Presidente do Banco do Brasil: seria melhor privatizar o banco

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, declarou que o banco seria mais eficiente se fosse privatizado.

“Se o Banco do Brasil (BBAS3) fosse privatizado, seria mais eficiente e todos ganhariam”, afirmou Rubem Novaes na última quinta-feira (14). O executivo falou durante a divulgação dos resultados do BB, que registrou lucro líquido de R$ 13,5 bilhões em 2018. O banco registrou uma alta de 22,2% em relação a 2017.

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Entretanto, mesmo se falou em privatização, Novaes disse que vender o BB não está nos planos do governo do presidente Jair Bolsonaro. O executivo explicou que só serão vendidos os ativos que não dependem da rede bancária para obtenção de resultados. Entre eles, estão as participações do Banco do Brasil no Banco Votorantim e no Banco Patagônia.

“Espero que um dia se chegue à conclusão de privatizar o banco e que o País um dia esteja preparado para isso”, explicou Novaes.

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Venda de ativos do BB

O Banco do Brasil contratará uma consultoria para avaliar estratégias sobre sua participação no Banco Votorantim. A instituição estatal divide o controle com o grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Novaes explicou que o BB está “aliando alternativas”, sobre sua participação ao Votorantim. Entretanto, o executivo excluiu a hipótese do banco comprar a metade detida pelo sócio.

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Por sua vez, não haveria planos de fechamento de capital da Cielo. O Banco do Brasil tem o controle da empresa de meios de pagamentos junto ao Bradesco. Também não está prevista a venda da BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do banco.

Todavia, Novaes salientou como o Banco do Brasil não venderá ativos a qualquer preço. Além disso, o executivo salientou como o objetivo do BB será realizar a abertura de capital. Em alternativa, poderia identificar parceiros estratégicos para as áreas de gestão de recursos e de banco de investimento.

Lucro anual em aumento

O Banco do Brasil registrou um lucro anual de R$ 13,5 bilhões em 2018. O banco público tinha registrado um lucro líquido ajustado de R$ 3,845 bilhões no quarto trimestre. Um aumento de 20,6% sobre o mesmo período do ano anterior. A previsão do banco para 2019 é de um lucro líquido entre R$ 14,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões.

Carlo Cauti

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