Lyft, concorrente da Uber, aumenta faixa de preço para seu IPO

A Lyft aumentou a faixa de preço para o sua oferta pública de ações (IPO, em inglês) de US$ 62 a US$ 68 para US$ 70 a US$ 72. A meta é uma avaliação de US$ 24,3 bilhões.

Rival da Uber no mercado de aplicativos de transporte de passageiros, a Lyft elevou os valores em razão do interesse dos investidores. Se mantiver a média da nova faixa de preço (US$ 71), a empresa vai levantar cerca de US$ 2,1 bilhões, e teria uma capitalização de US$ 20,45 bilhões, tornando-se o maior IPO dos Estados Unidos desde o Alibaba, em 2014.

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O interesse pelo IPO da Lyft reflete uma aposta na empresa que gera incertezas em relação à lucratividade e a um plano de negócios para carros autônomos. Ainda que tenha faturado US$ 2,16 bilhões no ano passado – numa disparada desde os US$ 343 milhões de 2016, a companhia registrou prejuízo de US$ 911 milhões em 2018. No ano anterior, as perdas haviam sido de US$ 688 milhões.

O IPO da Uber, no qual a empresa pretende captar US$ 120 bilhões, deve acontecer semanas depois do oferta inicial da Lyft.

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A ação simultânea dos aplicativos pode ser boa para as duas empresas. Por ser menor, a Lyft se lançará primeiro no mercado, podendo arrecadar mais fundos com investidores que buscam empresas com grande potencial de rendimento. A Uber aproveitará a euforia do mercado, que espera a abertura de capital das empresas.

Em 2018, a Uber alcançou a marca de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 189,2 bilhões) obtidos com corridas realizadas durante o último ano. O valor considera tanto os serviços de transporte de passageiros quanto as entregas de comida.

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Mas o aplicativo de corrida continua registrando prejuízo, assim como a Lyft.

De acordo com a Uber, o número de corridas realizadas em 2018 foi 45% maior do que em 2017. Além disso, durante o 4º trimestre as corridas chegaram ao valor recorde de US$ 14,2 bilhões. Um crescimento de 11% em comparação com o trimestre anterior.

Guilherme Caetano

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