Nubank (ROXO34): CVM aprova cancelamento do programa de BDRs

Conforme comunicado pelo Nubank (ROXO34) em fato relevante na noite desta terça-feira (31), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou o cancelamento do Programa de BDRs Nível III e o fim do registro da Companhia como emissora estrangeira de valores mobiliários categoria “A”.

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“Dessa forma, restaram concluídos todos os passos necessários para a Descontinuidade do Programa de BDRs Nível III, Patrocinado, inexistindo qualquer etapa adicional a ser realizada nesse sentido”, diz o comunicado do Nubank.

A mudança está em linha com o processo que o Nubank já vinha balizando havia meses, quando cancelou seus BDRs que a colocavam como uma empresa de ‘dupla listagem’ – o que implicou na extinção dos BDRs NUBR33 e deu lugar aos BDRs ROXO34.

Com isso, oficialmente o Nubank segue como companhia listada somente nos Estados Unidos, na NYSE, onde fez IPO em meados de dezembro de 2021.

Nubank deve ter lucro de US$ 270 milhões, diz XP

Segundo analistas da XP, o banco digital deve apresentar mais um trimestre sólido no seu próximo resultado, com lucro acima das expectativas do consenso de mercado.

A projeção da casa é de que o lucro do Nubank seja de US$ 269 milhões no acumulado do 3T23.

O resultado do Nubank será divulgado no dia 14 de novembro, após o fechamento do mercado.

“Esperamos resultados positivos no 3T23 para a Nu. Por mais um trimestre, a Nu deverá manter o bom ritmo de aquisição de clientes aliado à maior alavancagem operacional (aumentando o ARPAC e mantendo o Custo de Servir (CTS) abaixo de US$ 1)”, diz a XP.

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“Prevemos um crescimento robusto da carteira de crédito de +9% T/T e +76% A/A, à medida que o banco consegue manter a inadimplência sob controle. Como as novas safras apresentam desempenho melhor do que o previsto, esperamos que a inadimplência permaneça estável”, completa.

Sobre o segmento de fintechs e neobancos, a XP reitera que o trimestre foi marcado por

  • Taxas de juro elevadas
  • Sinais de estabilização da inadimplência, ainda que em patamar elevado
  • Melhoria do índice de eficiência através do controle de custos e alavancagem operacional

“Espera-se que os neobanks continuem a monetizar a sua base de clientes, a reprecificar as carteiras de crédito e a implementar iniciativas para melhorar os custos de financiamento e o custo de serviço (CTS)”, observam os analistas.

“No geral, os neobanks deverão reportar resultados sólidos, com o Nubank provavelmente apresentando um forte desempenho e o Inter&Co (INBR32) se destacando. Méliuz (CASH3) poderá ter mais um trimestre desafiador devido ao estágio inicial da parceria BV”, seguem.

O lucro projetado pela XP para o Nubank no 3T23 implica crescimento de 20% ante o trimestre anterior.

Segundo a casa, a estimativa reflete a sólida inércia de resultados (earnings momentum) da empresa, “o que é consistente com sua estratégia de aumentar a monetização de sua grande base de clientes”.

Além disso, os especialistas da casa esperam 20,4% de ROE para o Nubank, ante 0,8% vistos em igual etapa do ano anterior e 17,8% vistos no trimestre imediatamente anterior.

Já a margem financeira bruta do Nubank deve ser de US$ 1,24 bilhão, segundo a XP, representando um crescimento de 136% ante os US$ 527 milhões vistos em igual período de 2022.

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Eduardo Vargas

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