Ações da Oi (OIBR3) disparam 3,75%; entenda os motivos

Os papéis da Oi (OIBR3) fecharam em alta de 3,75%, cotados a R$ 0,83, nesta quinta-feira (24), às vésperas do encerramento do processo de recuperação judicial da companhia, previsto para a próxima semana.

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A Oi também vai divulgar seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2021 na próxima terça-feira (29), o que traz um ânimo a mais para o mercado em relação à empresa.

Mais: no dia 31 de março, a companhia dará início ao novo período para eventual apuração de 30 pregões ininterruptos com cotação das ações abaixo de R$ 1.

A B3 (B3SA3) permitiu que a Oi continuasse a operar os papéis na casa dos centavos por mais um período de tempo, determinando o enquadramento da cotação das ações da companhia em valor igual ou superior a R$ 1 até 19 de julho de 2022 ou até a data da primeira assembleia geral a ser convocada após o recebimento do referido Ofício, o que ocorresse primeiro.

Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa Investimentos, afirma que as perspectivas para o balanço da Oi do 4T21 são positivas. “O business como um todo está bem sólido, principalmente com a empresa abrindo mão da parte de telefonia móvel e focando em fibra, o que é interessante para a Oi. No longo prazo, a companhia vai se reestruturar e o business virar”, diz.

Mas ele pondera que a variação nas ações da empresa de hoje se refere à complicação de que qualquer papel com valor nominal muito baixo sofre. Sendo negociada a aproximadamente 80 centavos, ao subir apenas 4 centavos, já é considerada uma alta de 5%. “Qualquer perspectiva de resultado, seja ele levemente acima ou muito acima, cria uma euforia no mercado. E aí, com o próprio fluxo comprador, da expectativa do trader, do investidor pessoa física, gera uma assimetria e consequentemente uma variação porcentual muito grande”, explica.

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Oi (OIBR3): Cade mantém aprovação da venda da Oi Móvel e ações sobem 3%

Nesta quarta-feira (9), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu por manter a aprovação para a venda da Oi Móvel, Unidade Produtiva Isolada (UPI) da recuperação judicial da Oi (OIBR3), para as concorrentes Claro, Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3).

O Cade desconsiderou um recurso que ameaçava a venda da Oi Móvel e manteve o Acordo em Controle de Concentração (ACC). Como medida adicional, os membros do conselho aprovaram, em unanimidade, a incorporação de imposições unilaterais para assegurar a mitigação de riscos no setor de telecomunicações.

Com a decisão, as ações da Oi apresentam altas superiores a 3% na bolsa de valores.

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Na semana passada, a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp) e a empresa Algar Telecom apresentaram, em conjunto, um recurso contra a venda da Oi Móvel que questionava o acordo feito entre o Cade e as empresas que compraram o ativo.

Na análise da Telcomp e da Algar Telecom, o Acordo em Controle de Concentração (ACC) formalizado na decisão anterior do Cade aborda medidas que não refletem o que foi decidido durante o julgamento.

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Em recurso, a associação e a empresa afirmam que os termos do acordo não são os mesmos que a conselheira-relatora, Lenisa Rodrigues Prado, solicitou na sessão de julgamento. O documento diz:

“A partir da disponibilização do ACC, foi possível verificar, além de sua potencial incapacidade para mitigar todas as sérias e reconhecidas preocupações concorrenciais, um verdadeiro descompasso entre o voto-condutor e a certidão de julgamento”, aponta o recurso.

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Victória Anhesini

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