Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM3) fecham acordo para fornecimento de nafta

A Petrobras (PETR4) e a Braskem (BRKM3) anunciaram, nesta quarta-feira (10), a renovação do acordo para fornecimento de nafta. O contrato vigente, que encerraria em dezembro deste ano, será prorrogado por mais cinco anos.

Segundo os fatos relevantes enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Petrobras e pela Braskem, já foram fechados contratos de suprimento para as centrais petroquímicas na Bahia e no Rio Grande do Sul.

Os contratos para fornecimento de nafta — principal matéria-prima da Braskem — para a unidade paulista e de etano e prapano para o complexo de Duque de Caixas, no Rio de Janeiro, ainda estão sendo levantados.

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A Braskem informou que o contrato “têm por objeto o fornecimento de volume mínimo anual de 650 mil toneladas e, por opção da Petrobras, de um volume adicional máximo de até 2,8 milhões de toneladas por ano, com preço de 100% da referência internacional ARA (Amsterdã, Roterdã e Antuérpia)”.

A petroquímica, não obstante, garantiu acesso à infraestrutura logística de nafta no sul do Brasil, com a renovação dos acordos de tancagem com a petroleira estatal e de movimentação e tancagem com a Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Petrobras prevê venda de participação na Braskem

Segundo o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, a Petrobras pretende se desfazer de toda sua participação na Braskem, através de venda das ações, até o início do ano que vem. A declaração foi dada no final do mês passado.

“Acreditamos que seja viável até o final do ano, se não, no início do ano que vem, vender essa participação”, afirmou o executivo, ao participar de uma live da Genial Investimentos.

Isso seria possível caso a Braskem migrasse para a governança de Novo Mercado da B3, convertendo todos os seus papéis em ordinários. Tal assunto já está sendo conversado entre a Petrobras e a Odebrecht, sócia da petroquímica e detentora de 50,1% das ações com direito a vota, segundo reportou a agência de notícias “Reuters”.

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“Não há sentido nenhum em a Petrobras ser sócia da Braskem. Primeiro, a Petrobras não é fundo de investimento. Nós não operamos a Braskem, temos apenas participação acionária”, disse Castello Branco, justificando o desinvestimento.

Jader Lazarini

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