Klabin (KLBN11): Receita cresce, mas lucro é contido por maiores gastos operacionais e financeiros

A Klabin (KLBN11) lucrou R$ 421 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 3,1 bilhões registrados no mesmo período de 2020. Na comparação trimestral, porém, a companhia registrou uma baixa de 68% do rendimento – nos últimos três meses do ano passado, o lucro líquido havia sido de R$ 1,3 bilhão.

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A companhia de papel e celulose registrou menor lucro na base trimestral mesmo com a sua receita líquida avançando na comparação com o fim de 2020. Foram R$ 3,4 bilhões levantados, crescimento de 5% na comparação com o período de outubro a dezembro. Na base anual, a receita da Klabin avançou 34%, impulsionada tanto por aquisições, com a companhia finalizando a compra dos ativos da IP no quarto trimestre do ano passado, quanto por conta dos reajustes de preços.

“O primeiro trimestre de 2021 seguiu a tendência observada ao longo do segundo semestre do ano passado, de retomada da demanda tanto no mercado local quanto no mercado externo após o forte impacto da pandemia do Coronavírus. Este cenário permitiu o reajuste de preços em todas as linhas de negócios da Klabin”, diz o documento publicado na manhã desta terça-feira (11).

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Ao mesmo tempo, porém, a empresa viu também seus gastos com produção avançarem nas duas bases, com o custo da caixa de celulose chegando a R$ 776 por tonelada no primeiro trimestre deste ano, ante R$ 755 no último do ano passado e R$ 693 no primeiro. Grande parte da alta na base anual é motivada pelo avanço do câmbio, uma vez que o custo em dólares diminuiu na mesma base.

Klabin
Reprodução: Balanço Klabin

O custo dos produtos vendidos, que incluem matéria prima, pessoal e outros, e que engloba mais produtos além da celulose, foi de R$ 1,7 bilhão, crescendo 4% na comparação trimestral e 50% na anual. Por outro lado, a Klabin conseguiu reduzir suas despesas com vendas para R$ 267 milhões, ante 306 milhões no fim de 2020, e suas despesas administrativas para R$ 204 milhões, ante R$ 246 milhões.

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Gastos com produção e despesas financeiras da Klabin aumentam

Com os gastos com produção aumentando, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia, que mede a sua lucratividade operacional, ficou em R$ 1,2 bilhão, ante R$ 1,3 bilhão entre outubro e dezembro e R$ 1,028 bilhão entre janeiro e março do ano passado. A margem Ebitda ficou em 37% , ante 40% nos dois outros trimestres.

A Klabin enfatiza que, desconsiderando efeitos não recorrentes, como a parada para manutenção de algumas plantas, seu desempenho teria sido melhor, com o Ebitda crescendo de R$ 1,1 bilhão no último trimestre de 2020 para R$ 1,2 bilhões nestes primeiros três meses.

O lucro líquido da Klabin, por último, é impactado pelos gastos com seu endividamento, que avançou, em grande parte por causa do câmbio, na comparação com o fim de 2020, e fez o resultado financeiro ficar negativo em R$ 203 milhões, ante desempenho positivo de R$ 929 milhões no fim de 2020.

A empresa fecha o primeiro com sua dívida líquida crescendo, saindo de R$ 19,7 bilhões para R$ 21,7 bilhões. “Este aumento pode ser explicado pela variação cambial negativa sobre o endividamento em moeda estrangeira e pela marcação a mercado de instrumentos de swap de taxa de juros”, afirma.

O múltiplo da alavancagem da Klabin, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda (DL/Ebitda), ficou em 4,2 vezes, ante 4 vezes em dezembro.

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Vitor Azevedo

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