Novo unicórnio: Unico recebe aporte de R$ 625 milhões do SoftBank e entra para lista

A Unico, uma startup de tecnologia para proteção de dados e identidade (ou IDTech) é o mais novo unicórnio brasileiro. A empresa ganhou um aporte de R$ 625 milhões de investimentos liderados pelo  SoftBank da América Latina e pelo e General Atlantic.

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Um unicórnio nada mais é do que uma startup que tem seu valor de mercado avaliado em igual ou acima de US$ 1 bilhão. A avaliação geralmente é feita no decorrer da expansão da companhia, mesmo antes de a mesma abrir capital ou afins, e tende a ser muito influenciada pelos aportes e rodadas de investimentos.

Assim, a Unico trilhou seu caminho para alcançar a marca, com um investimento que chega dez meses depois de a startup receber um cheque de R$ 580 milhões pelo SoftBank.

Além disso, em janeiro de 2020 a companhia havia recebido um montante de R$ 40 milhões do fundo de venture capital Igah Ventures

Nesta  rodada, de R$ 625 milhões, a companhia também recebeu uma injeção de dinheiro do Big Bets e de Ricky Malta, sócio da Ribbit Capital.

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Assim, a companhia torna-se uma das mais atrativas e competitivas no setor de tecnologia, visando uma expansão com a expectativa de virar uma big tech brasileira no horizonte.

“Desde a última rodada de investimentos, temos trabalhado duro para estruturar nosso crescimento exponencial de forma sustentável, pensando em três pilares: nosso time, nossas tecnologias próprias, e nossa expansão orgânica e por aquisições”, afirma Diego Martins, fundador e CEO da Unico.

Até então a startup já realizou cinco aquisições de outras companhias em seus 14 anos de existência. No rol de compras já feitas, constam:

  • dotBR, criadora de software de gerenciamento de documentos (2009)
  • Arkivus, uma APL de TI (2017)
  • Meerkat, de análise de imagens (2020)
  • Vianuvem, de gestão de processos digitais (2021)
  • CredDefemse, de biometria facial (2021)

Unico atende clientes como B2W, Magazine Luiza e C6

Com seus serviços de proteção de dados, a companhia atende clientes como as varejistas B2w (BTOW3), Magazine Luiza (MGLU3), além dos bancos digitais C6 e o Banco Original.

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Segundo dados divulgados pela própria startup, no acumulado de doze meses a empresa já triplicou seus colaboradores, tendo agora um total de 700 funcionários. O rol de clientes é um pouco maior, com 800 atendidos pelos serviços.

Novo unicórnio soma em lista reduzida do Brasil

Dados divulgados no fim de junho pela CB Insights apontam que, no ano de 2021, foi atingido um recorde no número de startups que passaram  a ser um unicórnio, com 209 até o dia 22 do mês, representando alta de 74% em relação aos 120 no ano anterior.

Nos dois anos anteriores, de 2019 e 2018, foram 123 e 122, respectivamente – seguindo um panorama semelhante no setor. Agora, o mercado demonstra estar mais aquecido.

A alta se dá justamente pelo ao maior crescimento de companhias de tecnologia – ou vinculadas a serviços digitais. Os unicórnios e as startups em geral, em grande parte, ficam dentro desse guarda-chuva. Na mesma toada, diversas big techs americanas tiveram desempenho financeiro recorde em 2020.

Contudo, dos setores que mais se popularizaram e entraram para o rol de unicórnios, as fintechs encabeçam o ranking:

  • Fintechs (55 do total)
  • Serviço de Software (43 do total)
  • Saúde (21 do total)
  • E-commerce (17 do total)
  • Inteligência Artificial (15 do total)

Antes da Unico, a startup nacional que também se tornou unicórnio foi a MadeiraMadeira – do mesmo modo, impulsionada pelo japonês SoftBank, que foi o grande protagonista em investimentos anteriores, com um aporte de US$ 110 milhões em 2019 e um novo aporte com negociação em novembro do ano passado.

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Eduardo Vargas

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