Radar: GPA (PCAR3) sobe (muito) na Bolsa com notícia de bilionário, ações de Magazine Luiza (MGLU3) sofrem e Vamos (VAMO3) anuncia JCP milionário

As ações da Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), dona do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), disparam nesta terça-feira (4) no Ibovespa, com a notícia de que o bilionário colombiano Jaime Gilinsky, que lançou na semana passada uma oferta pelo Éxito, está no Brasil para tentar convencer investidores do GPA a se alinharem com ele, de acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

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No fechamento, as ações ordinárias do GPA subiram 9,94%, cotadas a R$ 20,35, liderando os ganhos do Ibovespa. A alta de hoje das ações do Pão de Açúcar se deve uma possibilidade de efetivação do negócio.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o mercado avalia que a proposta de Gilinsky foi extremamente baixa, próxima da metade do valor justo do Éxito.

O magnata da Colômbia propôs a compra de 96,52% das ações do Éxito, pelo valor de US$ 836 milhões, o equivalente a cerca de R$ 4,06 bilhões. A proposta feita ao GPA se referia a uma oferta não solicitada e não havia sido negociada previamente com a administração, cujo objetivo era a aquisição de 100% da participação do grupo no Éxito, que faz parte do guarda-chuva do grupo.

A decisão de recusar o acordo foi tomada pelo conselho de administração do GPA, em reunião realizada na última quinta-feira (29). O conselho se reuniu e analisou a oferta juntamente com seus assessores financeiros e legais, decidindo por unanimidade pela recusa.

Além de GPA, confira outros destaques desta terça-feira:

Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3): ações derrapam em dia sofrido no Ibovespa nesta terça; veja motivos

  • As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) derraparam no Ibovespa nesta terça-feira (4), com o mercado ainda penalizando as empresas do setor após a divulgação da ata da Copom, na qual o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa de juros em 13,75%.
  • No fechamento, os papéis da Via recuaram 0,46%, cotados a R$ 2,17, enquanto os ativos do Magazine Luiza também caíram 2,04%, a R$ 3,37.
  • Segundo Heitor De Nicola, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero, as duas varejistas vêm de duas semanas consecutivas de queda, com a redução na expectativa trazida pela Ata do Comitê de Política Monetária (Copom). 
  • O último documento do Banco Central (BC) justificou a manutenção da taxa no patamar atual “até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. Além disso, mostrou divergências sobre os próximos passos da política monetária do Brasil, destacando que já há consenso para “um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.
  • “A ata jogou um certo ‘banho de água fria’ nessas varejistas, porque deixou bem claro que o processo de desinflação é doloroso. O BC entende como algo que se exige paciência, uma vez que eles não devem fazer reduções contundentes nos juros sem antes analisar os dados de inflação, principalmente para ver como a economia vai responder a esse eventual ciclo de baixa nos juros”, disse Nicola.
  • Na segunda-feira (3), a atual presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, ligou diretamente para integrantes do “Conselhão” de Lula em busca de apoio para um abaixo-assinado para pressionar o BC, segundo apuração do colunista Lauro Jardim, do O Globo.
  • Trajano tem feito cobranças contínuas a Campos Neto sobre uma sinalização de corte na taxa de juros, mantida na última reunião do Copom em junho a 13,75% ao ano. “Eu estou lutando para abaixar os juros. Espero [que venha na próxima reunião] pelo menos um sinal. Se não vier, vai ser muito triste. O pequeno e o médio estão sofrendo muito”, comentou com jornalistas após participar de um seminário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em maio.
  • “Isso ajuda a gente a perceber como o Magazine Luiza está sofrendo desde que a gente está neste ciclo de juros altos”, completou Nicola.

Empresa da Bolsa brasileira anuncia JCP milionário; Confira qual

  • Vamos (VAMO3) comunicou o pagamento de proventos no valor de R$ 17,6 milhões, na forma de juros sobre capital próprio (JCP) conforme anunciado pela empresa da Bolsa brasileira nesta terça-feira (4).
  • Os proventos da companhia vão ser distribuídos aos investidores com posição acionária ao final da sessão de 5 de maio de 2023.
  • Os proventos da Vamos representam R$ 0,017298436 por ação, considerando o número de ações em que se divide o capital social da empresa em 28 de abril de 2023. Nesse cálculo são excluídos os papéis em tesouraria.
  • A data do pagamento dos Juros Sobre o Capital Próprio da Vamos vai ocorrer no dia 5 de julho de 2023, ou seja, amanhã.
  • Os investidores cujo cadastro não contenham o CPF ou CNPJ, ou não tenham indicação de banco/agência e conta corrente, terão os seus valores creditados logo após a devida regularização do seu cadastro em uma agência do Bradesco.
  • No caso dos acionistas com ações da Vamos custodiadas na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), eles deverão confirmar ou alterar seus dados bancários e cadastrais por meio do seu agente de custódia.

JCP da Vamos

  • Valor total: R$ 17.600.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,017298436
  • Data de corte: 5 de maio de 2023
  • Data do pagamento: 5 de julho de 2023
  • O último provento pago pela Vamos foi no dia 4 de abril, no valor de R$ 0,26144227 por ação, o primeiro deste ano. Assim, o JCP que será pago amanhã (5) seria o segundo provento da empresa em 2023.

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Usiminas (USIM5) elege novo CEO; ações sobem

  • As ações da Usiminas (USIM5) fecharam em alta nesta terça-feira (4), com o mercado reagindo à notícia divulgada primeiro pelo jornal Valor Econômico de que o ex-diretor industrial da siderúrgica mineira e atual presidente da Ternium Brasil, Marcelo Chara, será o novo presidente da companhia, após decisão do conselho de administração. A empresa confirmou a escolha.
  • No fechamento, as ações da Usiminas avançaram 0,97%, cotadas a R$ 7,32.
  • Marcelo Chara assumirá a presidência da Usiminas o lugar de Alberto Ono, indicado ao cargo pela Nippon Steel há cerca de dois anos, e que agora será alocado ao colegiado da companhia.
  • Em fato relevante divulgado na segunda-feira (3), a Usiminas comunicou que a Ternium concluiu a aquisição de 68.667.964 ações de emissão do Grupo NSC (Nippon Steel Corporation, Mitsubishi Corporation e Metal One Corporation), as quais representam 14,20% do total de ações e 9,74% do total de ações ordinárias de emissão da companhia, pelo preço de R$ 10, equivalente a R$ 687 milhões.
  • Com o fechamento da operação, o Grupo Ternium passa a deter uma participação relativa de aproximadamente 61,3% das ações da companhia, enquanto o Grupo NSC e o fundo de pensão dos empregados da Usiminas (PU) passam a deter cerca de 31,7% e 7,1% das ações, respectivamente.
  • Já em relação ao total de ações ordinárias de emissão da Usiminas, o Grupo NSC passa a deter cerca de 22,8% e a Ternium passa a deter cerca de 49,5%.
  • Além disso, o Grupo Ternium, o Grupo NSC e a PU celebraram um novo acordo de acionistas da companhia, “o qual reflete a nova estrutura de governança acordada entre seus membros”, disse a Usiminas.

Banco do Brasil (BBAS3): XP ‘aumenta aposta’ em dividendos

  • Em novo relatório sobre sua carteira de dividendos, a XP elevou a posição em ações do Banco do Brasil (BBAS3) de 10% para 15%, tornando-a a segunda empresa com uma fatia deste patamar na carteira – ante 5% ou 10% para as demais recomendações.
  • Atualmente a casa mantém recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61, ao passo que os papéis são negociados pouco acima de R$ 50.
  • Sobre os dividendos do Banco do Brasil, a XP destaca o patamar do dividend yeidl (DY) de cerca de 10% dos papéis.
  • Vale destacar que, simultaneamente ao aumento da recomendação de BBAS3 na carteira de dividendos, os especialistas cortaram o peso da posição em Itaú (ITUB4) de 15% para 10%.
  • “Embora mantenhamos a visão positiva de ambos os nomes, em grande parte devido ao momento operacional positivo, vemos as ações do BBAS3 negociando com múltiplos excessivamente descontados dados os níveis atuais de ROEs entregues por ambos. Por fim, esperamos um dividend yield maior para o BB nos próximos anos”, diz a casa.

Veja a carteira de dividendos da XP:

  • Banco do Brasil (BBAS3): 15%
  • Engie (EGIE3): 15%
  • Copel (CPLE6): 10%
  • Gerdau (GGBR4): 10%
  • Itaú (ITUB4): 10%
  • Klabin (KLBN11): 10%
  • Petrobras (PETR4): 10%
  • Tim (TIMS3): 10%
  • Isa CTEEP (TRPL4): 5%
  • Auren (AURE3): 5%

EXCLUSIVA: Braskem (BRKM5) deve dar ‘sinal verde’ para oferta da Unipar (UNIP6) em breve

  • Braskem (BRKM5), que tem sido mais assediada por compradores nos últimos meses, pode dar sinal positivo para fechar negócio com a Unipar (UNIP6) nos próximos dias, segundo fontes a par do assunto consultadas pelo Suno Notícias.
  • oferta da Unipar pela Braskem foi feita no dia 10 de junho, de 34% da companhia a um preço de R$ 36,50 por ação, totalizando R$ 10 bilhões.
  • Petrobras (PETR4), a Novonor – antiga Oderbrecht – e seus credores ainda mantêm contato com executivos da Unipar, dando sinalizações construtivas sobre o caráter da oferta pela Braskem.
  • O ‘ponto-chave’ para o aperto de mãos da oferta, segundo as fontes sob condição de anonimato, ‘é uma convergência entre o que os bancos credores topam e a Petrobras também’.
  • O fechamento da compra da Braskem– cujas ofertas já se arrastam há mais de dois anos – devem balizar, então, discussões sobre como ficaria a disposição societária e a influência na gestão da empresa.
  • Diferentemente da oferta da Apollo e da Empresa de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC), feita em conjunto, a Unipar entrou sozinha no páreo por uma fatia societária da Braskem.
  • Apesar disso, e em meio a discussões, alguns fundos de investimento haviam manifestado interesse em entrar na oferta em conjunto com a Unipar, mas esse arranjo acabou não se concretizando, ao menos até então.
  • Vale destacar que o passivo financeiro da Braskem não deve ser uma dor de cabeça nesse caso, dado que a dívida da petroquímica tem um caráter que a mantém ‘isolada’ dentro estrutura da empresa, sem garantia de acionistas ou afetando os ofertantes.
  • Quando rumores surgiram sobre uma eventual – e improvável – oferta da Petrobras por 100% da Braskem, o volume do passivo financeiro foi citado por analistas como um ponto negativo e que poderia afetar a gestão da estatal e sua saúde financeira.

Do GPA à Vamos, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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