JPMorgan prevê 80% de chance de aprovação da reforma da Previdência

A JPMorgan prevê que há 80% de chance de aprovação no Congresso brasileiro de “pelo menos uma modesta reforma da Previdência Social“. A instituição ainda considera que haverá dificuldades nas negociações, em especial no Senado.

O cálculo sobre a reforma da Previdência faz parte de uma atualização da JPMorgan para suas previsões sobre a economia brasileira. Ela avaliou que a “janela de oportunidades está aberta”.

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As mudanças nas projeções da instituição, em relação a novembro, abrangem inflação, dólar, Selic, déficit em conta corrente e dívida bruta do Brasil. Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a JPMorgan manteve a estimativa de crescimento de 2,3% em 2019. Para 2020, ela ampliou a expectativa para uma alta de 2,5%.

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Confira as projeções da JPMorgan para 2019

  • Inflação: o novo cálculo é de 3,8%, ante 4,2% na última previsão;
  • Dólar: o novo cálculo é de R$ 3,9, ante R$ 4,1 na última previsão;
  • Selic: o novo cálculo é de 6,5% ao ano, ante 8,25% ao ano na última previsão;
  • Déficit em conta corrente: o novo cálculo é de 1,3% do PIB, ante 1,2% do PIB na última previsão;
  • Dívida bruta: o novo cálculo é de 77,3% do PIB, ante 78,8% do PIB.

“Em novembro, tínhamos a visão de que as perspectivas domésticas no Brasil eram animadoras, notadamente a expectativa de aprovação de uma reforma previdenciária, mas o cenário global justificava cautela”, disseram os economistas da JPMorgan no Brasil Cassiana Fernandez, Vinícius Moreira e Cristiano Souza. “Eventos recentes nas frentes externa e doméstica nos deixaram mais otimistas no curto prazo e decidimos rever nosso cenário econômico para 2019”. O relatório com as declarações foi enviado para clientes da instituição após o resultado das eleições no Congresso.

Fernandez, Moreira e Souza disseram que os riscos globais diminuíram e as perspectivas de condições financeiras melhoraram. Isso se deve à previsão de apenas dois aumentos na taxa de juros nos Estados Unidos, pelo banco central americano (Fed, ou Federal Reserve, em inglês). Anteriormente, previa-se que haveria quatro aumentos nos juros.

Guilherme Caetano

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