Petrobras (PETR4) vende campos de petróleo por US$ 35 milhões e compradora dispara 15% na Bolsa em 2 dias

A Petrobras (PETR4) assinou com a Enauta (ENAT3) novos contratos para a cessão de toda sua participação nos campos de Uruguá e Tambaú, que estão em águas profundas no pós-sal e situados na Bacia de Santos. Nessa operação, a Petrobras receberá até US$ 35 milhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Conforme comunicado nesta quinta-feira (21) pela Petrobras, US$ 3 milhões já foram pagos ontem, US$ 7 milhões serão pagos no fechamento da transação e até US$ 25 milhões se referem a pagamentos contingentes, dependendo dos preços futuros do petróleo Brent e de eventos associados ao desenvolvimento dos ativos.

“A decisão de cessão desses campos resulta de um processo de gestão ativa do portfólio da Petrobras, por meio do qual os diversos ativos são constantemente avaliados em linha com os direcionadores estratégicos mais atuais da companhia”, explica a empresa em comunicado.

Após o fechamento dessa operação, as ações da Enauta dispararam na Bolsa de Valores hoje (22). Por volta das 14h30 desta sexta-feira (22), os papéis negociavam em alta de 8,62%, cotados a R$ 17,89.

Apesar disso, a companhia compradora dos ativos da Petrobras já vinha obtendo uma alta relevante desde ontem (21), encerrando o pregão com valorização de 5,92%. Assim, no acúmulo dos dois 2 dias, as ações da Enauta sobem 15,05% até o momento.

Petrobras detalha operação de campos de petróleo

Os campos de Uruguá e Tambaú equivalem a uma fatia menor que 1% da produção operada pela Petrobras na Bacia de Santos.

Segundo a Petrobras, os campos apresentam “baixa aderência estratégica ao portfólio da companhia e com previsão de encerramento do contrato de afretamento em janeiro de 2024 e, consequentemente, descomissionamento da unidade”.

Nesse sentido, a petroleira diz que a transferência dos ativos para outro operador corresponde a uma opção ao seu descomissionamento.

A perspectiva é de que essa movimentação possa trazer “extensão de sua vida produtiva, ao mesmo tempo em que possibilita à Petrobras direcionar seus investimentos no segmento de E&P em ativos mais aderentes à estratégia da companhia, que envolve dentre outros a descarbonização crescente das operações”, conclui o comunicado.

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião