Lemann, Telles e Sicupira aceitam ficar 3 anos sem vender ações da Americanas (AMER3)

O ‘trio’ de bilionários da 3G CapitalJorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles – aceitou ficar um período de cerca de três anos com restrição na venda de ações da Americanas (AMER3). As informações são da Bloomberg.

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O acordo que envolve Lemann e os demais acionistas da Americanas faz parte de um plano de reestruturação da varejista.

Bancos e credores ainda não firmaram o período de lock-up, mas a exigência é de que ele seja de ao menos até 2027, segundo fontes a par do assunto.

O plano de reestruturação integra a estratégia de reerguer a Americanas após a companhia revelar um rombo contábil bilionário no início do ano, entrar em recuperação judicial e travar uma briga acirrada com bancos credores na Justiça.

O plano deve conter uma injeção de R$ 10 bilhões de imediato por parte do trio da 3G Capital, com mais R$ 4 bilhões adicionais divididos em duas parcelas, em 2026 e 2027, que ficaram condicionados aos patamares de alavancagem e liquidez da empresa.

Atualmente o trio soma uma participação societária de cerca de 30% no capital social da Americanas. Com a injeção de capital via oferta de ações, os empresários teriam uma fatia ainda maior da varejista, a depender da demanda pelos papéis.

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Os bancos credores devem entrar na jogada, com a conversão de dívida em ações, aderindo ao pacote de R$ 10 bilhões, segundo as informações da Bloomberg.

Negociação da dívida da Americanas

Além da oferta de ações, a Americanas deve ter uma negociação do seu valor de face da dívida. Detentores de títulos de dívida devem, em conjunto com advogados, pedir por um desconto menor do valor de face da dívida da empresa no leilão reverso que está no plano.

Além disso, há a reivindicação de que o pacote de R$ 10 bilhões contenha uma opção de dívida pura – ou seja, de títulos que não possam ser convertidos em ações.

A expectativa é de que o acordo final envolvendo credores, investidores, detentores de dívida, Lemann e os demais acionistas da Americanas saia ainda nas próximas semanas.

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Eduardo Vargas

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