Magazine Luiza (MGLU3) e Braskem (BRKM5) estão entre as maiores quedas do Ibovespa na semana

A semana foi (finalmente) de ganhos do Ibovespa após três semanas de perdas que levaram o índice ao menor patamar desde março ao entrar na casa dos 107 mil pontos no intraday de segunda-feira (20).

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A bolsa brasileira começou a semana sendo arrastada pelo furacão Evergrande. A gigante chinesa do setor imobiliário nunca havia chamado a atenção de investidores da B3 até recentemente, quando as notícias correram o mundo de que um potencial calote de quase R$ 1,6 trilhão poderia estar a caminho e contaminar outros setores da economia global. O Ibovespa não resistiu à pressão externa e recuou mais de 2% na segunda-feira.

Mas o vento virou. Nos três dias seguintes, o índice registrou ganhos diários entre 1% e 2% e conseguiu compensar as quedas de segunda-feira (-2,33%) e sexta-feira (-0,69%) para fechar a semana com ganhos de 1,65%. O primeiro ganho semanal desde meados de agosto. No mês, o Ibovespa recua -4,63%.

Se ações como Usiminas (USIM5), CVC (CVCB3) e Gol (GOLL4), puxaram o índice para cima com saltos de 14% a 17%, a semana não foi boa para papéis como o da Braskem (BRKM5) e Americanas (AMER3). Veja abaixo os 5 papéis que mais recuaram na semana no Ibovespa:

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1. Braskem cede em semana com possível acordo para saída da Odebrecht

A notícia do final de semana passado que a Novonor, novo nome da Odebrecht, poderia finalmente ter chegado à decisão de sair da Braskem (BRKM5) com uma venda de ações no mercado mexeu com as ações na segunda-feira.

O papel afundou 12,2% e corrigiu parte da disparada do papel que mostra ganhos de quase 150% no ano. Ainda na semana, o Bank of America (BofA) retomou a cobertura do papel e recomendou compra com potencial de alta de mais de 40%.

2. Americanas (AMER3) recua com macroeconomia

Os investidores ainda não deram uma trégua para a Americanas (AMER3) desde a reorganização societária em meados de julho. O papel, sucessor da B2W (BTOW3), já perdeu metade de seu valor com 9 semanas no negativo nas 10 semanas de negociação.

Sem muitas novidades no noticiário, os investidores estão pessimistas com o varejo com a alta da inflação e juros, que, segundo o Copom, deverá levar ser elevado para um nível contracionista da economia.

O alívio para o papel ocorreu na terça-feira, dia de alta generalizada na B3, quando a AMER3 ganhou 3,81% surfando ainda na esteira de relatório positivo do BB Investimentos, que passou a recomendar compra.

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3. Qualicorp (QUAL3) recua 6% no terceiro pior resultado do Ibovespa

A operadora de saúde teve uma semana negativa acumulando perdas em quatro dias da semana. Somente quinta-feira se salvou com ganho magro de 0,14%.

Sem notícias importantes no noticiário, o papel vem enfrentando um ano complicado com perdas de quase 40% em 2021.

Após o fechamento do pregão de sexta-feira, a Rede D’Or (RDOR3) informou que acionou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avaliar um aumento na sua participação na Qualicorp (QUAL3), que hoje é de 25%.

4. Magazine Luiza (MGLU3) segue sofrendo no Ibovespa

As ações de consumo vem sendo reprecificadas para baixo pelos investidores, que estão mais pessimistas com o futuro da economia brasileira. A escalada da inflação e o aperto dos juros deixam as previsões mais negativas para empresas como Magazine Luiza (MGLU3).

O papel cedeu 5,67% e ficou na quarta posição das maiores quedas do índice.

No noticiário, o Magazine Luiza lançou a segunda edição de seu programa de trainees exclusivo para negros, com salário R$ 6,8 mil, e o BB Investimentos reiterou recomendação de compra.

5. Lojas Americanas (LAME4) também sofre com cenário macro

Outra varejista da bolsa ficou entre as maiores quedas da semana. Sem notícias no radar, a ação da Lojas Americanas (LAME4) recuou 5,65% e fechou a semana os R$ 5,18.

No ano, o Ibovespa acumula perdas de 4,69%.

Redação Suno Notícias

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