Méliuz (CASH3): ação cai 10% após balanço do 2T22. O que afetou o resultado?

As ações do Méliuz (CASH3) caíram forte nesta terça-feira (16), no dia seguinte à divulgação de resultados do 2T22, em que a empresa de cashback obteve um prejuízo líquido de R$ 28,2 milhões. 

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No fechamento, as ações do Méliuz cederam 9,8%, cotadas a R$ 1,38.

O prejuízo foi 4 vezes maior do que o resultado negativo de R$ 6,7 milhões no 2T21.

Apesar do desempenho da Méliuz no 2T22, o Itaú BBA reiterou recomendação de “compra” para as ações da empresa, com o preço-alvo de R$ 3,30. “A companhia enfrentou um cenário adverso devido à desaceleração do e-commerce no Brasil e despesas extraordinárias”, pontuou.

Nesse sentido, a XP Investimentos avalia que crescimento de custos e despesas, responsável pelo prejuízo, se deu pelo desenvolvimento dos produtos do Méliuz. A corretora viu os resultados como mistos, e manteve a sua recomendação de “compra” para os papéis do Méliuz, com o preço-alvo de R$ 8. 

As despesas operacionais do Méliuz totalizaram R$ 120,2 milhões, aumento de 10% comparado a igual período de 2021.

A XP destacou a resiliência do GMV (volume bruto de mercadorias) do Méliuz, que cresceu 38% no 2T22, enquanto o faturamento do setor de varejo no e-commerce brasileiro caiu 4% no mesmo período.

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“O prejuízo no trimestre levou à ampliação de suas operações, para garantir que a empresa siga crescendo”, disseram os analistas da XP, que elogiam os esforços do Méliuz para a preservação do seu caixa, que ao fim do 2T22 era de R$ 502,4 milhões, apesar do acelerado ritmo de crescimento das operações.

Embora o ambiente esteja desafiador para empresas small caps em crescimento, o BTG Pactual também reiterou recomendação de “compra” para o Méliuz, com o preço-alvo de R$ 2.

O BTG acredita que há um grande upside para a ação do Méliuz nos preços atuais, destacando o crescimento do Méliuz desde o IPO (oferta inicial de ações), melhorando sua equipe e concluindo M&As (fusões e aquisições), e a baixa queima de caixa da empresa de cashback e serviços financeiros.

Na avaliação do banco de investimentos, o Méliuz entregou crescimento do core business, ao mesmo tempo em que demonstrou sua capacidade de controlar as despesas recorrentes.

Há a possibilidade de o Méliuz ser alvo de uma possível fusão e aquisição, para empresas como o Nubank (NUBR33) ou grandes bancos, na visão do BTG: “Não ficaríamos surpresos se uma oferta oferecer um prêmio de +100% sobre o preço atual da ação.”

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Ana Clara Macedo

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