Madero reduz prejuízo para R$ 25,2 mi no 3T21; IPO ainda não tem data definida

O grupo de restaurantes Madero reportou um prejuízo de R$ 25,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, diminuindo a perda de R$ 28,2 milhões anotada no mesmo período do ano passado. Essa foi a primeira vez que o grupo divulgou seus resultados trimestrais. A empresa protocolou, no início de agosto, seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo, mas adiou a estreia na B3, ainda sem data definida.

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No balanço divulgado nessa quinta-feira (18), o Madero aponta que sua receita no terceiro trimestre deste ano cresceu 66,6% na base anual, para R$ 310,4 milhões, um recorde. Antes disso, a maior receita trimestral havia sido no quarto trimestre de 2019, de R$ 277,1 milhões.

“O aumento da receita mesmo em relação aos períodos pré pandêmicos é resultado da recuperação das vendas que já está em patamares similares a 2019, bem como da estratégia de expansão da companhia que, durante 2020 e 2021 abriu 67 novas operações, todas próprias, sendo 20 da marca Madero e 46 da marca Jeronimo, além da primeira Ecoparada Madero, em dezembro de 2020, um conceito ESG, inovador para as estradas do Brasil, na rodovia Castello Branco, no Estado de São Paulo”, explica o Madero em seu balanço.

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Além disso, as vendas nos mesmos restaurantes (SSS, na sigla em inglês) atingiram R$ 95,8% das vendas no mesmo período em 2019.

Entre julho e setembro desse ano, a companhia investiu R$ 72,7 milhões, alta de 43,5% em comparação com os investimentos feitos no mesmo período de 2020. Os investimentos nesse trimestre foram direcionados, principalmente, para novos restaurantes.

Em 30 de setembro, a rede contava com 250 restaurantes, sendo 86 Madero Steak House, 75 Madero Container, 82 Jeronimo, 1 Durski e 1 Ecoparada. Quando comparado com o mesmo período de 2020, são 50 novas operações.

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Por sua vez, o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 44 milhões ao final de setembro, o que equivale a um salto de 225,9% em comparação com os R$ 13,5 milhões anotados ao final do terceiro trimestre de 2020.

Com isso, a margem Ebitda ajustado passou de 17,8% em 2020, para 22,1%.

A dívida líquida do Madero somou R$ 981,1 milhões ao final de setembro, um salto de R$ 328,8 milhões quando comparada com a dívida ao final de dezembro do ano passado. O grupo de restaurantes atribui o avanço a dois fatores: “A necessidade de suportar as operações durante a segunda onda da pandemia, quando enfrentaram muitas restrições; e o suporte da estratégia de expansão da companhia que, mesmo durante a pandemia abriu operações, sendo 27 somente nos nove primeiros meses de 2021, além de investimentos na Cozinha Central.”

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IPO do Madero

A Madero explicou que em seu plano estratégico possui a meta de realizar o IPO “assim que o mercado de capitais apresentar condições para a realização de uma operação nos parâmetros que a companhia entender adequados, o que, combinado com a retomada da normalidade das operações com consequente reflexo no Ebitda, impactará substancialmente na estrutura de capital da companhia.”

“Enquanto isso, a forte parceria que o Grupo Madero possui com as maiores instituições financeiras do Brasil tem permitido à Companhia gerenciar de forma efetiva o seu endividamento, capturando oportunidades ímpares de expansão”, completa o Madero em seu balanço.

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Laura Moutinho

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