CPTS11 tem lucro quase 10% maior e paga dividendos de 124% do CDI
O fundo imobiliário CPTS11 apresentou um resultado de R$ 26,723 milhões em abril, valor 9,77% superior ao registrado em março, quando o fundo reportou R$ 24,345 milhões. As receitas no período somaram quase R$ 34 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 7,275 milhões.

A distribuição de dividendos do CPTS11, com base nesses resultados, atingiu R$ 27,015 milhões, equivalente a R$ 0,085 por cota. Esse valor representa 124% do CDI líquido de impostos, tomando como base a cotação de mercado da cota.
A perspectiva para os próximos meses sugere pagamentos na faixa de R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 13,39%. Já em cenários alternativos, os dividendos podem variar entre R$ 0,07 e R$ 0,09 por cota.
Em abril, a valorização da cota foi de 7,18%, superando inclusive o desempenho do IFIX, que teve alta de 3,01%, e o IMA-B, que avançou 2,09%.
Por outro lado, a rentabilidade patrimonial foi de 1,51% no período. No fechamento do mês, a cota a mercado era de R$ 7,63, representando um desconto de cerca de 13,2% em relação ao valor patrimonial de R$ 8,79 por cota.
Composição atual da carteira do CPTS11
Sobre a estrutura da carteira do fundo imobiliário CPTS11, os CRIs representavam 34,7% dos ativos no final do mês, distribuídos em 22 títulos. Desses, 99,3% estavam indexados ao IPCA, com taxa de IPCA + 8,51% (após marcação a mercado, que caiu de IPCA + 8,92%), enquanto os 0,7% restantes estavam atrelados ao CDI, com remuneração de CDI + 4,02%.
A carteira de fundos imobiliários, que compõem 54,6% dos ativos do FII CPTS11, incluía 73 FIIs. A maior parte, 89,2%, estava alocada em fundos de tijolo, e os 10,8% restantes em fundos de papel. O desempenho dessa carteira foi de 2,66% em abril, ligeiramente inferior ao IFIX.
Apesar do ambiente econômico desafiador, influenciado pela taxa básica de juros elevada, estando atualmente em 14,75% ao ano, a gestão diz que o cenário ainda se mostra promissor para o fundo.
O perfil de crédito do CPTS11 continua sendo high grade e a carteira permanece 100% adimplente, sem qualquer operação “estressada”. A marcação a mercado dos ativos da carteira de recebíveis sofreu impacto com o fechamento da curva de juros dos títulos públicos, o que contribuiu para a queda da taxa de IPCA + 8,92% para IPCA + 8,51%.