ 0,04, que serão pagos em 17 de agosto.
Apenas os investidores com ações da Weg no dia 24 de junho terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 27 de junho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,03 por ação.

JCP da Weg

Valor total: R$ 181.661.262,12
Valor por ação: R$ 0,043294118
Data de corte: 24 de junho
Data do pagamento: 17 de agosto
Rendimento (dividend yield): 1,86%

Weg (WEGE3) é aposta segura e à prova de crise, diz BTG; ações sobem

Revisando sua tese, o BTG Pactual (BPAC11) recomenda compra para as ações da Weg (WEGE3). O preço-alvo da casa é de R$ 40, ante cerca de R$ 22 na cotação atual.
Para os analistas da casa, comprar as ações da Weg é fazer ‘uma aposta segura em tempos incertos’, dado o contexto de risco de recessão econômica.
“A crescente aversão ao risco em ações globais está forçando os investidores a buscar nomes defensivos em todo o mundo, inevitavelmente nos levando a revisar nosso modelo WEGE3, discutir recentes tendências e reconsiderar nossa aposta no nome, em meio à recente liquidação do mercado. Apesar de não sabermos por quanto tempo o bear market irá durar, os níveis de avaliação atuais e um modelo de negócios à prova de crises suportam nosso upgrade para recomendação de compra”, afirmam os analistas.
Vale lembrar que o BTG Pactual cobre a Weg há anos e nunca a deu recomendação de compra para a companhia.
São três as considerações sugeridas pelo BTG Pactual ao analisar a Weg:

Um ciclo perene de ramp-up, verticalização industrial e aumento da competitividade
Produtos com grande flexibilidade, pois os motores elétricos são aplicados em muitos processos industriais, e o sistema industrial minimiza os requisitos de capital
Fabricação e customização que dá exposição a várias tendências duradouras do setor, como energia eficiência e mobilidade elétrica, reforçando seu apelo ESG
“Visitamos a sede da Weg em Jaraguá do Sul (SC) esta semana para conferir nossos pensamentos sobre a resiliência do negócio. O feedback foi positivo, confirmando que a Weg está alavancando seu processo produtivo verticalmente integrado para ganhar participação de outros produtores que dependem muito de fornecedores terceirizados”, afirmam os analistas do BTG.
Os analistas destacam que a companhia está começando suas operações em outras regiões promissoras (por exemplo, Índia e Turquia) e deve apoiar continuidade do crescimento no mercado externo, além de proporcionar uma melhor utilização da planta (taxa de execução superiores aos volumes pré-pandemia).
“A principal razão para nossa antiga classificação Neutra foi o prêmio de risco exagerado da Weg ante pares globais. Depois de cair 28% no acumulado do ano, esse prêmio diminuiu para um histórico de 5 anos baixo, oferecendo um bom ponto de entrada”, dizem os analistas.
“Quando pensamos em uma empresa para comprar e manter, independente do preço, costumamos pensar na Weg – uma visão geralmente ofuscada por um rica valorização”, concluem.
No pregão de hoje, a cotação das ações da Weg subiu 4,98%, cotada a R$ 25,30. No ano, o papel acumula baixa de 20,99%.

Ações de Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) caem 4%; entenda o que aconteceu

Os ativos das empresas do setor de educação estão sofrendo nesta terça-feira (21). Cogna (COGN3) lidera as perdas do dia no Ibovespa hoje, fechando em queda de 4,76%, cotada a R$ 2,20. A Yduqs (YDUQ3) perdeu 3,45%, a R$ 13,17.
As ações de diversas companhias do setor estão sendo pressionadas para baixo com a reação de um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Associação Nacional das Universidade Particulares (Anup) para cancelar os pedidos de abertura de cursos de medicina fora da lei do programa Mais Médicos.
“Fora a maior sensibilidade com a perspectiva de juros altos, o que afeta de forma global o mercado acionário, os papéis de educação são penalizados pela incerteza jurídica sobre o setor devido aos recentes processos impetrados no STF sobre a autorização e funcionamento de cursos de medicina”, disse Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA.
Na última sexta-feira (17), o Conselho de Reitores das Universidade Brasileiras (CRUB) também protocolou ação de inconstitucionalidade no STF a respeito de autorizações e o funcionamento de cursos de medicina.
O crescimento de Cogna e YDUQS, entre outras empresas do setor, está atrelado aos cursos de medicina.

Allied (ALLD3) lança plataforma de vendas de eletrônicos usados

A Allied (ALLD3) anunciou nesta terça-feira (21) o lançamento de uma plataforma de vendas de produtos eletrônicos usados chamada Trocafy. Segundo a empresa, o objetivo inicial é a negociação de smartphones das marcas Apple (AAPL34), Samsung e Motorola, de acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia poderá envolver a entrada de novos produtos no médio prazo.
“Esse lançamento é aderente aos fundamentos de crescimento e de iniciativas de ASG (Ambiental, Social e Governança) da companhia e está alinhado ao seu direcionamento estratégico de buscar a liderança no mercado de recondicionados, aproveitando sua presença no segmento de eletrônicos e a oferta de aparelhos recebidos por meio do Programa iPhone pra Sempre, em parceria com a Apple e o Itaú (ITUB4)”, afirma a Allied em nota.
Conforme a companhia, a Trocafy terá os benefícios oferecidos aos consumidores de uma garantia de 3 meses, devolução fácil em até 10 dias e um controle de qualidade realizado por profissionais qualificados pela Allied.
De acordo com a pesquisa do International Data Corporation (IDC), levantamento feito em novembro de 2021, o mercado de smartphones usados movimentou R$ 2,8 bilhões naquele ano. A expectativa é de atingir R$ 5 bilhões até 2024, informa a Allied em seu comunicado.

Multiplan (MULT3) vai pagar R$ 145 milhões em JCP; confira valor por ação

A Multiplan (MULT3) informou nesta terça-feira (21), via fato relevante, que vai pagar R$ 145 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,24, que serão pagos até 30 de junho de 2023.
Apenas os investidores com ações da Multiplan no dia 24 de junho poderão receber os rendimentos. A partir do dia 27 de junho as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,21 por ação.