Minerva (BEEF3) é investigada pela CVM após diretor divulgar informação privilegiada

A Minerva (BEEF3) está sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela divulgação de informações privilegiadas em uma live no Instagram.

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Segundo nota enviada pela autarquia ao Suno Notícias, o tema está sendo tratado no âmbito do processo CVM n° 19957.006435/2021-20, na Gerência de Acompanhamento de Empresas 2.

Segundo o Suno Notícias revelou nesta quinta-feira, o diretor de Relações com Investidores da Minerva, Edison Ticle, revelou informações sigilosas enquanto participava como espectador em uma live de Rafael Ferri, na última terça-feira.

Na ocasião, ele disse que a empresa poderia fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para fechamento de capital ou uma recompra de ações. A Minerva confirmou que o diretor de RI fez as declarações.

“Embora não tenha participado do evento como apresentador tampouco como representante de Minerva, o sr. Edison foi questionado, de forma espontânea e não esperada, sobre eventuais planos para utilização de caixa excedente”, informou a Minerva.

As declarações do executivo circularam pela internet e foram comentadas em redes sociais.

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Minerva se comprometeu a não fazer OPA por 6 meses

Depois da notícia, a Minerva divulgou um fato relevante dizendo “que pelo período de ao menos seis meses não pretende realizar oferta pública para aquisição de ações (OPA) para cancelamento de registro.”

A declaração de Edison Ticle, diretor da Minerva, nas redes sociais chama atenção por desrespeitar as regras da CVM. Segundo a autarquia, revelar informações sigilosas a terceiros (tipping) configura uso de informações privilegiadas, ou insider trading.

“É proibido revelar informação sigilosa a outra pessoa, possibilitando que ela negocie de posse de tal informação ou revele-a a uma terceira pessoa”, informa a CVM no Caderno sobre Uso de Informação Privilegiada.

Em meio a estes fatos, as ações da Minerva tiveram forte volatilidade esta semana. Na quarta-feira, chegaram a subir 14,5%, depois que o jornal Valor Econômico noticiou a possibilidade da OPA. No dia seguinte, fecharam em baixa de 11%.

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Natalia Gómez

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