Petrobras (PETR4): Prates diz que conflito entre Irã e Israel já está precificado no petróleo

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse que os recentes acontecimentos no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel no último fim de semana, não simbolizam “nada relevante até agora em termos de preço”, fazendo referência ao petróleo. Segundo o CEO da estatal, só deve haver algum “se o conflito virar uma coisa maior que uma rusga”.

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O presidente da Petrobras reforçou se tratar apenas de uma análise do ponto de vista de preço, e não no sentido humanitário sobre o conflito em si. A estatal vem acompanhando o caso, mas ainda não identificou nenhum sinal de grande mudança em relação ao preço do petróleo.

“Não aconteceu nada relevante até agora em termos de preço. É só ver o comportamento do preço. Esse conflito no Oriente Médio está de certa forma precificado”, afirmou Jean Paul Prates.

“Se virar uma coisa maior do que uma rusga, aí vai ter impacto no preço”, disse o presidente da Petrobras.

Prates elogiou a política de preços da Petrobras e disse que ela tem sido capaz de manter uma posição segura em relação à variação internacional no preço do petróleo. Ele afirmou que, “mesmo que aconteça um spike aumento rápido no preço, você vai poder ver se é um spike ou novo fator”.

O presidente da Petrobras esteve no Senado nesta terça-feira (16). Passou pelo plenário e reuniu-se com o líder do PT na Casa, Beto Faro (PA). Depois desse compromisso, falou brevemente, mas evitou comentar a política de distribuição de dividendos da estatal. Disse que o conflito entre Irã e Israel não terá nenhuma relação ou impacto sobre a decisão do conselho da Petrobras em relação à divisão ou não dos dividendos.

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Petrobras (PETR4): Justiça derruba decisão e reconduz presidente do conselho ao cargo

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) concedeu, nesta terça-feira (16), efeito suspensivo para a decisão que afastou o presidente do conselho de administração da Petrobras (PETR4), Pietro Adamo Sampaio Mendes.

A decisão foi proferida pelo desembargador federal da 4ª Turma do TRF-3, Marcello Saraiva, e atendeu a um recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU). A medida precisa ser analisada pelo colegiado, que poderá optar por ratificá-la ou derrubá-la.

Pietro Mendes, que também é secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), havia sido afastado do conselho de administração da Petrobras na última quinta-feira (11), por uma liminar expedida pela Justiça Federal de São Paulo, que alegou possível conflito de interesses entre a empresa e o governo.

“Entendo que a vedação relativa à existência de conflito de interesses deve ser interpretada de forma restritiva, ou seja, entre interesses públicos e particulares, e não entre situações oriundas de desdobramentos de funções públicas, como no caso de Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível do Ministério de Minas e Energia, cuja função é de ordem pública, não caracterizando o alegado conflito de interesses e afronta ao Estatuto Social da Companhia”, disse o desembargador.

Ainda de acordo com Saraiva, a Petrobras (PETR4), ainda que se trate de sociedade de economia mista, “contempla viés público, pautando-se pela prevalência do interesse público em relação aos interesses particulares dos acionistas”.

No recurso, a AGU disse que “os interesses em questão são convergentes e não conflitantes”, e que a decisão afronta os interesses da União como acionista controladora da Petrobras e “viola princípios da legalidade, na medida em que todas as restrições legais foram observadas no processo de indicação”.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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