Cotistas do IRDM11 aprovam oferta de cotas; o que acontece agora com o FII?

Os investidores do fundo imobiliário IRDM11 aprovaram, em assembleia geral extraordinária (AGE), a realização da 13ª emissão de cotas do fundo, que tem a intenção de captar até R$ 120 milhões. Os recursos serão usados na aquisição de cotas de um FII monoativo que detém um imóvel corporativo considerado estratégico, em São Paulo.

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A medida faz parte de um processo que, de acordo com o interesse da Iridium, gestora do IRDM11, culminará na incorporação do fundo pelo IRIM11, um FII multiestratégia da mesma empresa. Para isso, porém, os cotistas de ambos os fundos imobiliários precisarão aprovar a proposta, em novas AGEs que ainda não têm data prevista.

Por enquanto, o próximo passo será a concretização da oferta pelo IRDM11, de acordo com a proposta aprovada na AGE. O preço unitário deve ficar próximo ao valor patrimonial do FII, hoje em R$ 82,84 por cota, e a possibilidade de entrega de novas cotas como parte do pagamento ao vendedor.

O anúncio da possível incorporação gerou muita repercussão negativa entre os investidores, entre outros motivos devido ao fato de o regulamento do IRIM11 prever uma taxa de performance. A gestora optou por derrubar essa taxa, o que melhorou o ambiente entre os cotistas e levou à aprovação da emissão de cotas pela AGE.

IRDM11: o que acontece agora?

O IRDM11 é um fundo de recebíveis com patrimônio líquido de pouco mais de R$ 3 bilhões, com 82% desse valor alocado em CRIs, a maior parte deles (cerca de 70%) com remuneração pelo IPCA com spread médio de 8,82%. O fundo também detém cerca de 16% do PL alocado em cotas de FIIs, com o RBHY11 e o RVBI11 como principais ativos em quantidade.

Já o IRIM11 é um FII multiestratégia mais recente e com regulamento mais adaptado ao mercado atual, segundo a gestora, num formato que tem sido tendência no mercado. O PL atual do fundo é de R$ 166 milhões, ou R$ 86,47 por cota, e o portfólio conta também com CRIs e cotas de FIIs, mas também com ações de empresas e propriedade direta de imóveis.

A projeção da Iridium a partir dos atuais valores patrimoniais é que a incorporação seja feita de forma que, a cada 10 cotas do IRDM11, o investidor receba 9 cotas do IRIM11 e R$ 61,80 em dinheiro. Aos investidores preocupados com custo médio, o professor Marcos Baroni, head de fundos imobiliários da Suno, recomenda que tenham cautela.

“Esses valores são aproximados e podem mudar no decorrer do processo. Além disso, a AGE que vai votar a incorporação ainda não foi convocada. É preciso que o investidor do IRDM11 acompanhe todo o processo com bastante atenção, não tome decisões precipitadas e participe da assembleia para opinar”, recomendou Baroni.

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Fernando Cesarotti

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