Juros oscilam perto da estabilidade mas sem influência do IOF

Os juros futuros oscilam perto da estabilidade na manhã desta sexta-feira (17) e apresentam longos oscilando entre viés de alta e baixa em meio ao fortalecimento do dólar ante o real.

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Segundo operadores, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) acabou não pesando negativamente nos juros, como alguns esperavam.

“O IOF significa um aperto no crédito e acaba servindo de linha auxiliar para a política monetária. E, sob o ponto de vista fiscal, é melhor financiar os programas assistenciais via aumento de imposto do que sem indicar a fonte de custeio”, diz o estrategista-chefe da Renascença DTVM, Sérgio Goldenstein.

Às 9h45, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 marcava 10,54%, de 10,55% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2023 estava em 9,01%, de 8,98%, e o para janeiro de 2022 exibia taxa de 7,060%, de 7,061% no ajuste de ontem.

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Entenda a alta do IOF

O Diário Oficial da União (DOU) publicou hoje (17) o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro com as novas alíquotas do IOF, que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários. As novas alíquotas valem para pessoas físicas e jurídicas e serão aplicadas no período de 20 de setembro até 31 de dezembro de 2021.

Para as pessoas físicas a atual alíquota passa de 3% ao ano (diária de 0,0082%) para 4,08% (diária de 0,01118%). Já para as pessoas jurídicas, a alíquota anual passa de 1,5% ao ano (atual alíquota diária de 0,0041%) para 2,04% (diária de 0,00559%).

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“A arrecadação obtida com a medida custeará ainda as propostas de redução a zero da alíquota da contribuição para o PIS/Cofins incidente na importação de milho, com impacto de R$ 66,47 milhões de reais no ano de 2021 e o aumento do valor da cota de importação pelo CNPQ, que acarreta renúncia fiscal no valor de R$ 236,49 milhões no ano de 2021”, informou o Ministério da Economia.

A pasta ainda afirmou que os valores arrecadados serão utilizados para custear o Auxílio Brasil, programa do governo que deve substituir o Bolsa Família. Segundo a pasta, os gastos com o novo programa acarretarão, neste ano, um acréscimo de R$ 1,62 bilhão na despesa obrigatória de caráter continuado.

Juros ontem

Na quinta (16), os juros oscilaram o dia todo perto da estabilidade, alternando viés de alta e de baixa durante a sessão para encerrarem próximos dos ajustes anteriores.

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O movimento reflete o compasso de espera sobre como vão evoluir as reformas pendentes e a questão dos precatórios e, na ponta curta, o mercado já tinha se ajustado à mensagem do Banco Central de que não pretende acelerar o ritmo de alta da Selic e agora é esperar pela decisão da próxima semana.

No aguardo das definições do cenário fiscal e já embutindo muito prêmio de risco pela expectativa de deterioração, os juros tiveram desempenho até melhor do que os demais ativos – a Bolsa passou o dia em queda firme e o dólar subiu para o nível de R$ 5,26.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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