Petrobras (PETR4) não repassará oscilações diretamente ao consumidor, avisa Prates

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, deu mais detalhes sobre a nova estratégia de política de preços da estatal. Em entrevista à GloboNews nesta quarta (17), o líder da petroleira afirmou que os preços praticados vão estar dentro de um intervalo entre dois limitadores: o custo para o cliente e a vantagem econômica para a companhia. Assim, a nova estratégia permitirá que a companhia consiga reter parte da volatilidade do mercado, sem que os valores sejam repassados aos consumidores de forma imediata.

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“Os importadores e as refinarias privadas serão obrigadas a concorrer com um player brasileiro, que possui refinarias no País e sabem utilizar a logística de forma cooperativa, e não de forma competitiva e predatória entre si. A Petrobras tem a melhor estrutura e foi construída com foco em oferecer a melhor alternativa para o cliente final. Essa é a nova política, a melhor alternativa para o cliente”, afirmou Prates em entrevista ao Estúdio I com Andréia Sadi.

Jean Paul Prates reforçou que a companhia continuará a utilizar os preços internacionais como referência, mas haverá maior flexibilidade para a companhia negociar valores que considere mais competitivos para os combustíveis. Ele pontuou que, nas situações em que os preços do mercado internacional se consolidarem mais altos, a estatal vai repassar os valores.

Ele mencionou ainda que a nova estratégia é transparente, a despeito de críticas de setores do mercado que se queixaram de critérios pouco claros adotados pela companhia.

“A diferença com esse novo modelo é que será permitido, em caso de uma oscilação de dois dias, que a Petrobras possa absorver mudanças tanto se os preços forem para cima, quanto para baixo. Para a economia brasileira e o cidadão brasileiro, haverá uma não volatilidade, diferente do que tivemos no ano inaugural da paridade de preços de importação”, disse Prates.

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Qual será a nova estratégia de preços da Petrobras?

O sistema anterior levava em conta os preços do petróleo no mercado internacional, enquanto o novo modelo vai levar em consideração também o mercado interno. Com a mudança na política de preços dos combustíveis, a Petrobras acredita que terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos.

Conforme comunicado divulgado pela empresa , a estratégia usa referências de mercado como:

  • custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
  • custo marginal;

A estatal explica que o custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.

O valor marginal para a Petrobras, por sua vez, é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e dos petróleos utilizados no refino. 

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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