Pão de Açúcar (PCAR3) ganha R$ 1,5 bi em valor de mercado após negócio com Assaí (ASAI3)

Após o acordo com o Assaí (ASAI3), anunciado nesta quinta (14), o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) ganhou um valor de mercado de R$ 1,5 bilhão. A operação agradou o mercado.

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As ações do Pão de Açúcar começaram o dia na Bolsa brasileira com ganhos de mais de 18% chegando à cotação de R$ 33,22.

O negócio prevê a conversão de lojas Extra Hiper operadas pelo GPA em atacarejos, que passarão a ser operados pelo Assaí. O GPA vai receber um valor total estimado de R$ 5,2 bilhões.

Para o Citi, a venda de 71 lojas Extra Hiper para o Assaí e consequente conversão das demais lojas para outros formatos são dois movimentos positivos para o GPA.

Em relatório, os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo destacam que o acordo põe fim a um formato que vinha apresentando baixo desempenho em termos de crescimento de vendas e margens, enquanto acumulava R$ 5,2 bilhões em receitas antes dos impostos (estimativa de R$ 4 bilhões após os impostos) que ajudará a acelerar a desalavancagem e permite investimentos em formatos de crescimento mais rápido e no digital.

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Para o Assaí, a mudança adiciona 71 lojas às atuais 187 unidades. As novas lojas têm cerca de 7 mil a 8 mil metros quadrados de área contra a média de 5,5 mil metros quadrados dos atacarejos do Assaí.

XP:  operação do Pão de Açúcar agrega valor mesmo sob premissas conservadoras

Para a XP, o memorando assinado entre GPA e Assaí pode parecer caro à primeira vista, mas, após algumas análises, a casa concluiu que a operação agrega valor mesmo sob premissas conservadoras.

Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday ressaltam que a operação deve acelerar o plano de expansão do Assaí, adicionando localizações estratégicas, espalhadas por várias capitais brasileiras e grandes cidades, com pouca ou nenhuma sobreposição de lojas com o parque atual do Assai.

“Acreditamos que as lojas maiores devem permitir ao Assaí oferecer uma experiência melhor, com maior sortimento de produtos e ofertas de alguns serviços, como açougue, por exemplo”, destacam.

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Para o CEO do GPA, Jorge Faiçal, a operação representa uma oportunidade única de intensificar o foco e a aceleração da expansão dos negócios de maior rentabilidade da companhia por meio dos segmentos premium e de proximidade, notadamente com as bandeiras Pão de Açúcar, Minuto e Mercado Extra, além de reforçar a posição de liderança do GPA no varejo e e-commerce alimentar no País.

Em teleconferência com investidores nesta sexta-feira, 15, o executivo disse que a venda dos pontos comerciais do Extra Hiper e a descontinuação da bandeira de hipermercados devem levar o grupo a um patamar de maior margem Ebitda (lucro operacional).

“Em 3 anos, mais de 60% da receita virá do Pão de Açúcar, e-commerce e proximidade”, afirmou o executivo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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