Petrobras (PETR4) confirma proposta de reter dividendos extraordinários em assembleia

O conselho de administração da Petrobras (PETR4) autorizou o encaminhamento da proposta de pagar somente dividendos ordinários aos seus investidores. A pauta deve ser tratada na próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), cuja estimativa é de que aconteça no dia 25 de abril de 2024.

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Conforme anunciado nesta sexta-feira (22), os dividendos da Petrobras confirmados terão o valor de mais de R$ 14,2 bilhões, cujo montante será distribuído somente aos investidores comprados nas ações da petroleira até a data da assembleia. A partir disso, cerca de R$ 72,4 bilhões serão contabilizados em pagamentos de proventos em 2023.

O montante será distribuído em duas parcelas iguais de R$ 7,1 bilhões. O primeiro pagamento de proventos da Petrobras vai ser realizado em 25 de maio de 2024, enquanto a segunda será paga em 20 de junho deste ano.

No total, são mais de R$ 76,06 bilhões referentes à remuneração aos investidores. Desse valor, cerca de R$ 72,418 bilhões são utilizados para o pagamento de dividendos e outros R$ 3,64 milhões são relativos a recompra de ações.

Em ata da reunião do conselho divulgada hoje (22), foi destacado que a pauta sobre distribuir metade dos dividendos extraordinários da Petrobras, que tinha sido proposto pela diretoria, acabou não sendo votada.

Em reunião realizada pelo conselho no dia 7 de março de 2024, somente as pautas de pagar ou reter 100% dos dividendos extraordinários tinham sido consideradas. A pauta referente à retenção da totalidade do valor foi a vencedora na ocasião, cuja proposta foi feita por membros que entraram no conselho por indicação do governo.

Após o anúncio das decisões tomadas pelo conselho, com predominância de retenção dos proventos, as ações da Petrobras registraram fortes perdas na Bolsa de Valores na época, de modo que o valor de mercado da companhia chegou a cair R$ 50 bilhões em um único pregão.

Detalhes da proposta da Petrobras

Na proposta a ser discutida em assembleia, a Petrobras também prevê a possibilidade de usar R$ 633,26 milhões para alocação em uma reserva que, por sua vez, serviria para pagar programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D) da companhia. Esse montante se baseia no lucro líquido registrado no ano passado.

Cabe lembrar que, na etapa final de 2023, os investidores da Petrobras realizaram a aprovação de uma mudança no estatuto social da empresa, visando utilizar 0,5% e 5% do seu capital social para alocação na reserva de pesquisa e desenvolvimento.

Antes dessa alteração, o percentual estabelecido no estatuto da Petrobras para este objetivo era de 0,5%. A alteração em questão teve aprovação e criação de uma reserva estatutária para a distribuição de rendimentos.

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João Vitor Jacintho

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