Radar: Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) negociam fusão, Itaúsa (ITSA4) pagará bonificações de ações e Vale (VALE3) entra em carteira de dividendos de banco

A Arezzo (ARZZ3) e o Grupo Soma (SOMA3), dono das marcas Farm, Animale e Hering, voltaram à mesa de negociações no fim da semana passada. A ideia é criar um grupo gigante de moda, com estimativa de ganhos operacionais com a junção em torno de R$ 4,5 bilhões para todas as marcas envolvidas.

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As conversas sobre a fusão entre Arezzo e o Soma começaram em 2021, segundo pessoas familiarizadas com as negociações, mas travaram e voltaram a ganhar força nas últimas semanas por iniciativa da Arezzo. Até o momento, não há bancos de investimentos envolvidos.

Soma confirmou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que há conversas em andamento. Segundo o documento, a possível associação pode ser “mediante a junção de suas operações e bases acionárias, envolvendo as ações das respectivas companhias e a governança compartilhada do negócio combinado”.

Alexandre Birman seria o presidente da companhia combinada, enquanto Roberto Jatahy continuaria à frente do comando das marcas sob atual gestão do Soma. A informação foi inicialmente noticiada pelo Neofeed.

A Arezzo também emitiu comunicado sobre o assunto. “A companhia está em entendimentos com o Grupo Soma em que ambos avaliam uma possível associação que poderá envolver a unificação das bases acionárias em uma única companhia com governança compartilhada.”

As empresas ressaltam que não há qualquer documento vinculante celebrado até o momento e deixam claro que a operação pode não ser confirmada.

Além de Arezzo, confira outros destaques desta quarta-feira:

Itaúsa (ITSA4) anuncia pagamento de bonificações de ações

A holding Itaúsa (ITSA4), que controla o Itaú Unibanco (ITUB4), anunciou nesta quarta-feira, 31, que as frações de ações, resultantes da bonificação, foram agrupadas em números inteiros e vendidas na B3, em leilão realizado no dia 19 de janeiro. Os valores serão disponibilizados aos acionistas no dia 5 de fevereiro.

Ao todo, foram vendidas 372,857 milhões de papéis da Itaúsa, sendo 41,830 milhões de ações ordinárias e 331,027 de preferenciais, ao preço de R$ 9,961660449 e R$ 10,0314610404, respectivamente, segundo a companhia.

Os acionistas da Itaúsa terão direito às frações na proporção de cada espécie, com data-base em 27 de novembro de 2023.

Itaúsa volta a integrar outros índices da bolsa de valores, além do Ibovespa

As ações da Itaúsa passaram a integrar diversos índices da bolsa de valores em 2024, como Carbono Eficiente (“ICO2”) pelo 15º ano, Sustentabilidade Empresarial (“ISE”) pelo 17º ano, Great Place to Work (“IGPTW”) e Diversidade (“IDIVERSA”) pelo 2º ano, e Governança Corporativa (“IGC”) pelo 23º ano”.

Segundo a empresa, a participação da Itaúsa nestes índices “reflete o seu compromisso com a conduta ética nos negócios, a transparência, a conformidade, a responsabilidade social, cultural e ambiental”.

“A companhia seguirá comprometida com o aprimoramento constante de sua jornada ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês), cujo propósito é atuar como agente de mudança para a construção de negócios que criem valor e tenham impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, diz a holding financeira.

Veja como funcionam os índices que a ITSA4 passou a integrar:

  • ICO2 reúne empresas comprometidas com a transparência de suas emissões de gases de efeito estufa e que se preparam para uma economia de baixo carbono
  • ISE: reúne empresas com os melhores desempenhos em dimensões que avaliam a sustentabilidade empresarial
  • IGPTW: reúne empresas que foram certificadas pela Great Place to Work como os melhores ambientes para trabalhar
  • IDIVERSA: reúne empresas com as melhores práticas de diversidade e inclusão, de acordo com metodologia desenvolvida pela B3
  • IGC reúne empresas com as melhores práticas de governança corporativa, de acordo com metodologia desenvolvida pela B3.

Vale (VALE3) entra em carteira de dividendos do BB-BI; veja

Em novo relatório, analistas do BB-BI incluíram a Vale (VALE3) em sua carteira recomendada de dividendos, com projeção de 8,8% de dividend yield (DY) para a companhia.

Além das ações da Vale, o BB-BI também acrescentou Copasa (CSMG3)CSN (CSNA3), CTEEP (TRPL4).

Contudo, saíram Allos (ALOS3), Bradespar (BRAP4)Itaú Unibanco (ITUB4) e Porto Seguro (PSSA3).

“Em nossa metodologia, a periodicidade de alterações na carteira é trimestral, nos fechamentos dos meses de novembro, fevereiro, maio e agosto com apuração e divulgação mensal de performance bem como a perspectiva de proventos anualizada”, justifica a casa.

A rentabilidade da carteira de dividendos da casa é de 154% desde janeiro de 2020, ao passo que o índice de dividendos (IDIV) avançou 129% na mesma janela.

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Vibra (VBBR3): XP recomenda compra: “Hora de brilhar” da empresa

Em relatório sobre o setor de combustíveis, analistas da XP iniciaram a cobertura das ações da Vibra (VBBR3), já sinalizando otimismo com a empresa.

A recomendação para as ações da Vibra é de compra, com preço-alvo de R$ 32,70 – ao passo que os papéis VBBR3 são negociados a cerca de R$ 24 atualmente.

“Após retornos estelares em 2023 – especialmente para a Ultrapar (UGPA3) -, acreditamos que chegou a hora de a Vibra brilhar, embora existam alguns riscos no horizonte. Vemos a Vibra como uma ação barata e a melhor para se posicionar em relação aos potenciais ventos favoráveis do setor de distribuição de combustíveis”, observa a XP.

A XP destaca que prefere a Vibra à Ultrapar (UGPA3) principalmente por motivos de valuation, além de questões como a exposição da companhia ao negócio de distribuição de combustíveis e infraestrutura com maior capilaridade.

Moody’s rebaixa rating da Gol (GOLL4) com perspectiva negativa

A Moody’s rebaixou seu rating da Gol (GOLL4) de Caa2 para Ca, com perspectiva negativa. A agência de classificação de risco comunicou a decisão nesta quarta-feira (31).

Moody’s diz que, após suas ações de hoje, os ratings da Gol, Gol Equity Finance, Gol Finance e Gol Finance (LuxCO) serão retirados em breve, como consequência do fato de a empresa ter entrado com pedido de recuperação judicial (“chapter 11”) nos Estados Unidos.

A Moody’s diz que o passo da Gol nos EUA é resultado de uma queima de caixa acumulada e da alta alavancagem da empresa, derivada de juros elevados, de aeronaves Boeing MAX em solo e dos efeitos da pandemia, que levaram a um enfraquecimento no perfil de liquidez e a uma estrutura de capital “insustentável”.

agência de classificação de risco ainda afirma que a perspectiva negativa reflete a visão de um período prolongado de recuperação para a Gol, como parte da reorganização e de sua “flexibilidade financeira limitada”, o que poderia levar a perdas maiores que o previsto para os credores segurados e não segurados.

Santander (SANB11) teve “um ano para esquecer”, diz XP após resultado do 4T23

Santander (SANB11) reportou seus resultados trimestrais na manhã desta quarta-feira (31), com resultados que foram vistos como negativos pelo mercado. As ações do banco, com isso, opera em queda de mais de 2% no Ibovespa.

Analistas da XP destacaram que o resultado do Santander mostrou números “negativos e abaixo do esperado”.

“Apesar do NII estar em linha com as expectativas, a rentabilidade do banco foi pressionada por um aumento nas provisões e despesas gerais. O banco destacou que os resultados foram impactados por um caso específico no segmento corporativo e pela necessidade de provisões adicionais para fortalecer a cobertura de outras companhias do segmento corporativo”, diz a casa.

“Como resultado, o banco reportou um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões, 26% abaixo de nossas projeções, resultando em um ROAE gerencial de 12,3%. O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,1% e, apesar do aumento de 10bps T/T, não parece ser um ponto de preocupação”, completa.

Os especialistas ainda ressaltam que o indicador antecedente (15-90) confirma o bom desempenho das carteiras de empréstimo mais recentes, especialmente no segmento de pessoa física (-40 pontos base).

A expectativa já era de uma reação negativa do mercado, refletindo novas preocupações em relação à pressão contínua sobre a rentabilidade após um terceiro trimestre que indicava uma possível recuperação no futuro.

Da Arezzo à Vale, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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