Grana na conta

Prejuízo da Natura (NTCO3) no 2T23 é de R$ 732 mi, queda anual de 4,6%

A Natura (NTCO3) apurou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado negativo foi 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

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O Ebitda da Natura (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, foi de R$ 753 milhões, alta de 25,8% ante o reportado de abril a junho de 2022.

A receita líquida consolidada da Natura, por sua vez, foi de R$ 7,8 bilhões, uma queda de 4,1% sobre o segundo trimestre do ano anterior. Se considerada variação porcentual em moeda constante, porém, houve alta de 1,9% nesse indicador.

A margem bruta foi de 65,4%, em alta de 430 pontos-base (bps). Já a margem Ebitda ajustada foi de 9,7%, um aumento de 230 pbs na comparação com o mesmo período do ano passado. Para a companhia, o resultado da Natura no 2T23 reflete melhorias de margem em todas as três unidades de negócio, Natura &Co América Latina, Avon Internacional e The Body Shop, além de uma queda de 5,7% nas despesas corporativas. O grupo fechou o trimestre com uma posição de caixa de R$ 3,7 bilhões.

O CEO da companhia, Fabio Barbosa, afirmou que o desempenho “continua a apresentar as melhorias já observadas no primeiro trimestre, com crescimento de um dígito baixo da receita líquida em moeda constante, e uma melhora significativa na margem Ebitda ajustada”. “Isso foi impulsionado principalmente pela margem bruta, que se beneficiou dos efeitos de mix de produtos, mas foi parcialmente compensada por investimentos e pela inflação”, escreveu o executivo.

Ele pontuou ainda que o lucro líquido seguiu “impactado por um alto nível de despesas financeiras, que serão endereçadas na conclusão da venda da Aesop, prevista para ocorrer no terceiro trimestre deste ano”.

Ainda conforme o CEO, o segundo trimestre do ano da Natura foi um marco pelo início da “Onda 2” de integração entre Natura e Avon na América Latina, começando com o Peru e a Colômbia, que, segundo o executivo, “já demonstraram resultados iniciais bastante satisfatórios”.

“Ao entrarmos no segundo semestre, nosso foco se volta para o lançamento da Onda 2 no Brasil. Estamos satisfeitos com os aprendizados iniciais do Peru e da Colômbia, e estamos confiantes de que eles nos ajudarão a entregar resultados sólidos para o nosso maior mercado na região, e a outros que se seguirão”, afirmou Barbosa, no release de resultados.

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Vendas da Natura na América Latina

As vendas líquidas de Natura &Co América Latina cresceram 5,8% em moeda constante (CC), e caíram 1,7% em reais. O crescimento em moeda constante foi impulsionado por um crescimento de duplo dígito da Natura (19,5% em CC e 17,3% em reais).

A empresa afirma que a marca Natura apresentou forte impulso, com crescimento de 14,7% no Brasil, sustentado por um aumento nos preços e por um melhor mix de produtos, bem como pelo aumento da produtividade das consultoras, que foi de 12,5% no trimestre, e pelo excelente desempenho do varejo, marcado principalmente pelas campanhas de Dia das Mães e Dia dos Namorados.

A receita da Avon Internacional caiu 1,3% em moeda constante (-8,1% em reais). A margem Ebitda ajustada foi de 4,4%, em alta de 110 pbs, impulsionada por uma expansão de 460 pbs na margem bruta, graças ao aumento de preços e ao mix de produtos.

A receita líquida da The Body Shop no segundo trimestre caiu 12,5% em moeda constante (12% em reais). As vendas combinadas dos principais canais de distribuição (lojas, e-commerce e franquias) mostraram um declínio de meio dígito em moeda constante, enquanto o canal The Body Shop At Home também continuou a declinar de maneira acentuada.

A margem Ebitda ajustada melhorou 210 pbs, chegando a 5,4%. “A The Body Shop segue focada na redução de custos estruturais enquanto trabalha para melhorar margem e geração de caixa“, afirma a empresa. A Aesop, por sua vez, foi classificada como operação descontinuada enquanto a Natura &Co aguarda o fechamento da venda para a L’Oréal.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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