Presidente da Petrobras (PETR4) responde declarações de Bolsonaro e diz que não há pressão pela greve de caminhoneiros

Em encontro com acionistas nesta sexta-feira (29), o presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna, respondeu de forma indireta as declarações que o presidente Jair Bolsonaro fez em relação à estatal nesta semana. O presidente da companhia disse que a empresa contribui socialmente pagando dividendos e impostos e que não se sente pressionado pela greve de caminhoneiros.

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Ontem Bolsonaro disse que a Petrobras “tem que ser uma empresa que não dê um lucro muito alto como tem dado”. Afirmou ainda que a estatal petrolífera só dá dor de cabeça.  “É uma empresa que hoje em dia está prestando serviços para acionistas”, declarou. “Essa empresa é nossa ou de alguns privilegiados? Sei que tem gente humilde comprando ações, mas não é justo o que está acontecendo”, disse.

Em resposta, Silva e Luna disse que “quanto mais saudável geradora de recursos, mais a empresa consegue devolver riquezas à sociedade em forma de tributos, para municípios, Estados e União”.

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Comentando sobre o resultado líquido de mais de R$ 31 bilhões divulgados no balanço do terceiro semestre de 2021, o presidente da Petrobras disse que “em 2021, os sólidos resultados permitirão que a sociedade brasileira, por meio da União, receba R$ 23,3 bilhões em dividendos, são recursos que ajudam a sustentar políticas públicas para todos os brasileiros e que beneficiam especialmente os mais vulneráveis”.

“Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos com altas taxas de retorno, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado numérico desse trabalho é traduzido em lucro”, completa.

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A estatal tem sido agora pressionada também por uma iminente greve dos caminhoneiros, confirmada para a próxima segunda-feira (1º).

“Apresentamos a agenda, questionamos a política de preços dos combustíveis da Petrobras, pedimos apoio aos deputados nas pautas e reforçamos a greve [dos caminhoneiros] para o dia 1º. O recado foi dado”, relatou o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Diretor diz que Petrobras segue política de preços ‘com firmeza’

O diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, afastou nesta sexta qualquer dúvida em relação à política de preços de combustíveis da estatal, ao ser perguntado por analistas qual a atual situação dessa política e se pode ser modificada. “Seguimos com firmeza a política de preços, com base técnica e independente”, afirmou, durante apresentação do resultado do terceiro trimestre da companhia, quando lucrou R$ 31 bilhões.

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Mastella também afastou qualquer possível falta de combustível no mercado em novembro, apesar de ter recebido pedido de um fornecimento maior que já avisou que não irá atender.

“A gente não viu nenhum evento que identificasse aumento na demanda interna para novembro. Temos dezenas de clientes e cada um com sua visão do mercado. Mas não vemos novembro justificando nenhuma aumento relevante de demanda”, informou o diretor da Petrobras.

(Com Agência Estado)

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Bruno Galvão

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