Radar: GPA (PCAR3) recusa proposta de bilionário, B3 (B3SA3) dispara após previsão de alta das ações e banco eleva preço-alvo de JBS (JBSS3)

A Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), dona do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), recusou a proposta do bilionário colombiano Jaime Gilinski para a compra de 96,52% das ações do Éxito, pelo valor de US$ 836 milhões, equivalente a cerca de R$ 4,06 bilhões.

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A proposta feita ao GPA se referia a uma oferta não solicitada e não havia sido negociada previamente com a administração, cujo objetivo era a aquisição de 100% da participação do grupo no Éxito, que faz parte do guarda-chuva do grupo.

A decisão de recusar a oferta do bilionário Jaime Gilinski foi tomada pelo conselho de administração do GPA, em reunião realizada hoje (29).

O conselho se reuniu e analisou a oferta juntamente com seus assessores financeiros e legais, decidindo por unanimidade pela recusa.

Além de GPA, confira outros destaques desta quinta-feira:

B3 (B3SA3) dispara quase 5% após previsão de alta das ações feita por banco. Veja o que anima os analistas

  • BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para as ações da B3 (B3SA3), após conversas com o diretor financeiro da companhia, Andre Milanez, e o analista de relações com investidores, Yusuke Kira. Os executivos deram atualizações sobre a empresa em relação à concorrência, fusões e aquisições, diversificação de negócios, expectativas para mercados de capitais e tendências operacionais, dentre outras. O relatório animou investidores: as ações sumiram quase 5% e ficaram na lista das maiores alta no Ibovespa.
  • Segundo o BTG, a B3 está monitorando a concorrência na negociação e pós-negociação, mas que o foco está na ampliação dos fluxos de receita.
  • Para o banco, o mercado de capitais está melhorando e a queda da Selic em breve deve continuar apoiando o crescimento de receita da B3, que está otimista quanto às suas perspectivas de crescimento.
  • No relatório, o BTG destacou os grandes avanços estruturais observados pela B3 no mercado de capitais local, incluindo gama maior de produtos de investimento, maior acesso por parte das empresas, além de um ambiente macroeconômico favorável.
  • Ainda assim, o banco enxerga um potencial para mais desenvolvimento e, com mercados mais maduros, a recuperação do volume desencadeada pelo início da flexibilização monetária deve superar a recuperação anterior. O BTG avalia o preço justo das ações em R$ 17.

O pior já passou para a JBS (JBSS3), diz Bradesco, que projeta alta de 83% nas ações

  • Em novo parecer, o Bradesco BBI elevou sua recomendação para as ações da JBS (JBSS3), passando agora a recomendar compra para os papéis.
  • Segundo a casa, o ‘pior já passou’, e o preço alvo para as ações da JBS é de R$ 30, representando uma alta de cerca de 83% ante o preço de fechamento da véspera.
  • Em seu relatório, os analistas destacam como pontos positivos para tese:
  • Chuvas causadas pelo El Niño em junho, melhorando a oferta de pastagens/grãos e reduzindo custos
  • Oferta de carne nos EUA deve cair em 2024, após anos de expansão que causou um excesso de oferta no mercado
  • Mudanças na gestão ajudando a reduzir a diferença de desempenho/margem em relação aos pares
  • A estimativa da casa é de que o Ebitda do frigorífico fique acima do consenso do mercado, e as margens subam para 7,5% no ano que vem e para 8,2% no subsequente.
  • “Sabemos que os negócios da JBS são cíclicos, mas o mercado ainda não enxerga a provável recuperação de margem que se materializará até 2025”, diz a casa.
  • Além disso, os analistas destacaram que a janela de compra atual não foi vista nos últimos dez anos.
  • Falando sobre múltiplos, os especialistas destacaram que as ações JBSS3 estão sendo negociadas a 4,9x o valor de firma sobre Ebitda para a projeção de 2024, abaixo da média histórica de 5,5x.

BrasilAgro (AGRO3): empresa do agronegócio bate o martelo e vende pedaço de Fazenda por R$ 121,9 milhões

  • BrasilAgro (AGRO3) vendeu uma área com milhares de hectares na Fazenda Jatobá, pelo valor equivalente a R$ 121,9 milhões, que corresponde a 298 sacas de soja por hectare útil, ou seja, R$ 38.069/ha útil.
  • área vendida pela BrasilAgro tem 4.408 hectares, ou 3.202 hectares úteis. Ela faz parte da Fazenda Jatobá, propriedade rural localizada no município de Jaborandi/BA.
  • O comprador já efetuou o pagamento inicial de 20% do valor total. O tempo médio de recebimento da venda (duration) é de 2,79 anos.
  • Contabilmente, o valor da área da Fazenda nos livros da empresa é de R$ 15,1 milhões, considerando o preço de compra somado aos investimentos líquidos de depreciação. A Taxa Interna de Retorno (TIR) esperada na transação é de 16,0% ao ano.
  • A Fazenda Jatobá foi comprada pela Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas no ano de 2007. O investimento no negócio foi de R$ 70,4 milhões, considerando o valor da aquisição e dos recursos usados no desenvolvimento da propriedade até o momento.
  • A fazenda tinha uma área total de 31.606 hectares, sendo que 22.738 hectares já foram vendidos pela BrasilAgro, por um montante total de R$ 497,9 milhões. Assim, restam 8.868 hectares no portfólio depois de todas as vendas.
  • Em comunicado divulgado ao mercado hoje (29), a empresa se mostrou otimista com o uso de sua estratégia atual.
  • “Continuamos confiantes em nossa estratégia e na nossa capacidade de entregar resultados e encontrar soluções inovadoras e eficientes para continuar crescendo de forma consistente, agregando valor para nossos acionistas”, conclui.

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Copel (CPLE11) pode subir 25%? Banco gringo lista motivos para comprar as ações; veja quais

  • O Bank of America (BofA) passou a recomendar a compra das ações da Copel (CPLE6), com preço-alvo de R$ 51 para as Units, ou seja, as ações negociadas sob o ticker CPLE11. O relatório do BofA foi anunciado ao mercado nesta quinta-feira (29).
  • Considerando o preço-alvo de R$ 51, e a sua cotação atual de R$ 40,73 ao final da sessão de hoje na Bolsa de Valores brasileira, o potencial de alta da Copel seria de 25,2%.
  • Levando em conta o fechamento anterior, esse potencial de valorização das ações da Copel seria de 31,3%, visto que os papéis da Copel subiram 4,89% hoje (29).
  • Entre os fatores destacados pelo banco dos EUA em meio à recomendação de compra das Units da Copel estão:
  • Valuation atrativo;
  • Melhora no cenário diante dos últimos balanços trimestrais divulgados;
  • Possibilidade de privatização.
  • O banco considera o valuation atrativo com taxa interna de retorno real equivalente a 11,5%. Além disso, esse valution estaria descontado na comparação com seus concorrentes do setor.
  • Diante da perspectiva de privatização, existiria um potencial de valorização na cotação das ações da Copel. Do mesmo modo, observando seus pares, o BofA destaca a atrativa relação risco-retorno dos papéis.

Ações da Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e varejistas fecham em alta nesta quinta no Ibovespa; saiba por quê

  • As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) figuraram no campo positivo do Ibovespa nesta quinta-feira (29) no Ibovespa, com os investidores repercutindo uma nova queda do IGP-M em junho e na espera da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que trará suas novas metas de inflação.
  • No fechamento os papéis da Via avançaram 3,24%, cotados a R$ 2,23, enquanto os ativos do Magazine Luiza também subiram 2,99%, a R$ 3,45. As ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) avançaram 2,20%, a R$ 21,39, assim como as da Petz (PETZ3), que avançavam 6,28%, cotadas a R$ 6,60.
  • “Basicamente, essas empresas sobem hoje com a expectativa de manutenção da meta de inflação pelo CMN, além do dado de inflação do IGP-M, o que melhoram os juros, fazendo eles caírem e a Bolsa subir”, aponta Cristiane Fensterseifer, analista de investimentos do site Investe10.
  • O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também “apelidado” de inflação do aluguel, registrou queda de 1,93% em junho, segundo informações passadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) nesta quinta-feira (29).
  • Assim, o IGP-M acumula o 3º mês seguido de deflação, ou seja, de queda do índice. Foram registradas baixas de 1,84% em maio e de 0,95% em abril. No ano de 2023, o índice caiu 4,46% até agora.
  • Em meio a essas novas baixas do IGP-M, o índice alcançou o menor valor da série histórica no acumulado de 1 ano, após recuar 6,86% em 12 meses. Considerando o acumulado de 12 meses, o IGP-M vem registrando deflação desde o mês de abril, algo que não ocorria desde 2018.
  • Nesta quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne para definir qual será a meta de inflação para 2026, além da confirmação dos alvos para 2024 e 2025, e se essa meta a ser perseguida será via regime de ano-calendário (janeiro a dezembro) ou contínuo.
  • Segundo Gustavo Cruz, analista da RB Investimentos, o CMN não deve mexer nas metas de inflação, como indicado pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em entrevista.
  • “Com isso, volta aquela busca por ativos de maior risco, que trabalham com a curva de juros menor. Se você não tem o CMN cedendo a alguma pressão do presidente Lula para que se suba a meta de inflação, você tem uma credibilidade maior, dá uma sensação de maior segurança para o Banco Central, e com isso, o mercado incorpora bem as perspectivas de juros futuros”, apontou.

Shein vai abrir capital nos EUA, diz agência. Quando deve ser o IPO da varejista chinesa?

  • A Shein, varejista chinesa de moda avaliada em mais de US$ 60 bilhões e que está sob investigação de legisladores dos Estados Unidos por causa de suas práticas trabalhistas, registrou-se para uma oferta pública inicial em Nova York, segundo fontes disseram à agência Reuters.
  • Segundo a publicação, a estreia da Shein no mercado de ações pode tornar a empresa chinesa a mais valiosa a abrir capital nos Estados Unidos desde a listagem da Didi Global, em 2021, avaliada em US$ 68 bilhões – a companhia, inclusive, foi deslistada um ano depois, em meio às pressões de Pequim por causa das regras antitruste e de segurança de dados aos gigantes da tecnologia no país.
  • Ainda de acordo com as fontes da Reuters, a varejista chinesa submeteu confidencialmente seu registro de abertura de capital à Securities and Exchange Comission (SEC) dos Estados Unidos, e pode estrear no mercado de ações antes do final deste ano.
  • Em resposta à Reuters, a empresa negou os rumores. A SEC também não quis comentar sobre o assunto.
  • Segundo a agência de noticias, o IPO da Shein é contestado por um grupo bipartidário de representantes dos Estados Unidos, que pediram à SEC para verificar se a empresa não usa trabalho forçado antes de permitir que ela prossiga com uma listagem em Nova York.

Oi (OIBR3) deve individualizar detentores de títulos de dívida externa, recomendam gestores judiciais; entenda

  • Oi (OIBR3) recebeu a recomendação de seus administradores judiciais para a publicação de um edital específico autorizando a individualização dos detentores de títulos de dívida externa (bondholders) da companhia.
  • Os dois gestores judiciais da Oi são o escritório Wald Advogados e K2 Consultoria Econômica. Na segunda-feira (26), em uma manifestação protocolada, eles aconselharam a elaboração de um edital para que os bondholders da empresa fossem individualizados.
  • O documento afirma que, no cenário de uma futura assembleia geral de credores (AGC), “seja garantido o direito de participação individualizada dos bondholders”. E acrescenta: “Recomenda-se a publicação de edital específico para essa finalidade, contendo a relação dos documentos necessários à comprovação da titularidade e do valor dos créditos, na linha do que a prática judiciária vem realizando em processos de recuperação judicial.”

Do GPA à Oi, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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