Presidente da Azul critica plano que divide Avianca

O presidente da Azul, John Rodgerson, criticou a proposta para que a Avianca fosse dividida em sete partes. A companhia aérea está em processo de recuperação judicial.

A proposta de divisão da Avianca tem apoio das também aéreas Latam e GOL, que inclusive já anunciaram um acordo para fazer uma oferta. No entanto, cada uma das companhias ficaria com ao menos uma das sete fatias, conhecidas como Unidade Produtiva Isolada, que seriam leiloadas.

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“Eu não sei como você pode ter sete divisões com aeronaves, pessoal. Isso é um plano para fechar a empresa em vez de resgatar uma empresa. É um fundo que está com essa ideia para tentar achar mais dinheiro, mas não vai dar certo na minha opinião”, afirmou o presidente da Azul.

Disputa das aéreas

Com a proposta feita, tanto Gol quanto a Latam devem entrar na disputa por ativos da Avianca junto a Azul, que havia sido a única a mostrar interesse até em então.

Saiba mais: Latam e Gol entram na disputa para adquirir ativos da Avianca

Em março deste ano, a Azul fez uma proposta para comprar parte das operações da Avianca por US$ 105 milhões, algo em torno de R$ 400 milhões.

Em relação ao modelo de divisão dos ativos da aérea, o presidente afirmou que a acredita que a Azul não tem interesse em negociar uma das sete partes.

Avianca é a ponte para a Azul

Atualmente a Avianca é a quarta maior companhia aérea do Brasil. No entanto, a empresa está em recuperação judicial devido aos acúmulos crescentes de prejuízos e atrasos no pagamento de arrendamentos de aeronaves.

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Caso a Azul compre os ativos da Avianca, irá ampliar sua presença em Congonhas, em São Paulo.

De acordo com Rodgerson, a proposta para que a Avianca seja dividida é uma forma da concorrência evitar uma maior participação da Azul no aeroporto paulista. “Nós estamos tentando entrar em Congonhas [operação de ponte aérea] há muitos anos. O que eu diria é que [essa oferta] é o que ele fazem para tentar evitar a Azul em Congonhas”.

Renan Bandeira

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