No Meu Crediário, parcelamento é base para crescimento futuro

Samba, futebol e compra parcelada são três elementos indiscutíveis da cultura brasileira. Se os dois primeiros são complicados de monetizar, o terceiro elemento chama a atenção de uma nova leva de fintechs no Brasil. Não é diferente no Meu Crediário. A startup, que oferece a expertise em crédito em um esquema B2B, tenta acelerar sua expansão com dinheiro próprio e foco nas pequenas e médias empresas.

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Ao contrário de outras fintechs já existentes, o foco do Meu Crediário está em oferecer seu conhecimento acerca do comportamento financeiro do clientes a lojas e empresas, principalmente do setor de calçados e confecções. Ao todo, já são 1.800 companhias utilizando o modelo de score oferecido pelo Meu Crediário, que auxilia essas empresas na decisão (ou não) de conceder crédito a um cliente no crediário.

“A gente desenvolveu uma tecnologia própria, como temos uma operação de garantia de crediário, assumindo os riscos, criamos um know-how e descobrimos que tínhamos muita informação para criar um modelo assertivo e nichado. Nosso modelo foi muito construído para ticket baixos, de R$ 180 a R$ 600, e conseguimos descobrir como eles se comportam”, disse Jeison Schneider, CEO do Meu Crediário em entrevista ao SUNO Notícias.

Segundo o executivo, os dados captados vem dos ERPs (Enterprise Resource Planning, em inglês). Depois, passam por um filtro no Meu Crediário e, ao ser cruzado com um algoritmo da empresa, a fintech consegue entender qual o comportamento do consumidor.

“Não precisamos entender qual a renda. Hoje estamos chegando na nossa terceira geração de score, o mercado sempre trabalhou com um modelo consultando um cliente no SPC e verificando se ele estava negativado ou não. E em cima disso, criava regras, como idade, se morava sozinho, etc”, disse.

Jeison Schneider, CEO do Meu Crediário

    Jeison Schneider, CEO do Meu Crediário

“Já nós conseguimos garantir o crédito para esse cliente, garantindo, por exemplo, uns R$ 800 por seis meses, e além disso, nossa análise também vê o parcelamento, a proposta. Se você é um cliente bom, tem um limite de R$ 800, mas ele quer fazer essa compra em 8 vezes, eu posso fazer? Esse é um modelo inovador que entregamos”, afirmou Schneider. O Meu Crediário também se antecipa a um possível atraso no pagamento, alertando o cliente sobre eventuais atrasos.

Meu Crediário quer dobrar faturamento

A empresa de Santa Catarina, fundada em 2016 por Jeison Schneider e demais sócios, conta com 20 funcionários atualmente. O breakeven foi atingido no ano passado, cobrando um percentual por transação realizada nas lojas parceiras. Em 2020, o faturamento da companhia foi de R$ 3,5 milhões -alta de cerca de 80% em relação a 2019.

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Para este ano, a empresa projeta um avanço acima de 100%, uma vez que a demanda pela contratação do sistema deve continuar aquecida, principalmente entre médias e grandes varejistas.

Para o CEO do Meu Crediário, uma possível capitalização não está nos planos para os próximos anos, já que a empresa busca crescer com caixa próprio.

“A princípio, vamos crescer com dinheiro próprio. Temos caixa para isso e por enquanto não pretendemos ir ao mercado captar dinheiro. Pensamos em buscar parcerias. Buscar integrações com ERPs, vemos uma necessidade da loja em relação a isso e uma deficiência nos ERPs para tratar isso e percebemos que é um pessoal com dificuldade de entrar nesse setor”, afirmou o CEO do Meu Crediário.

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Vinicius Pereira

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