Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) ou BB (BBAS3)? Veja as apostas do BofA para o 4T21

Analistas do Bank of America fizeram suas apostas para o setor financeiro do Brasil, que divulgarão seus resultados no balanço do quarto trimestre de 2021 a partir de 1º de fevereiro. Segundo o relatório, o cenário previsto é mais favorável para grandes bancos como o Itaú (ITUB4).

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Mesmo assim, os bancos devem apresentar um crescimento modesto do lucro líquido no trimestre, uma vez que a melhoria da margem com os clientes deve ser compensada por ganhos comerciais mais baixos e pelo impacto total do aumento salarial anual. A qualidade dos ativos permanecerá sob controle, embora os encargos de provisão devam aumentar.

“Esperamos que o guidance ’22 produza um crescimento de lucro líquido de um dígito — Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) — a dois dígitos — Bradesco (BBDC4) e Itaú. Na área de seguros, a BB Seguridade (BBSE3) deve apresentar uma sólida melhora com a sinistralidade acima do esperado devido à normalização dos produtos relacionados à covid e forte receita financeira“, disse o banco.

Por outro lado, Porto Seguro (PSSA3) e SulAmerica (SULA11) podem perder por ter sinistralidade acima do esperado. Os resultados dos adquirentes devem ser impactados negativamente por maiores despesas financeiras, compensando a sólida expansão do volume.

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BofA: Itaú terá crescimento na carteira de crédito

As instituições que receberam as melhores previsões do BofA foram os grandes bancos, como Bradesco e Itaú. Espera-se que o lucro líquido do Bradesco continue com tendência de alta no trimestre. A carteira de crédito deve continuar com um nível de expansão saudável (15% A/A), refletindo a boa originação tanto no segmento pessoa física quanto no segmento corporativo.

“Mantemos nosso rating de Compra, pois vemos o Bradesco bem posicionado para apresentar um bom crescimento de lucro por ação em 2022, sustentado por fortes resultados de seguros e boa expansão da carteira de crédito”, avalia o BofA.

Outra grande instituição citada foi o Banco do Brasil, que deve ser capaz de atingir o limite superior de seu guidance de lucro líquido anual de R$ 19-21 bilhões. O crescimento da carteira de crédito deve permanecer sólido na casa dos dois dígitos, impulsionado principalmente pelo agro e pessoas físicas.

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Por outro lado, segundo o BofA, “esperamos apenas um crescimento modesto da receita líquida de clientes, dado um mix de empréstimos mais fraco e custos de captação mais altos. Mas o principal atrativo é que as ações estão descontadas demais.”

“Mantemos nosso rating de Compra, pois os múltiplos de avaliação estão próximos dos mínimos históricos, embora estejamos cientes dos riscos políticos crescentes durante um ano eleitoral”, justificou.

Para o Santander, espera-se que o lucro líquido aumente modestamente em relação ao 3T21. Enquanto a alta dos empréstimos deve continuar a crescer em um ritmo de dois dígitos em relação ao ano anterior, apoiado por pessoas físicas e linhas de crédito rotativas, o que deve compensar uma nova contração nas grandes empresas.

“Mantemos nossa classificação Neutra dada a avaliação premium do Santander e nossas expectativas de crescimento mais lento dos lucros do que outros bancos brasileiros do setor privado em 22.”

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Já o lucro líquido do Itaú deve permanecer praticamente estável no trimestre. A carteira de crédito deverá continuar crescendo em bom ritmo, encerrando o ano próximo ao topo do guidance (de 8,5% a 11,5%), impulsionado pelo forte desempenho do segmento de pessoas físicas.

“Mantemos nossa classificação de Compra, pois acreditamos que o Itaú oferece uma combinação de múltiplos atrativos e bom momento de rentabilidade.”

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Bruno Galvão

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