Com nova variante da Covid-19, bolsas mundiais caem mais de 4%

Com a nova variante da Covid-19, as bolsas mundiais amanhecem em quedas drásticas nesta sexta-feira (26), com abertura em queda de quase 4% em Paris e 3,3% em Milão.

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No premarket americano, os investidores sinalizam quedas na abertura de volta do feriado, com baixa de 2,3% no Dow Jones. Segundo os especialistas, apesar da ainda não se saber muita coisa sobre a variante, é destacado que trata-se de uma das mais potentes mutações da Covid-19.

A B.1.1.529 tem características incomuns e apresenta sinais de uma transmissibilidade muito maior do que as demais.

A África do Sul já confirmou cerca de 100 espécimes como B.1.1.529, mas a variante também foi encontrada em Botswana e Hong Kong.

Veja como amanhecem as bolsas mundiais

Na província de Guteng, onde ela foi identificada, especialistas acreditam que até 90% dos casos novos de poderiam ser da B.1.1.529.

Em coletiva recente, o professor Tulio de Oliveira, que é diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, disse que foram localizadas 50 mutações na variante, sendo delas mais de 30 na proteína spike, o que caracteriza a transmissibilidade.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, disse ele.

A preocupação maios é com a imunização, visto que as vacinas foram produzidas visando a cepa original do vírus, de Wuhan, na China.

O fato da variante africana ter tantas mutações em relação ao vírus inicial pode significar que as vacinas não funcionem tão bem.

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Além disso, países da Europa estão sofrendo mais nas últimas semanas com a quebra do recorde de casos diários, estudando a possibilidade de medidas mais restritivas.

Alemanha passou perto de um Lockdown

A Alemanha decidiu por restrições mais duras com relação à alta de casos da Covid-19, apesar de ter evitado um fechamento completo do país.

Com uma 5ª onda em curso, o país enfrenta as restrições mais duras em meio a infecções diárias recordes e à pressão crescente sobre os hospitais.

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Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, disse nesta quarta (24) que a situação de Covid é grave e que o país pressionaria massivamente sua campanha de vacinação, observando que “a vacinação é a saída para esta pandemia”.

Scholz afirmou que a Alemanha “deve tornar a vacinação obrigatória para certos grupos“, sem declarar quais grupos, enquanto o novo ministro das Finanças, Christian Lindner, lembrou que os alemães devem evitar todos os contatos desnecessários neste inverno “para preservar toda a nossa saúde nesta pandemia”.

O ministro da saúde alemão que está de saída do cargo, Jens Spahn, disse que até o fim do inverno toda a população da maior economia europeia está vacinada, recuperada ou morta.

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Continente é epicentro da 5ª onda da Covid-19

Com aumento das contaminações, nesta última sexta (26), a Alemanha registra um total de 75  mil casos da Covid-19.

Neste contexto, o continente inteiro repensa a sua estratégia de combate ao coronavírus após o parecer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a região como atual epicentro da pandemia.

Desta forma, após um relaxamento das restrições por causa da alta da vacinação, os países europeus podem voltar a adotar medidas sanitárias.

Com os recordes de casos diários quebrados pela Alemanha, o país ainda pode obrigar a população a apresentar um comprovante de vacinação ou recuperação recente do vírus, ou um teste negativo para Covid-19. Esta informação foi apurada pela agência Reuters, que obteve um rascunho de uma reunião de autoridades alemãs.

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Eduardo Vargas

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