Radar: Hapvida (HAPV3) avança 18% no Ibovespa, Vale (VALE3) faz acordo com “CVM dos EUA” e B3 (B3SA3) atualiza JCP

Hapvida (HAPV3) informou que celebrou o instrumento vinculante para operação de sale and leaseback (SLB) de dez imóveis de propriedade de suas controladas, no valor de R$ 1,25 bilhão, com um veículo de investimento da Família Pinheiro (LPAR), controladora da companhia.

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Com essa notícia, as ações da Hapvida fecharam em alta de 18,47%, a R$ 2,63, liderando as altas do Ibovespa hoje.

A conclusão do SLB deverá ocorrer até 28 de abril. Segundo a Hapvida, a transação está em linha com a estratégia da companhia, de ser mais “asset light”.

A totalidade dos imóveis vem de entidades que foram adquiridas pela companhia desde a sua abertura de capital (IPO), explicou a empresa em fato relevante, divulgado há pouco.

A LPAR venceu seis propostas apresentadas, todas apreciadas pelo Comitê de Finanças, Mercado de Capitais e M&A, pelo Comitê de Auditoria, Riscos, Controles Internos e Compliance e aprovado pelo Conselho de Administração da Hapvida.

A companhia informou ainda que engajou os bancos BofA, UBS BB, BTG Pactual e Itaú BBA, bem como suas respectivas afiliadas no exterior e seus assessores legais, a fim de analisar a viabilidade e estruturar uma potencial oferta pública subsequente de ações ordinárias de emissão da companhia, integralmente primária, a ser realizada no limite de seu capital autorizado, correspondente a 395.207.520 ações.

No âmbito do potencial follow-on, a Família Pinheiro, na qualidade de acionista controladora da HapVida, se comprometeu a exercer seu direito de prioridade, subscrevendo ações a serem emitidas no valor de R$ 360 milhões.

“O SLB e o potencial Follow-on, com a expressiva participação da Família Pinheiro, demonstram o comprometimento da Companhia e a convicção dos controladores e atuais administradores da Hapvida na resiliência do seu modelo de negócios. Essa postura da administração evidencia, também, sua visão conservadora em relação à liquidez e endividamento da Companhia. Essas duas captações estão inseridas no contexto, já informado pela Companhia no dia 8 de março de 2023, com o objetivo de otimizar e fortalecer a sua estrutura de capital“, diz o fato relevante da empresa.

A realização do potencial follow-on está condicionada, dentre outros fatores, a condições favoráveis de mercado e aprovações pelos órgãos societários e, portanto, nesta data, não está sendo realizada qualquer oferta pública de distribuição de ações ou de quaisquer outros valores mobiliários de emissão da companhia em qualquer jurisdição.

Além do Hapvida, confira outros destaques desta terça-feira:

Vale (VALE3) anuncia acordo com a “CVM dos Estados Unidos” por tragédia em Brumadinho

  • Vale (VALE3) anunciou na noite desta terça (28) a celebração do acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. A Securities and Exchange Commission (SEC) havia movido uma ação contra a mineradora em abril do ano passado por causa de “documentos falsos e enganosos” da companhia sobre a segurança de sua barragem antes da tragédia em Brumadinho (MG).
  • Com o acordo entre a Vale e a SEC, a ação será extinta “sem admitir ou negar as demandas” que haviam sido levantadas. Além disso, a mineradora aceitou o pagamento de uma multa milionária, enquanto a ação movida pela entidade será ratificada pelo Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova York. 
  • “Pelo acordo, sem admitir ou negar as demandas agora extintas, a Vale fará pagamentos no valor total de US$ 55,9 milhões à SEC”, disse a mineradora em comunicado. 
  • Além disso, conforme o acordo, a SEC não se oporá à moção da Vale a fim de rejeitar as alegações de que a companhia agiu com intenção fraudulenta ou imprudente em relação às suas divulgações sobre a tragédia de Brumadinho. 

B3 (B3SA3) atualiza JCP milionário; confira novo valor por ação

  • Prestes a fazer o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 347 milhões, a B3 (B3SA3) atualizou o valor dos proventos por ação nesta terça-feira (28). Em fato relevante, a bolsa brasileira atualizou o valor bruto de R$ 0,05994865 para R$ 0,06016694.
  • Com a dedução de 15% do Imposto de Renda (IR), o valor líquido dos proventos da B3, que era de R$ 0,05095635 por ação, passa para R$ 0,05114190 — sendo excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
  • Vale lembrar que apenas os investidores da B3SA3 na base acionária de hoje (28) terão direito de receber os rendimentos. A partir de amanhã (29), as ações serão negociadas sem direito ao JCP.

JCP da B3 (B3SA3)

  • Valor total do JCP: R$ 347.000.000,00
  • Valor bruto por ação: R$ 0,06016694
  • Valor líquido por ação: R$ 0,05114190
  • Data de corte: 28 de março
  • Data do pagamento: 10 de abril

Mills (MILS3) vai pagar R$ 18,4 milhões em JCP; confira o valor por ação

  • De acordo com o fato relevante, haverá a dedução de 15% do Imposto de Renda (IR) ao valor dos proventos da MILS3, sendo excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
  • Além disso, apenas os investidores da Mills na base acionária até a próxima sexta (31) terão direito de receber os rendimentos. A partir de segunda (3), os papéis da MILS3 serão negociadas sem direito ao JCP.
  • Segundo o fato relevante, o pagamento do JCP da Mills ocorrerá no dia 27 de abril. Confira os detalhes abaixo:

JCP da Mills (MILS3)

  • Valor total do JCP: R$ 18.475.616,52
  • Valor bruto por ação: R$ 0,076723744
  • Data de corte: 31 de março
  • Data do pagamento: 27 de abril
  • Rendimento (dividend yield): 2,69%

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Ação da BRF (BRFS3) sobe quase 4% no Ibovespa hoje; entenda por quê

  • As ações da BRF (BRFS3) dispararam nesta terça-feira (28), atingindo a máxima de 5,27% no intradia. No fechamento do Ibovespa, os papéis da dona da Sadia e da Perdigão avançaram 3,95%, cotados a R$ 6,31. Com uma alavancagem alta, a BRF brilhou no pregão de hoje após a notícia de que a Nestlé teria feito uma oferta bilionária pelo seu negócio de pet food.
  • De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg News, a empresa suíça ofereceu cerca de R$ 1,7 bilhão (US$ 330 milhões). O valor ainda está abaixo da avaliação de cerca de R$ 2 bilhões que a exportadora busca para o ativo. Apesar disso, as ações da BRF subiram no Ibovespa com a possibilidade da venda.
  • Segundo as informações dos jornalistas Tatiana Freitas e Vinicius Andrade, que assinam a matéria, como o valor ainda está abaixo do que a exportadora pretendia levantar, a BRF deverá fazer a venda por meio de um processo competitivo com o auxílio do Santander Brasil (SANB11).
  • Ao todo, mais de dez empresas estariam interessadas na compra do negócio de pet food da BRF. Uma fonte anônima ouvida pela agência afirma que pelo menos oito estariam prontas para assinar acordos de confidencialidade.
  • Vale lembrar que a venda do ativo é parte da estratégia de reduzir a alavancagem da BRF, que busca arrecadar R$ 4 bilhões com a venda de ativos considerados “não essenciais” para a companhia.

Com dívidas que somam R$ 244,5 milhões, varejista Amaro pede recuperação extrajudicial

  • A varejista de moda Amaro pediu à Justiça de São Paulo a homologação de seu pedido de Recuperação Extrajudicial, processo em que a empresa faz acordo com seus credores. A companhia soma dívidas de R$ 244,5 milhões, sendo R$ 151,8 milhões em dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões com fornecedores.
  • plano da Amaro envolve pagamentos somente de credores quirografários, os que não possuem um direito real de garantia, e adesão de 41,63% deles.
  • Dentre os motivos para que o pedido da Amaro seja concedido rapidamente, a companhia cita ações que sofre na Justiça, “que colocam em risco as atividades empresariais, em virtude da iminência de atos de constrição de patrimônio, falência e/ou despejo das lojas”.
  • A companhia pede que essas ações sejam suspensas por 180 dias com a homologação do plano.

Ambev (ABEV3) sobe 4,7% após pedido de recuperação judicial de concorrente

  • As ações da Ambev (ABEV3) dispararam nesta terça-feira (28), com os papéis da fabricante de cerveja avançando 4,74% no fechamento do Ibovespa, cotados a R$ 14,69. Isso porque o Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro.
  • Segundo a defesa da empresa, uma das principais concorrentes da Ambev, as dívidas somam R$ 4,2 bilhões. Desse montante, 52% dos débitos são com fornecedores e terceiros, enquanto os 42% restantes correspondem a passivos financeiros.
  • Nesta terça (28), a Justiça concedeu ao grupo responsável pela Itaipava uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.
  • rival da Ambev afirma que a tutela era urgente a fim de evitar um “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.

Petrobras (PETR4) recebe novas indicações de minoritários para os Conselhos de Administração e Fiscal

  • Para o Conselho de Administração da Petrobras, foram indicados José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino da Silva.
  • Já para o CF, os nomes são: Michele da Silva Gonsales Torres, Aloisio Macário Ferreira de Souza, João Vicente Silva Machado e Rochana Grossi Freire
  • “Essas indicações serão submetidas aos procedimentos de governança interna da companhia, observada a Política de Indicação de Membros da Alta Administração, para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e posterior manifestação do Comitê de Pessoas”, destacou a Petrobras em comunicado ao mercado divulgado na segunda-feira.

Da Hapvida à B3, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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